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sexta-feira, 15 de maio de 2020

Brief history of the religions of the first centuries


Brief history of the religions of the first centuries

Introdução

O presente estudo e seus respectivos tópicos se direcionam a referenciar conceitos teológicos e elementos biográficos de grandes vultos que marcaram a história das tradições religiosas ao longo dos anos, com destaque para os primeiros séculos, não obstante menções a autores ainda anteriores ao nascimento de Cristo, essenciais no entendimento de concepções do estudo da filosofia e da história das crenças que hoje são praticadas ao redor do mundo.

 1 – Conceitos básicos da Teologia e filosofia:

1.2 - Sociologia da Religião: É um ramo da Sociologia e ela se fundamenta na compreensão humana entre o (profano e o sagrado). Independente da crença, o que é mais significativo da religião para a Sociologia é o papel fundamental que ela exerce na vida social; Sociologia da Religião: Ela busca explicar empiricamente as relações mútuas entre religião e sociedade; Os estudos fundamentam-se na dimensão social da religião e na dimensão religiosa da sociedade. Religião é um conjunto de sistemas culturais e de crenças, além de visões de mundo, que estabelece os símbolos que relacionam a humanidade com a espiritualidade e seus próprios valores morais. Muitas religiões têm narrativas, símbolos, tradições e histórias sagradas que se destinam a dar sentido à vida ou explicar a sua origem e do universo. As religiões tendem a derivar a moralidade, a ética, as leis religiosas ou um estilo de vida preferido de suas ideias sobre o cosmos e a natureza humana; Em sociologia, uma sociedade é o conjunto de pessoas que compartilham propósitos, gostos, preocupações e costumes, e que interagem entre si constituindo uma comunidade.



1.4 - Religiões Abraâmicas: É, as religiões monoteístas cuja origem comum é reconhecida em Abraão ou o reconhecimento de uma tradição espiritual identificada com ele. Essa é uma das três divisões principais em religião comparada, junto com as religiões indianas e as religiões da Ásia Oriental.

1.5 - Antropologia da Religião: É que envolve o estudo das instituições religiosas em relação a outras instituições sociais, e da comparação de crenças e práticas religiosas em diferentes culturas.

1.6 - Ciência da Religião: Definição Ciência da religião é a disciplina acadêmica de perspectiva empírica que investiga sistematicamente religiões em todas as suas manifestações.


1.7 - Antropologia social: É uma disciplina fundamental do conhecimento humano. Esta ciência começou a ser desenvolvida de maneira mais concreta a partir do século XIX. Em sua primeira fase, o objeto de estudo da antropologia social era a sociedade pré-industrial. No entanto, através da evolução social está ciência também expandiu seu campo de estudo; Trabalha, inicialmente, com os sistemas de pensamento, destaca a coesão das instituições, o caráter integrativo da família, da moral e da religião; A Antropologia social e cultural tem mesmo campo de investigação; Antropologia Social - É uma ciência que estuda o ser humano como um todo, suas crenças, seu comportamento, seu desenvolvimento social e outros. A antropologia cultural se difere da Antropologia social, pois ela estuda o homem e também a sociedade em seu aspecto cultural.

1.8 - Teologia Sistemática: É a que engloba ramos como a teologia doutrinal, a teologia dogmática e a teologia filosófica, é a disciplina da teologia cristã que formula uma descrição ordenada, racional e coerente da fé e crenças cristãs. Ela reúne as informações extraídas da pesquisa teológica, organiza-as em áreas afins, explica as aparentes contradições e, com isso, fornece um grande sistema explicativo (diferentemente da teologia histórica ou da teologia bíblica). A teologia sistemática está também associada por vezes à apologética cristã, que serve para, no confronto teológico entre diferentes religiões e heresias, defender a doutrina da confissão cristã em causa.

1.9 - Filosofia Geral da Religião: É um ramo filosófico que investiga a esfera espiritual inerente ao homem, do ponto de vista da metafísica, da antropologia e da ética; Segundo o Professor Cláudio Jean Cardoso, a fé e a razão andam juntas. A teologia, a filosofia e a ciência sempre se separaram através da divergência de fatos (fé, crença religiosa e razão); As divergências sempre foram inevitáveis. A teologia, ciência, filosofia, fé, crença e a razão só têm o seu valor em si mesmas, tendo a sua própria independência, como os valores éticos e morais. A filosofia é vista tanto no passado, presente, quanto no futuro, pela sua importância e pelo papel que desempenha no bem comum, ela deve estar sempre presente em todas camadas sociais. (Filosofia é o produto da cultura Grega; É tão Antiga quanto a religião).

