Introdução:
A
Teologia sistemática junto à hermenêutica proporcionam o alcance de maior
verossimilhança em relação a hierarquia angelical, por decorrência de tal
premissa o estudo a seguir não se estrutura em uma abordagem metafórica. Alguns
teólogos liberais classificam como mitológica a crença na existência de anjos
como seres racionais, pois acreditam que os anjos seriam apenas essências
platônicas ou emanações da parte de Deus. Tal posição alinha-se à crença
racionalista adotada pelos saduceus no tempo de Cristo. Por outro lado estão os
místicos, cabalistas e ufologistas, os quais prestam irracional adoração aos
seres celestiais, à semelhança dos antigos membros das religiões gnósticas.
Somente o ensinamento das Escrituras é capaz de contestar o misticismo e a
pandemia vertiginosa que têm invadido a sociedade, influenciando muitas
igrejas. Antes da criação do homem, Deus criou os Anjos dando-lhes
personalidade, inteligência e responsabilidade moral, porém, a despeito da
similaridade moral e espiritual com o homem, os Anjos possuem algumas
características peculiares. Ao estudarmos a natureza dos Anjos, poderemos
entender suas atividades.
1. A Origem de
toda a Criação:
O ponto de partida está na
declaração de que todas as coisas criadas foram feitas “segundo o propósito
daquele que faz todas as coisas, segundo o conselho da sua vontade”, Portanto,
o relato da obra da criação no livro de Gênesis se constitui como o princípio e
a base da relação do homem com Deus. Quatro grandes verdades estabelecem os
fundamentos da obra da criação. Ver:
(Gn. 1:1- 31; Neem. 9:6; Cl. 1: 16; Ef. 1: 11).
A Bíblia revela que o Deus trino é o
autor da criação. O Apóstolo Paulo destaca a segunda pessoa da trindade, Jesus
Cristo, na qualidade de criador, mas diz que “todas as coisa são de Deus, o pai”.
A terceira pessoa da trindade, o Espírito Santo, participa da obra da criação
em harmonia perfeita com o pai e o filho, conforme indicam os textos. Não há
trindade Divina qualquer resquício de competição. As três pessoas são
distintas, mas formam uma só essência Divina indivisível. Ver: (Gn. 1: 1-31; Is.
40: 12; 44: .24; 45: 12; I Co. 8: 6; Jo. 1:3; Cl. 1: 15-17; Gn. 1: 2; Jó.
26: 13; 33: 4; Sl. 104: 30; Is. 40: 12, 13). (jfas).
3. Classificação
Hierárquica dos Anjos:
Na Classificação Hierárquica dos Anjos, há uma
sistematização de diversidades de funções diferentes, que podemos especificar
alguns. A Bíblia não especifica
todos:
(a)
Os Querubins:
São os querubins responsáveis por sustentar o trono divino e por reivindicar
seja o nome Todo-Poderoso constantemente santificado pelos homens; Satanás,
pertencia à classe dos querubins. Dos textos bíblicos, inferimos serem os
querubins uma das mais elevadas classes de seres angélicos. Ver: (Gn. 3: 24; Sl. 99: 1; Ez. 10: 1; 28: 14).
(b)
Arcanjo Miguel:
Único arcanjo citado nas Sagradas Escrituras. Sua missão é conduzir os
exércitos de Deus a lutar em prol dos filhos de Israel; Foi ele quem sepultou o
corpo de Moisés; Ele é conhecido também como um dos primeiros príncipes.
Arcanjo significa, literalmente, principal entre os anjos. Ver: ( Ap. 12: 7; Jd. v.9; Dn. 12: 1; 10: 13).
(c)
Anjo Gabriel:
Conhecido como varão herói de Deus, aparece Gabriel como intérprete dos arcanos
divinos. É ele quem explicou a Daniel o mistério das setenta semanas;
Assistindo diante do trono de Deus, anunciou a encarnação do Verbo de Deus.
Apesar de sua importância, a Bíblia não o menciona como arcanjo. Ver: ( Dn. 9: 20-27; Lc. 1: 19; 1: 26-27).
(d) Os Serafins: A missão dos serafins que, em
hebraico, significam ardentes, e magnífica o nome de Deus, louvando-o
constantemente e exaltando a santidade divina. Esta é a única passagem bíblica
que os menciona. Ver: (Isaias 6: 1-6).