1.10 - Teologia Filosófica: É um ramo e uma forma de teologia na qual métodos filosóficos são usados ​​no desenvolvimento ou análise de conceitos teológicos. Portanto, inclui a teologia natural, bem como tratamentos filosóficos da teologia ortodoxa e heterodoxa.

1.11 - Antropologia e Cientifica: (Surgiram no início do século XX, com os antropólogos “Franz Boas (USA) e Bronislaw” Malinowski(Inglaterra); Como ciência contribui com diversas formas de analisaras sociedades). O estranhamento da cultura do outro, o choque cultural a partir do contato com outra cultura e a negação do Etnocentrismo são fatores positivos para um olhar diferenciado para o modo de viver em sociedade.

1.12 - Antropologia Cultural: Um dos quatro grandes ramos da Antropologia geral ciência que estuda o Homem e a Humanidade de forma integral, junto à Antropologia Física, a Arqueologia e a Linguística, é o ramo do conhecimento que se dedica a compreender os mecanismos da vida humana em sociedade, no aspecto cultural.

1.13 - Antropologia pragmática? faz um paralelo entre as razões das ações individuais e seus desdobramentos em um contexto coletivo; Conhecer outros povos para explorá-los, que poderia ser trabalhada no estudo da linha evolucionista na antropologia.

1.14 - A Teologia Filosófica: É que tem de lidar com o método próprio do filosofar, atendo-se à razão (filosófica) e à experiência. Deste modo a Teologia Filosófica não é apenas o coroamento da metafísica geral, mas também o coroamento de toda a antropologia filosófica.

1.16 - Razão: É a capacidade da mente humana que permite chegar a conclusões a partir de suposições ou premissas. É, entre outros, um dos meios pelo qual os seres racionais propõem razões ou explicações para causa e efeito. A razão é considerada pelos racionalistas a forma mais viável de descobrir o que é verdadeiro ou melhor.

1.17 - Mitologia e Filosofia: Mitologia é a ciência que procura a explicação dos mitos, que têm um caráter social desde sua origem, e só são compreensíveis dentro do contexto geral da cultura em que foram criados; E a Filosofia estuda os problemas relacionados ao conhecimento, existência e verdade.

1.18 - Antropologia: É estudo do homem. E, é a ciência que tem como objeto o estudo sobre o ser humano e a humanidade de maneira totalizante, ou seja, abrangendo todas as suas dimensões.

1.19 - Teologia dogmática: É a parte da teologia cristã que trata, sistematicamente, do conjunto das verdades reveladas por Deus, isto é, do dogma e das verdades fundamentais a ele vinculadas, às quais se deve em primeiro lugar o assentimento da fé.

1.20 - Ontologia: É a parte da metafísica que trata da natureza, realidade e existência dos entes. A ontologia trata do ser enquanto ser, isto é, do ser concebido como tendo uma natureza comum que é inerente a todos e a cada um dos seres objeto de seu estudo.

1.21 - Patrológica: É uma ciência teológica que estuda, conforme um conceito unitário, os escritores da antiguidade cristã acolhidos pela Igreja Católica entre os testemunhos de sua doutrina, aplicando a este estudo os princípios metódicos da crítica histórica.

1.22 - Teologia: É estudo de Deus, do grego é o estudo crítico da natureza do divino, deuses ou Deus, seus atributos e sua relação com os homens. Em sentido estrito, limita-se ao Cristianismo, mas em sentido amplo, aplica-se a (qualquer religião).

1.23 - Religião: É um conjunto de sistemas culturais e de crenças, além de visões de mundo, (que estabelece os símbolos) que relacionam a humanidade com a espiritualidade e seus próprios valores morais. Que religa o homem com o Deus o Criador. 

1.24 - Livros Cânon: Uma lista de livros do Antigo Testamento; E, no Novo Testamento: 4 livros dos Evangelhos, 1 livro dos Atos dos Apóstolos, 13 epístolas do Apóstolo Paulo, 1 dele aos Hebreus, 2 de Pedro, 3 de João, 1 de Tiago, 1 de Judas e o Apocalipse de João. A palavra cânon vem do assírio. É usada 61 vezes no Antigo Testamento, sempre em seu sentido literal, que significa cana, balança. O primeiro a usar esse termo foi Orígenes, para se referir à coleção de livros sagrados, que eram ou serviam de regra e fé para o ensino cristão.

1.25 - Logos em grego: (Palavra verbo discurso ou Razão), conhecido em português como Verbo, é um importante conceito na cristologia cristã para estabelecer a doutrina da divindade de Jesus Cristo e sua posição como Deus Filho na Trindade, como declarado no Credo Calcedoniano.

1.26  - Cristologia: É o estudo sobre Cristo; é uma parte da teologia cristã que estuda e define a natureza de Jesus, a doutrina da pessoa e da obra de Jesus Cristo, com uma particular atenção à relação com Deus, às origens, ao modo de vida de Jesus de Nazaré, visto que estas origens e o papel dentro da doutrina de salvação tem sido objeto de estudo e discussão desde os primórdios do cristianismo.

1.27 - Eclesiologia: É o ramo da teologia cristã que trata da doutrina da Igreja, seu papel na salvação, sua origem, sua disciplina, sua forma de se relacionar com o mundo, seu papel social, as mudanças ocorridas, as crises enfrentadas, suas doutrinas, a relação com outras denominações e sua forma de governo eclesiástico.

1.28 - A Trindade: A doutrina cristã da Trindade (do latim trinitas tríade, de trinus tripla) define Deus como três pessoas consubstanciais, expressões ou hipóstases: o (Pai, o Filho Jesus Cristo e o Espírito Santo); um Deus em três pessoas. As três pessoas são distintas, mas são uma substância, essência ou natureza.

1.29 - Metafísica é a base da Filosofia: É também o ramo responsável pelo estudo da existência do ser. Por meio da metafísica se procura uma interpretação do mundo, sobre a natureza, a constituição e estruturas básicas da realidade.

1.30 - Soteriologia: É o estudo da salvação humana. A palavra é formada a partir de dois termos gregos (Soterios), que significa salvação e (logos), que significa palavra, ou princípio. Cada religião oferece um tipo diferente de salvação e possui sua própria soteriologia, algumas dão ênfase ao relacionamento do homem em unidade com Deus, outras dão ênfase ao aprimoramento do conhecimento humano como forma de se obter a salvação. O tema da (soteriologia é a área da Teologia Sistemática que trata da doutrina da salvação humana).

1.31 - Heterodoxia: Do grego heterodoxos, de opinião diferente inclui quaisquer opiniões ou doutrinas que discordem de uma posição oficial ou ortodoxa. Como adjetivo, heterodoxo é usado para descrever um assunto como caracterizado por desvio de padrões ou crenças aceites.

1.32 - O iluminismo: É conhecido como século das luzes e ilustração, foi um movimento intelectual e filosófico que dominou o mundo das ideias na Europa durante o século XVIII, O Século da Filosofia; Resumo. Os iluministas exaltavam o poder da razão em detrimento ao da fé e da religião. Com isso, acreditavam que poderiam reestruturar a sociedade; O Iluminismo foi um movimento intelectual europeu surgido na França no século XVII. A principal característica desta corrente de pensamento foi defender o uso da razão sobre o da fé para entender e solucionar os problemas da sociedade.

1.33 - Helenismo: É o período da história da Grécia Antiga e parte do Oriente Médio que vai de (336 a.C), do início do reinado de Alexandre, o Grande da Macedônia até (30 a.C). Anexação do Egito, último reino helenístico, por Roma. Esta fusão de aspectos culturais gregos e orientais é conhecida como helenismo.

1.34 - O Hedonismo: É uma teoria ou doutrina filosófico-moral que afirma que o prazer é o bem supremo da vida humana. Surgiu na Grécia, e seu mais célebre representante foi Aristipo de Cirene; Ética cada uma das doutrinas que concordam na determinação do prazer como o bem supremo, finalidade e fundamento da vida moral, embora se afastem no momento de explicitar o conteúdo e as características da plena fruição, assim como os meios para obtê-la.

1.35 - Antropologia Filosófica: É a antropologia encarada metafisicamente; é um ramo da filosofia que investiga a estrutura essencial do Homem. No entanto, este com o que é o homem para o centro da especulação filosófica, sendo que tudo se deduz a partir dele; a partir dele se tornam acessíveis as realidades, que o transcendem, nos modos de seu existir relacionados com essas realidades. Ou seja, a antropologia filosófica é uma antropologia da essência e não das características humanas. Ela se distingue da antropologia míticapoéticateológica, e científica natural ou evolucionista por dar uma interpretação basicamente ontológica do homem. É também uma disciplina filosófica ou movimento filosófico que tem relações com as intenções e os trabalhos de Scheler, mas não está unido ao conteúdo específico desse autor.