(e) Há classes angélicas: São também tidas como classes
angélicas estas categorias mencionadas por Paulo: Jesus é imagem do Deus
invisível, o primogênito de toda a criação; porque nele foram criadas todas as
coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam
dominações, sejam principados, sejam potestades; tudo foi criado por ele e para
ele. Ver: (Col. 1:15-16).
(f) Os Anjos em Ordem de Missão: Em Isaías lemos
que os anjos não cessam de clamar dia e noite: Santo, Santo, Santo é o Senhor
dos Exércitos; E, quando do nascimento de Cristo, os anjos formaram corais que
magnificaram o nome de Deus. Ver: (Is. 6: 3; Lc. 2: 13-14).
(g) Os anjos nem sempre são visíveis: Embora Deus
ocasionalmente lhes conceda a visibilidade, mas eles são espíritos; E, nos
tempos Bíblicos, seres humanos experimentavam, às vezes, efeitos da presença de
um anjo, mas não viam ninguém. Às vezes, viam o anjo. Além disso, os anjos
podem ser vistos sem serem reconhecidos como anjos. Ver: ( Gn. 19: 1-22; Hb. 12: 22; Sl. 104: 4; Hb.
1: 7-14; Nm. 22: 21-2-35; Jz. 2: 1-4; Mt. 1: 20-25; Lc. 24: 4-6; At. 5: 19-20; Hb. 13: 2).
4. A Criação feita por um ato livre de
Deus:
A Bíblia deixa clara que Deus é
auto-suficiente e não tem qualquer relação de dependência de nada e de ninguém.
Ao realizar a obra da criação, ele o fez não por necessidade, mas por sua
soberana e livre vontade de fazer o que quer e o que lhe apraz. Ora, a única
dependência divina é a de sua própria e soberana vontade. A Bíblia Sagrada
refuta essa idéia e fortalece o fato de que “Deus fez todas as coisas segundo o
conselho da sua vontade”. Ver: (Jó 22:.3, 13;
At. 17: .25; Ef .1: 11; Ap. 4: 11).
5. A Obra da
criação teve um começo:
A criação teve um princípio, um
começo para tudo, nas coisas visíveis e invisíveis. A prova irrefutável do
ponto do ponto de vista bíblico está no primeiro versículo da Bíblia: ”No
princípio criou Deus os céus e a Terra” no hebraico é bereshith, que
literalmente significa “começo”. O sentido da palavra é indefinido e sugere que
a criação teve um início, um começo. Por essas escrituras, entende-se que, num
momento específico, conforme sua soberana vontade, Deus criou a matéria e a
substância que antes nunca existiram. Quanto à existência do mundo espiritual,
o princípio é o mesmo estabelecido para a criação da matéria, pois Deus criou
tudo do nada. Ver:
(Sl. 90: 2; 102: 25).
6. A Obra da
criação foi produzida do nada:
Esta é uma doutrina que se choca
frontalmente com as teorias materialistas que acreditam na eternidade da
matéria. Os que rejeitam essa verdade, dizem que é impossível “criar alguma
coisa do nada”, mesmo para Deus Onipotente, porque não tem elemento causante.
Porém, a Bíblia declara que Deus criou todas as coisas pela palavra do seu
poder. A escritura mais forte para aceitar a idéia de que a criação foi feita
do nada está em que diz: “Pela fé entendemos que os mundos, pela palavra de
Deus, foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é
aparente”. Ora, podemos entender de modo claro que pertence à natureza divina a
capacidade de trazer à existência aquilo que não existe. Ele, somente ele, pode
criar qualquer coisa do nada, segundo o seu arbítrio. Ver: (Sl. 33: 6,9; 148: 1-14; Hb. 11: 3). (jfas).
7. O processo da
Obra da Criação:
A
criação dos anjos só será entendida plenamente depois de conhecermos os
fundamentos da doutrina da criação. Há um processo ordenado na história da
criação que se apresenta em três fases distintas como se segue:
a A
criação espiritual.
b. A criação material.
c. A criação da vida sobre a Terra.
8. A
criação das coisas espirituais:
Aos responder os questionamentos do
patriarca Jó, o Criador disse-lhe, de modo enfático e poético que, quando este
ainda nem havia nascido, nem o mundo material havia sido criado, os seus anjos,
que são espíritos criados por ele, já estavam presentes na criação do mundo
material. Nesta escritura, deus procura convencer a Jó que o Senhor é o criador
da Terra e a rege com justiça e que, ao criar o mundo material, “as estrelas da
alva alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus rejubilavam”. Na linguagem
figurada da Bíblia, tanto “as estrelas da alva” quanto “os filhos de Deus” são
figuras dos seres espirituais criados pelo Senhor. Ver: (Jó. 38: 1-7; 38: 7).