1.36 - Geografia das Religiões: Os homens vêm sobrevivendo através dos séculos ao se organizar, ampliar seus domínios e criar laços culturais uns com os outros. Estes laços culturais envolvem costumes, leis, regras, direitos, comunicação entre si e as crenças. As crenças são criadas para tentar dar um significado à sua existência e para entender qual é o seu papel neste mundo. As religiões são formadas por (Histórias, muitas vezes mitos de personagens que, de alguma forma, conseguiram convencer as pessoas de que há um ser maior ou vários seres maiores, no caso das religiões politeístas que criou tudo e tudo controla). Desde que o ser humano passou a se organizar em cidades, impérios e grupos cada vez maiores, as crenças são difundidas, incorporam traços culturais de outros povos conquistados e sofrem transformações ao longo dos anos.

2 – As heresias e a profanação ao sagrado no meio das igrejas:

2.1 - Sincretismo: É qualquer prática religiosa que provém da fusão de outras. O sincretismo religioso tem suas maiores expressões no Brasil por uma simples questão histórica: a colonização e a formação do povo brasileiro. Um complexo processo histórico repleto de misturas culturais e étnicas que ultrapassam os limites daquilo que foi documentado, do que é oficial. No Brasil podemos observar inúmeras matrizes religiosas. Judaísmo, Cristianismo Católico, Cristianismo Protestante, Cristianismo Espírita Kardecista, Islamismo, Budismo, Hinduísmo desembarcaram nos milhares de navios que vieram pra cá entre 1500 e 1950. Os cultos africanos Angolas, Congos, Fons, Malês e Iorubás também desembarcaram nesse contexto. Encontraram aqui os Tupis, os Guaranis, os Tapuias e muitos outros. Ao longo dos anos tudo se misturou em manifestações diversas e complexas. Sendo a Igreja Católica a religião institucionalmente dominante, pois era unida à administração colonial, ela tentou controlar a difusão de outros cultos assim como impor sua soberania. Porém, como a religião é um fenômeno incontrolável do ponto de vista cultural e social, as crenças se difundiram na mesma proporção das miscigenações. Naturalmente foram surgindo cultos que misturavam os mais diversos tipos de tradições. Podemos organizar os principais tipos de sincretismos surgidos no Brasil a partir de sua origem étnica e sua posterior união. Assim teríamos a fusão, cristão-indígena, africano-cristã, indígena-africana, indígena-cristão-africana. Sem ordem, local, cronologia ou lógica, essas três matrizes étnico-religiosas deram origem às centenas de cultos, festejos populares, folguedos, lendas, personagens, superstições, ritos e práticas sociais.

2.2 - Mistificação da religião: Como já foi dito em outros textos, existem dois tipos de mistificação a direta e a indireta, uma causada por espíritos enganadores e a outra por médiuns. Em toda casa espiritual pode ocorrer o mal da mistificação, oriundo muitas vezes de um animismo exagerado, ou mesmo da vaidade e ganância de alguns médiuns. O próprio contexto da palavra já é pesado: Mistificar – ludibriar, enganar, mentir, tirar proveito, embuste, farsa. Com certeza médiuns idôneos não possuem tais características. A mistificação é um mal considerado grave perante o espiritual. Porque causa danos tanto para quem pratica quanto para quem é vitima de suas maquinações, atingindo tanto o plano espiritual quanto o plano físico. Um ato controverso para quem afirma amar sua fé. O que o médium mistificador se esquece que ele mistificando está manipulando, brincando com forças espirituais, podendo despertar ataques e obsessões graves para sua vida.

2.3 - O animismo: É a cosmovisão em que entidades não humanas possuem uma essência espiritual. O animismo é usado na antropologia da religião como um termo para o sistema de crenças de alguns povos tribais indígenas, especialmente antes do desenvolvimento de religiões organizadas: O animismo: do termo latino animus, alma, vida é a cosmovisão em que entidades não humanas: (animais, plantas, objetos inanimados ou fenômenos). Animismo (espiritismo).

2.4 - Monoteísmo: é a crença (Um deus único, singular e deriva das palavras gregas único e divindade). Difere também do henoteísmo a adoração a um único deus, mas que admite a existência de outros deuses; E, monoteísmo é a crença na existência de apenas um deus. Diferencia-se do henoteísmo por ser esta a crença preferencial em um deus reconhecido entre muitos. A divindade, nas religiões monoteístas, é onipotente, onisciente e onipresente; O deísmo: (do latim, Deus) é uma posição filosófica naturalista que acredita na criação do universo por uma inteligência superior (que pode ser Deus, ou não), através da razão, do livre pensamento e da experiência pessoal, em vez dos elementos comuns das religiões teístas como a revelação direta, ou tradição.