9. A criação das
coisas materiais:
A base desta declaração está na
narrativa Bíblica dos primeiros capítulos de Gênesis. Entretanto, a criação
material é imensa e abrange todo o sistema “solar”, e outros sistemas
existentes e descobertos pelo homem. A extensão dos corpos celestes espalhados
no espaço sideral, fazendo parte da via Láctea, com muitos sóis, planetas e
satélites, nos dá uma visão apenas limitada de toda a grandeza da criação
material. Ver: (Ne. 9: 6).
10. A criação da vida sobre a Terra:
Na criação da Terra, o criador formou
a vida física numa combinação do imaterial com o material. Nesta ordem da
criação, é incluído o homem, os animais nas mais variadas espécies, além da
vida vegetal. Há certa reciprocidade entre anjos e homens como seres
espirituais. Porém, é possível distinguir ambas as criações, porque os anjos
são apenas seres “espirituais”, e os homens são seres espirituais e materiais.
A vida dos anjos é apenas espiritual. A vida dos homens é espiritual e física.
A vida física foi criada para propagarem-se, por isso, os homens procriam e
geram outros homens. A vida dos anjos é única e eterna; Não pode propagar-se,
isto é, os anjos não procriam. Ver:
(Gn. 1: 11, 20-22).
11. A realidade
da criação espiritual:
A experiência humana testemunha a
existência de seres espirituais aos quais são dados os mais variados nomes:
espíritos, deuses e semideuses, gênios, heróis, demônios e tantos outros nomes.
Porém, é a Bíblia Sagrada que revela a verdade sobre o mundo espiritual.
Independentemente das idéias e fantasias mitológicas das religiões do mundo, a
revelação aceitável no mundo religioso se encontra na Bíblia. (jfas).
12. Os anjos são
reais:
A palavra anjo no hebraico é ma’ak e
no “grego é angellos” que significam a mesma coisa: mensageiro, enviado. O
termo anjo aplica-se a todas as ordens dos Espíritos criados por Deus. Os anjos
são seres espirituais criados especialmente com a mais alta distinção entre
todos os seres vivos criados por Deus. Eles exercem atividades importantes no
mundo espiritual, mas não são independentes nessas atividades, pois as fazem
dentro dos limites a que foram criados. A Bíblia fala da manifestação dos anjos
na obra da criação do mundo físico. Eles estavam presentes quando Moisés
recebeu de Deus as tábuas da lei; No nascimento de Jesus; Quando foram servir a
Jesus no deserto da tentação; na ressurreição de Cristo; na ascensão de Cristo
e outras manifestações podem ser listadas neste ponto em toda a Bíblia. Sua
manifestação é incorpórea; eles são seres espirituais e morais, porque acima de
tudo, são pessoas.
A realidade dos anjos se comprova
mediante os atributos de personalidade que eles demonstram falando, pensando,
sentindo e decidindo. Muitas das suas manifestações são feitas através de
formas materiais inexistentes. Entretanto, os demônios, que são anjos caídos da
graça de Deus, tomam para se incorporarem corpos de pessoas vivas ou de
animais, e por essas possessões materiais, se manifestam. Os anjos de Deus não
tomam outros corpos para se manifestarem, mas tomam formas de pessoas humanas
visíveis para se fazerem manifestos. Ver: (Hb. 1: 13, 14; Jó. 38: 6 , 7; Hb. 2: 2; Lc. 2:
13; Mt. 4:10, 11; Mt. 28:2; Lc. 24: 4,5; At. 1: 10).
13. A Teofania:
Os Anjos não são seres humanos, mas
sim espirituais, e podem se materializar através de teofania. No Antigo
Testamento as manifestações teofanicas, como sonhos ou visões, são de modo
geral revelações parciais ou incompletas; Também
há textos veterotestamentários que descrevem manifestações teofanicas de anjos
por intermédio de fenômenos naturais. Ver: (Gn.
18: 19; Sl. 104: 4; Gn. 32: 22-31; Êx. 3: 2-6; 23: 20-23; Hb. 1: 14; 12: 22-23).