2.5 - Maniqueísmo: É uma filosofia religiosa sincrética e dualística fundada e propagada por Manes ou Maniqueu, filósofo cristão do século III, que divide o mundo simplesmente entre Bom, ou Deus, e Mau, ou o Diabo. A matéria é intrinsecamente má, e o espírito, intrinsecamente bom; Quando o gnosticismo primitivo já perdia a sua influência no mundo greco-romano, surgiu na Babilônia e na Pérsia, no século III, uma nova vertente, o maniqueísmo. O seu fundador foi o profeta persa Mani ou Manés e as suas ideias sincretizavam elementos do zoroastrismo, do hinduísmo, do budismo, do judaísmo e do cristianismo.
Para redimir os homens de sua existência imperfeita, os pais da Justiça haviam vindo à Terra, mas como a mensagem deles havia sido corrompida, Mani viera a fim de completar a missão deles, como o Paráclito prometido por Cristo, e trouxera segredos para a purificação da luz, apenas destinados aos eleitos que praticassem uma rigorosa vida ascética. Os impuros, no máximo podiam vir a ser catecúmenos e ouvintes, obrigados apenas à observância dos dez mandamentos citados abaixo: As ideias maniqueístas espalharam-se desde as fronteiras com a China até ao Norte d'África. Mani acabou crucificado no final do século III, e os seus adeptos sofreram perseguições na Babilónia e no Império Romano, neste último nomeadamente sob o governo do Imperador Diocleciano e, posteriormente, os imperadores cristãos. Apesar da igreja ter condenado esta doutrina como herética em diversos sínodos desde o século IV, ela permaneceu viva até à Idade Média. Agostinho de Hipona foi adepto do maniqueísmo até se decidir de vez pelo cristianismo.

2.6 - Ortodoxa e Herética: Exemplo qualquer doutrina que é Bíblica é ortodoxa; e qualquer doutrina que (não é Bíblica é herética). Isto, entretanto, é não somente simples, mas também demasiadamente simplista. Por exemplo, ao presumir que uma das teorias sobre o milênio é bíblica (e há pelo menos quatro delas), não podemos dizer que as outras, não sendo bíblicas, são heréticas. Há doutrinas que, ainda que em desacordo com a Bíblia, não estão tão longe do alvo que possam ser consideradas heréticas.

2.7 - Arianismo: Era originalmente, um pensamento filosófico que não considerava Jesus Cristo e Deus como uma só pessoa. Esta ideia surgiu nos primeiros séculos do cristianismo, afirmando que só poderia existir um único Deus e Jesus era apenas o seu filho; O credo de (Atanásio), com quarenta artigos, é um tanto longo para um credo, mas é considerado por Archibald A.  Apesar da data ser incerta, este credo foi elaborado para combater o arianismo e reafirmar a doutrina cristã tradicional da Trindade.

2.8 - Marcionismo: Ou heresia marcionita, foi uma seita que surgiu no século II, com Marcião de Sinope, e tinha por característica principal a rejeição ao Velho Testamento. Essas divergências, ou dissidências, passaram a receber o nome de heresias termo que provém do grego e significa escolha ou opção deliberada.

2.9 - Estado Laico: É um conceito do secularismo onde o poder do Estado é oficialmente imparcial em relação às questões religiosas, não apoiando nem se opondo a nenhuma religião; Um Estado é considerado laico quando promove oficialmente a separação entre Estado e religião. A partir da ideia de laicidade, o Estado não permitiria a interferência de correntes religiosas em assuntos estatais, nem privilegiaria uma ou algumas religiões sobre as demais. O Estado laico trata todos os seus cidadãos igualmente, independentemente de sua escolha religiosa, e não deve dar preferência a indivíduos de certa religião. O Estado também deve garantir e proteger a liberdade religiosa de cada cidadão, evitando que grupos religiosos exerçam interferência em questões políticas. Por outro lado, isso não significa dizer que o Estado é ateu, ou agnóstico. A descrença religiosa é tratada da mesma forma que os diversos tipos de crença.

2.10 - Teocracia: É o sistema de governo em que as ações políticas, jurídicas e policiais são submetidas às normas de algumas religiões; Teocracia do grego (Teo: Deus cracia: poder) é o sistema de governo em que as ações políticas, jurídicas e policiais são submetidas às normas de algumas religiões. O poder teocrático pode ser exercido direta ou indiretamente pelos clérigos de uma religião: a subdivisão de cargos políticos pode ser designada pelos próprios líderes religiosos (tal como foi Justiniano I) ou podem ser cidadãos laicos submetidos ao controle dos clérigos (como ocorre atualmente no Irã, onde os chefes de governoestado e poder judiciário estão submetidos ao aiatolá e ao conselho dos clérigos). Sua forma corrupta é também denominada clerocracia. Exemplos atuais de regimes desse tipo são o Vaticano, regido pela Igreja Católica e tendo como chefe de Estado um sacerdote (o Papa), e o Irã, que é controlado pelos aiatolás, líderes religiosos islâmicos, desde a Revolução Islâmica, em 1979.

3 – Grandes vultos da História da Igreja primitiva do início do primeiro Século:

3.1 - História de Platão: Biografia de PlatãoPlatão (427-347 a.C.) foi um filósofo grego da antiguidade, considerado um dos principais pensadores da história da filosofia. Era (discípulo do filósofo Sócrates). Sua filosofia é baseada na teoria de que o mundo que percebemos com nossos sentidos é um mundo ilusório, confuso; As provas da existência de Deus em Platão: O ateísmo é a maior heresia dos tempos modernos. É, sem dúvida, por isso que, na afirmação de Pio XII, o maior pecado do mundo de hoje consiste na perda da noção de pecado. É que, banido Deus, desaparece automaticamente o verdadeiro conceito de pecado. Como realisticamente escreveu Dostoievsky, sem Deus, esfuma-se o que eleva o homem acima da categoria de animal; desaparece a lei moral, tudo se torna lícito, não existe crise nem pecado. A vida de muitos ateus comprova tristemente a verdade deste asserto. Simone de Beauvoir, tão brilhante escritora, como avariada filósofa, responsável em boa parte pela dissolução dos costumes na juventude francesa, confessa na sua autobiografia. Mémcnres d'une jeune filie rosngée, que uma noite intimara Deus a que, se porventura existia, lhe desse uma prova. Como Deus não lhe dera, virou-lhe as costas e não lhe dirigiu mais palavra. Diz ela que passava muito bem sem Deus. Alberto Camus, a quem A. Pulovano chama o mais popular e atraente ateu do século XX, declara também que há palavras que nunca compreendera, tais como pecado (Sísifo) e em Queda afirma expressamente, que Deus não é necessário para que exista o pecado ou o castigo. Se alguns, como Jean-Paul Sartre — um dos ateus mais encarniçados — rejeitam a ideia de Deus como ameaça para o valor supremo da liberdade, outros, como M. Heidegger, repudiam Deus como objeto da Filosofia: a ideia de Deus só a pode ter o homem numa experiência religiosa, não numa análise filosófica. Mas serão, porventura, destituídos de força probatória os argumentos de ordem filosófica, que se costumam aduzir em prova.
 
3.2 - Aristóteles: É considerado o criador do pensamento lógico. Suas obras influenciaram também na teologia medieval da cristandade. Aristóteles foi viver em Atenas aos 17 anos, onde conheceu Platão, tornando seu discípulo. Passou o ano de 343 a.C. como preceptor do imperador Alexandre, o Grande, da Macedônia; O Filósofo grego Aristóteles nasceu em (384 a.C), na cidade antiga de Estágira, e morreu em (322 a.C. aos 62 anos). Seus pensamentos filosóficos e ideias sobre a humanidade tem influências significativas na educação e no pensamento ocidental contemporâneo. Aristóteles é considerado o criador do pensamento lógico. Suas obras influenciaram também na teologia medieval da cristandade; Aristóteles, objeto próprio da teologia é o primeiro motor imóvel, ato puro, o pensamento do pensamento, isto é, Deus, a quem Aristóteles chega através de uma sólida demonstração, baseada sobre a imediata experiência, indiscutível, realidade do vir-a-ser, da passagem da potência ao ato; Aristóteles pensamento filosófico: Foi viver em Atenas aos 17 anos, onde conheceu (Platão, tornando seu discípulo).
Passou o ano de 343 a.C. como preceptor do imperador Alexandre, o Grande, da Macedônia. Fundou em Atenas, no ano de 335 a.C., a Escola Liceu (depois se transformou na Escola Peripatética), voltada para o estudo das ciências naturais. Seus estudos filosóficos baseavam-se em experimentações para comprovar fenômenos da natureza. O filósofo valorizava a inteligência humana, única forma de alcançar a verdade. Fez escola e seus pensamentos foram seguidos e propagados pelos discípulos. Pensou e escreveu sobre diversas áreas do conhecimento: política, lógica, moral, ética, teologia, pedagogia, metafísica, didática, poética, retórica, física, antropologia, psicologia e biologia. Publicou muitas obras de cunho didático, principalmente para o público geral. Valorizava a educação e a considerava uma das formas crescimento intelectual e humano. Sua grande obra é o livro Organon, que reúne grande parte de seus pensamentos. 
O Primeiro motor, a resposta de Aristóteles a tais indagações é que deve haver um (Primeiro Motor, um Motor Imóvel), um ser incorpóreo, imaterial, perfeito e eterno Deus, ou Bem Supremo. O Deus da metafísica aristotélica, (Motor não Movido ou Causa não Criada de todo movimento), já foi comparado, por exemplo, à Energia Primeira dos cientistas, à Energia Mística da física e da filosofia modernas, ao Actus Purus (Ato Puro) da Escolástica, e até ao rei inglês ou roi-fainéant (reina, mas não governa). Como fecho deste artigo, deixo aqui esta breve citação extraída dos escritos metafísicos de Aristóteles (séc. IV a.C.): Nenhuma realidade tem valor, nem mesmo existência verdadeira, senão pela participação no Bem Supremo. Todos os seres têm, assim, algo de divino.