14. Os Anjos são
Eterno:
Os anjos nunca morrem, nem podem
sofrer dissolução. A imortalidade dos anjos se deriva de Deus e depende de Sua
vontade, porque assim Deus os fez, e seremos iguais a eles na eternidade. Ver: (Lc.20:35,36)
15. Existem anjos
bons e maus:
Na criação original dos anjos, não
houve essa classificação entre bons e maus. A Bíblia declara que os anjos foram
criados no mesmo nível de “justiça, bondade e santidade”. O que define entre
bons e maus é o fato de que foram criados como seres morais com livre-arbítrio,
e daí, a liberdade de escolha consciente entre o bem e o mal. A queda de
lúcifer deve-se a esta condição moral dos anjos . A Bíblia fala acerca dos
anjos que pecaram contra o Criador e não guardaram a sua dignidade; Aos anjos
que não pecaram e não seguiu a lúcifer, Deus os exaltou e os confirmou em sua
posição celestial e para sempre estarão em sua presença, contemplando e
executando a vontade do Criador. Ver: (II Pe. 2: 4; Jd. 6; Jó. 4: 18- 21; Is. 14:
12-16; Ez. 28:12-19 ;I Tm. 5: 21; Mt. 18: 10).
16. A habitação dos anjos:
Ao estudarmos as várias classes
angelicais, entendemos que estas são distintas por várias atividades e se manifestam
no vastíssimo espaço das “regiões celestiais”. A Bíblia declara ainda que os
anjos de Deus são organizados em milícias espirituais que povoam os céus e são
distribuídos em distintas ordens e graus. Trata-se, portanto, de uma habitação
numa dimensão celestial. Ver:
(Lc. 2:13; Mt. 26: 53).
17. O número de
anjos:
A quantidade existente de anjos é
única e incontável, porque desde que foram criados não foram aumentados nem
diminuídos. Eles não procriam e foram criados de uma vez pelo poder da palavra
de Deus. A Bíblia utiliza expressões variadas para designar milhares de
milhares, “multidão dos exércitos celestiais”, muitas milhares de anjos. É
impossível determinar o número de anjos porque é incontável e é o mesmo número
em todos os tempos, desde que foram criados. Ver: (Ap. 5: 11; Dn. 7: 10; Dt. 33: 2; Hb. 12: 22; Lc.
2: 13;Sl.148: 2-5).
18. A natureza dos Anjos:
Objeções à doutrina Bíblica dos
Anjos em toda a história da humanidade, a realidade dos Anjos tem sido
discutida, contestada por uns e acreditada por outros. Por esta razão tem-se
criado outras doutrinas com o fim de negar a existência dos Anjos, ou de
admiti-la fantasiosa e ficticiamente. Dentre essas falsas doutrinas, destacamos
algumas.
19. Os Anjos não podem ser adorados:
Os Anjos não podem ser adorados, apesar de sua capacidade
e poderio que lhes conferiu o Senhor, não devem nem podem ser adorados; E, de
outra forma a angiologia bíblica é uma
doutrina que nos leva a uma dupla reflexão. Se por um lado, somos confortados,
sabendo que os anjos de Deus acham-se à disposição dos que hão de herdar a vida
eterna. Ver: (Sl. 34: 7; Hb. 1: 14; Ap. 19:10; 22: 9; Atos
23:8; Cl. 2:18).
20. A doutrina
dos Saduceus:
Eles não acreditavam na existência
dos Anjos, nem na ressurreição dos mortos. A essência da doutrina dos saduceus
era materialista, por isso, para eles, a doutrina dos Anjos não passava de uma
mera alegoria. Ver:
(At. 23:8).
21. A doutrina
racionalista:
Os racionalistas entendem que a
crença na existência dos Anjos é absurda, pois acreditar que os Anjos existem
significa entrar na ficção e abandonar a razão. Eles vêem na doutrina dos Anjos
uma forma de politeísmo primitivo que, com o tempo, foi tomando forma na vida
dos Hebreus. Ora, a acusação de que a crença nos Anjos seja uma forma de
politeísmo primitivo se choca frontalmente com o monoteísmo pregado pelo povo
Hebreu. Os Anjos não são deuses; são apenas seres espirituais criados por Deus
para o servirem.