3.3 - Santo Agostinho: (354-430 d.C.). Aurélio Agostinho nasceu no ano de 354, na cidade de Tagaste de Numídia, província romana ao norte da África, atual região da Argélia. Agostinho iniciou seus estudos em sua cidade natal, seguindo depois para Cartago. Ensinou retórica e gramática, tanto no Norte da África como na Itália. Ficou conhecido como o filósofo e teólogo de Hipona. Polemista capaz, pregador de talento, administrador episcopal competente e teólogo notável, criou uma filosofia cristã da história que continua válida até hoje em sua essência. Inspirado no tratado filosófico denominado Hortensius, de Cícero, converteu-se em ardoroso pesquisador da verdade, abraçando o maniqueísmo. Com vinte anos, perdeu o pai e tornou-se o responsável pelo sustento da família. Ao resolver que iria para Roma, sua mãe foi contra, então teve de enganá-la na hora da viagem. De Roma, foi para Milão, onde novamente passou a lecionar retórica. Influenciado pelos estóicos, por Platão e pelo neoplatonismo, também estava entre os adeptos do ceticismo. Em Milão, porém, conheceu Ambrósio, que o converteu ao cristianismo. Depois disso, voltou ao norte da África, onde foi ordenado sacerdote e, mais tarde, consagrado bispo de Hipona. Combateu a heresia maniqueísta que antes defendia e participou de dois grandes conflitos religiosos: o Donatismo e o Pelagianismo. Sua obra mais conhecida é a autobiografia Confissões, escrita, possivelmente, no ano 400. Em A cidade de Deus (413-426) formulou uma filosofia teológica da história.

3.4 - Santo Anselmo: Pai da (Escolástica), Anselmo acreditava na capacidade da razão para investigar os mistérios divinos e propunha a prova ontológica da existência de Deus: se temos a ideia de um ser perfeito e se a perfeição absoluta existe, o ser perfeito logo existe. Para ele, todas as verdades cristãs eram filosoficamente demonstráveis. Ele acreditava na capacidade da (Fé e da razão) para investigar os mistérios divinos e propunha a prova ontológica da existência de Deus; se temos a ideia de um ser perfeito e se a perfeição absoluta existe, o ser perfeito logo existe. Para ele, todas as verdades cristãs eram filosoficamente demonstráveis; Anselmo de Cantuária, conhecido também como Anselmo de Aosta por conta de sua cidade natal e Anselmo de Bec por causa da localização de seu mosteiro, foi um monge beneditino, filósofo e prelado da Igreja que foi arcebispo de Cantuária entre 1093 e 1109. Chamado de (Fundador do Escolasticismo). Anselmo exerceu enorme influência sobre a teologia ocidental e é famoso principalmente por ter criado o argumento ontológico para a existência de Deus e a visão da satisfação sobre a teoria da expiação; Escolástica Escolastiquíssimo ou Filosofia Escolástica, é um método ocidental de pensamento crítico e de aprendizagem, com origem nas escolas monásticas cristãs, que concilia a fé cristã com um sistema de pensamento racional, especialmente o da (Filosofia Grega); O termo Escolástica refere-se à produção filosófica que aconteceu na Idade Média. Com a Patrística, vertente anterior da Filosofia Medieval, a Escolástica está.