22. A doutrina
materialista:
Essa doutrina nega tenazmente a
existência do mundo espiritual, e, por conseguinte, os Anjos. Acreditam apenas
na matéria e nada que vá além da matéria.
23. A doutrina
espírita:
O espiritismo ensina que os Anjos
são as almas dos mortos que alcançaram um grau máximo de perfeição. Essa doutrina
nega a existência distinta dos Anjos como criaturas de Deus, bem como a
existência dos demônios, os quais, segundo ensinam, são almas desencarnadas dos
maus.
24. Quem são os
Anjos?
No ponto anterior, tivemos uma idéia
superficial das doutrinas falsas acerca dos Anjos e quanto à origem, existência
e realidade destes. A partir desse ponto, estudaremos o assunto do ponto de
vista da Bíblia.
25. Os Anjos são
criaturas:
No princípio de todas as coisas,
antes da criação do mundo físico, Deus criou os Anjos. A expressão exército do
“Céu”, dependendo do contexto, pode ter duas interpretações, refere-se aos
astros físicos do espaço sideral; porém, em outros textos refere-se aos Anjos. É impossível fixar o
tempo em que foram criados os Anjos, mas a resposta de Deus a Jó declara que
eles foram criados antes de todas as outras coisas. Ver: (Gn.
2: 1; Sl. 33: 6; Nm. 9: 6; Sl. 148: 2, 5; Cl. 1: 16; II Rs. 22: 19; Sl. 103:
20, 21 ;Jó. 38: 4, 7).
26. Os Anjos são
seres espirituais:
Os corpos espirituais não possuem
limitações físicas, por isso a “lei da gravidade” não exerce qualquer
influência ou poder sobre coisas espirituais. Pela falta de gravidade de seus
corpos espirituais, os Anjos podem locomover-se de um lugar para outro com
extrema “rapidez”. Por serem superiores a matéria, os Anjos podem tomar
formas humanas para se fazerem perceptíveis aos sentidos físicos do homem, se
houver necessidade. Várias aparições de Anjos feitas a Abraão, Ló, Jacó, Josué,
aos pais de Sansão, Pedro e Paulo são exemplos indiscutíveis da Bíblia. Ainda
em nosso tempo, os Anjos aparecem aos servos de Deus na Terra. Ver: (Gn. 18: 1-10; 28:10-22).
(jfas).
27. Os Anjos são
seres poderosos:
O salmista os descreveu como
valorosos em poder que executam as ordens de Deus e lhe obedecem. Quando os
pais de Sansão levantaram um altar ao Senhor, um Anjo desceu sobre as chamas do
altar sem sofrer qualquer dano. Um só Anjo matou a 185 mil soldados do exército
assírio. Um só Anjo destruiu com fogo as cidades de Sodoma e Gomorra. Um só
Anjo removeu a pedra do sepulcro onde Jesus foi sepultado, quando se exigia
vários homens para remover aquela enorme pedra. Embora os Anjos tenham poderes,
eles são limitados. Ver: (Sl. 103: 20;
Jz. 13: 9, 20; Is.37: 36; Mt. 28: 2; Gn. 19; II Sm. 24: 16; Ap. 18: 1, 21; Gn.
19: 13).
28. Os Anjos são
seres pessoais:
Na experiência com os homens, os
Anjos falam, orientam, ouvem e determinam. A Bíblia dá a entender que os Anjos
possuem uma inteligência superior à dos homens, mas não igual ou superior à de
Deus. Dotados de sentimentos, os Anjos podem experimentar emoções quando rende
culto a Deus. Eles conhecem suas limitações e se contentam com tudo o que fazem
e podem fazer. Ver: (II
Sm. 14: 20; I Pe. 1: 12; Sl. 148: 2; Mt. 24: 36).
29. Os Anjos são
seres imortais:
Os homens podem morrer, mas os Anjos
são espíritos imortais. Significa que eles não estão sujeitos a dissolução, ou
putrefação orgânica, visto que seus corpos são imateriais. A imortalidade
deriva da pura espiritualidade. Ver:
(Lc. 20: 34 -36).
30. Características
distintas dos Anjos:
O Senhor deu aos Anjos conhecimento,
poder e mobilidade mais elevada do que aos homens. Por esses elementos,
descobrimos algumas características especiais capazes de fazer-nos compreender
alguns aspectos da revelação Bíblica e das relações pessoais com os homens.
a. Santidade:
No Apocalipse, os Anjos são identificados como santos. Isto implica em que eles
foram colocados em um estado eterno de santidade. Outros textos das escrituras
os identificam como “santos”, para distingui-los dos Anjos caídos. Ver: ( Ap. 14: 10; Mt.25: 31;Mc. 8: 38; Lc. 9: 26; Ap.
10: 22 ; Jo 8: 44; I Jo. 3:8 -10).
b. Reverência:
Uma das características principais
das atividades angelicais é o louvor e a adoração. Jesus declarou que os Anjos
de Deus sempre estão na presença do pai e “vêm” a sua face. De modo geral,
todos os Anjos de Deus o louvam e o adoram, mas há uma classe específica das
hostes angelicais cuja função principal é louvar e adorar a Deus; são os
Serafins. Essa classe de Anjos permanece ao redor do trono como servos do
Todo-Poderoso, para executarem a sua vontade. Reverência são respeito e
veneração marcados pelo temor. Esse temor não é medo, mas significa
reconhecimento do poder superior de Deus. Ver: (Sl. 29: 1, 2; 89: 7; 103: 30; 148: 2; Mt. 18:
10; Is. 6: 3). (jfas).
c. Serviço:
O autor da epístola aos Hebreus
denomina os Anjos de Espíritos Ministradores, indicando que eles exercem
serviços especiais aos interesses do reino de Deus. Ver: (Hb
1: 13, 14).
d. Os Anjos executam
a vontade de Deus:
O próprio sentido da palavra “Anjo”
é mensageiro. Portanto, é função precípua dos Anjos servir aos interesses de
Deus, obedecendo-lhe em toda a sua soberana vontade. Mais uma vez o autor de
Hebreus indica essa função angelical de serviço quando diz: Ainda quanto aos
Anjos, diz: Aquele que a seus Anjos faz ventos e a seus ministros labaredas de
fogo. O escritor sagrado os destaca como “ministros” para identificar o serviço
que prestam a Deus em favor dos santos em Cristo. Ver:
(Hb. 1: 7).
e. Os Anjos
cuidam e protegem os fiéis:
Há um texto nos Salmos que declara
que “o Anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que o temem e os livra”. Elias,
ameaçado de morte pela rainha Jesabel, mulher de Acabe, precisou fugir da
cidade para escapar com vida. Elias fugiu para o deserto e assentou-se debaixo
de Uma pequena árvore chamada Zimbro. Estava triste e decepcionado, por isso,
pediu a morte. Deitado debaixo daquele Zimbro veio um Anjo da parte de Deus e o
tocou e lhe disse: “levanta-te e come”. E olhou, e eis que à cabeceira estava
um pão cozido sobre as brasas, e uma botija de água; e comeu, e bebeu e tornou
a deitar-se. E o Anjo do Senhor tornou segunda vez, e tocou-o, e disse: “Levanta-te
e come, porque mui comprido te será o caminho”. Ver: (Sl. 34:7; I Rs. 19: 5-7).
f. Os Anjos punem
os inimigos de Deus:
Os inimigos de Deus agem de muitas
maneiras, mas nada passa despercebido pelo Senhor. Houve um rei da Assíria,
chamado Senaqueribe, que desafiou ao Deus de Ezequias, rei de Judá. Imediatamente
Deus enviou um Anjo poderoso o qual destruiu o exército Assírio de 185 mil
soldados. Para preservar o seu povo e o seu nome, Deus puniu aqueles inimigos.
No período dos juízos finais da humanidade, os Anjos serão os emissários de
Deus para executarem o seu juízo contra aqueles que rejeitaram a Jesus como
salvador do mundo e se constituem em inimigos declarados do soberano Senhor. Ver: (II Rs. 19: 35; Mt. 13: 50).
Conclusão:
Nesta pesquisa, destacamos a peculiaridade dos anjos como
agentes celestiais, abordando sua natureza moral e espiritual. O ministério dos
anjos não ficou restrito à história bíblica, os mesmos ainda ministram em favor
dos servos de Deus e dos interesses do Reino dos Céus na terra. São observados
os anjos que se rebelaram e foram destituídos do Reino, os quais a maioria estão
espalhados por todo o Universo promovendo grandes infortúnios, e alguns mais
perigosos foram aprisionados em cadeias na escuridão, reservados para o dia do juízo. Ver: (Mt. 4: 10, 11; 28: 18, 19: .I Co. 14: 33; II Pd. 2: 4; Jd. 6).
Elaborado
por: José Fernandes A.S. Ev. Sgt. Militar da Res – Capelão Militar,
diplomado na UCEBRAS, Bacharel em Teologia, Psicólogo Pastoral e
Industrial e autor de 47 Apostilas Escatológicas, entre elas “UCAPEC” –
(União de Capelães Evangélicos Ecumênicos). Foi Professor da Disciplina de
Espanhol na FUNDAPES em Canoas/RS contratado pela Prefeitura Municipal e
Instrutor de Capelania Militar na UMERGS. (União dos Militares Evangélicos do
Estado do Rio Grande do Sul).
Consultas:
1-http://fernandezapostilas.blogspot.com.br/;
2-Enciclopédia Católica Popular
> Portal. Eclésia. pt.
-Consultado em 26 de Janeiro de
2016!;
3-Bíblia de Estudo do Expositor –
JIMMY SWAGGART;
4-Bíblia de Estudo – DAKE! E,
outras consultam;
5-História do Cristianismo -
A.Knght e W.Angln;
Agradecimento: Ao meu
querido e amado neto Dr. Carlos Natanael da Rosa, que com seu encorajamento, hábeis
muito colaborou na digitação e auxilio de leituras, tornou este trabalho
possível.
Bibliografia:
OBS: Este estudo foi elaborado por este servo do
Senhor, em Português, Español e Inglês pela infinita graça de Deus. Autor das
seguintes apostilas: A Hierarquia dos Anjos; A igreja e o Nepotismo; A mulher
pode ser pastora; A nova Jerusalém Celestial; À queda do homem e a providência
de Deus; Bíbliologia; Controle Total; Cristão e a Maçonaria; Cristão e o
Álcool; Cristão e o Sábado; Dispensação da Graça; Espírito Santo na Igreja;
Hinnos y coros Cristiano; Hinos de corais Antigos; Igreja e o Sábado; Liturgia
e a Igreja; Manual pratica do Obreiro; Maratona Bíblia; O ano de Jubileu; O
principio; O Cristão e a Mascara; Palestra para Família; Profecias do AT/NT;
Teologia da Prosperidade; Teologia de Missão; Teologia da Musica; Vamos nos
conhecer nos Céus; A Igreja e o Jejum; A igreja e a Reencarnação; Teologia
Apostólica; Igreja e os Galardões; O corpo e a Ressurreição; A Igreja e as
Drogas; A igreja e a Patologia; Juízo Final e o Trono; Branco; As
Profecias de Daniel; O Arrebatamento da Igreja; Os Sete selos do
Apocalipse; UCAPEC - União de Capelães Evangélicos Ecumênico; História da
Igreja Primitiva em (Resumo); A Palestina atual; A Hierarquia dos Anjos;
(Pequena) História da Igreja Primitiva;
Dados pessoais:
José
Fernandes Alves dos Santos (AD Canoas/RS), Evangelista, conferencista
internacional e membro do conselho de Ética pastoral. Seu ministério e chamada
são voltados predominantemente para a Educação Cristã, a partir de estudos que
abordam: Teologia, Escatologia, Hermenêutica & Exegese Bíblica, Teologia
Sistemática e Pedagogia Cristã; Autor de 50 Apostilas Escatológicas.
Experiências:
1)
Foi pastor aux; 1°Coord. EBD; 1°Coord. Missão. 2)Fundador da Disciplina de
Espanhol na FUNDAPES, Contratado pela Prefeitura Municipal de Canoas/RS. 3)
Estagio de Três anos na Biblioteca Publica da Prefeitura de Canoas/RS; E Coord.
De Internet; Ex-membro da Diretoria Acadêmica do Departamento de Ação Social -
(Unilasalle Canoas).
Educação:
3°Semestre
de Letras, 4°Semestre de Teologia (Unilasalle Canoas); Formado em União de
Capelania Evangélico (UCEBRAS).
Atualmente:
Militar
- Res. Psicólogo Pastoral e Industrial, Capelão Militar Evangélico
e membro da UMERGS (União dos Militares Evangélicos/RS), na qual atuo como
1º Secretário e Coordenador da Região Metropolitana de Porto Alegre, fundador e
diretor do Departamento de Capelania e Monitor do Curso de Capelania.
Telefones: +55 (51): 98651-6223 (Oi)/98274-7975 (Tim)/99959-7698 (Vivo).
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