3.5 - Fé e Razão na Filosofia: Na cultura ocidental, o embate e o antagonismo existente entre a fé (crença religiosa) e a razão tornaram-se claros desde períodos muito antigos. A Filosofia marca o conflito entre a razão e a fé quando tenta explicar racionalmente os fenômenos, tais como os mitos, recusando a fé cega; Credo ut intelligam. Credo ut intelligam ou Credo ut intellegam é uma frase em latim que significa Acredito para que possa entender. É uma máxima da doutrina de Anselmo de Cantuária baseada numa outra de Santo Agostinho (crede, ut intelligas creia para que possa entender) utilizada para relacionar (Fé e Razão).

3.6 - História de Sócrates: Sócrates nasceu em Atenas, provavelmente no ano de (470 a.C.), e tornou-se um dos principais pensadores da Grécia Antiga. Podemos afirmar que Sócrates fundou o que conhecemos hoje por filosofia ocidental. Através da palavra, o filósofo tentava levar o conhecimento sobre as coisas do mundo e do ser humano; Sócrates acreditava no seu Deus interior e por isso foi julgado e condenado a morte. Mileto fez três acusações contra Sócrates, uma delas ela referente a ele não acreditar nos Deuses de Atenas e acreditar em outros Deuses, isso levou a sua morte, sendo julgado e condenado. Ele viveu aproximadamente (470 e 399 a.C). Não deixou nada escrito: o que hoje conhecemos como sendo parte de sua obra, o conhecemos por intermédio principalmente dos diálogos de seu discípulo mais famoso, Platão. Desenvolveu o processo pedagógico denominado maiêutica, uma obstetrícia do espírito que, por meio de perguntas e respostas, tinha por objetivo a parturição das ideias.

3.7 - Sócrates cria na imortalidade da alma: Foi autor de célebres frases que fazem parte do inconsciente coletivo da humanidade, dentre elas (só sei que nada sei e conhece-te a ti mesmo). O que nem todo mundo sabe é que, uma das causas de sua condenação foi o fato de que se negava a crer nos vários deuses do Olimpo, refutando assim o politeísmo grego. Dessa maneira, foi julgado e condenado a ingerir suco de cicuta (espécie de veneno) sob a acusação de ateísmo e de estar pervertendo os jovens atenienses com suas ideias subversivas.

3.8 - Sócrates não era ateu: Ele cria num deus que, conquanto não estivesse dentre a infinidade de deuses de sua época, era indescritível. Estava acima de todos os demais. Era o único verdadeiro, digno de admiração. Embora não soubesse quem era esse Deus verdadeiro, sabia que nenhum dos demais cridos na sua época o eram. Nos vem à mente com essa informação o episódio narrado em Atos 17, onde Paulo se depara com um altar destinado ao Deus desconhecido. Aproveitando-se da oportunidade, o apóstolo dos gentios explica aos atenienses que aquele, que honravam não conhecendo, era o que ele anunciava: Entendo que era nesse Deus que Sócrates cria. Mas não o conhecia. O filósofo cria no Grande Eu Sou. Só não sabia que, conforme as Escrituras que provavelmente também não conhecia, Aquele Deus estava prestes a se revelar em Sua Plenitude por intermédio de Jesus Cristo para trazer a salvação à humanidade.

3.9 - História de Parmênides: Foi um filósofo grego da Antiguidade, o primeiro pensador a discutir questões relativas ao (Ser). Foi um dos três mais importantes filósofos da escola eleática, junto com Xenófanes e Zenão. Parmênides ou Parmênides de Eleia nasceu na colônia grega de Eleia, no litoral sudoeste da atual Itália, na Magna Grécia. (Frase: O ser é e o não ser não é). Xenófanes de Cólofon de (570 a 475 a.C). Acredita-se que tenha passado algum tempo na Sicília e também em Eleia. As coisas, era o Um. E de acordo com Teofrasto, uma das fórmulas contidas nos ensinamentos de Xenófanes era: (Tudo é o Um e o Um é Deus); Os gregos antigos concebiam os seus deuses como figuras humanas. Outro ponto que Xenófanes criticava na religião grega e que está diretamente relacionado à sua filosofia cosmológica, é o politeísmo. O filósofo acreditava que não poderia haver uma multiplicidade de deuses componentes do universo, pois esse era uno.

3.10 - Xenófanes: Nasceu em 570 a.C. na cidade de Cólofon (atual Turquia), na Jônia, na região da Ásia menor. Passou a viver sua vida na Sicília, quando os Persas invadiram a Grécia. Xenófanes foi (Mestre de Parmênides de Eleia), um dos mais importantes filósofos da filosofia antiga. Xenófanes de Cólofon de (570 a 475 a.C). É a primeira pessoa conhecida a utilizar a observação de fósseis como evidência para a teoria da história da Terra. Aristóteles em seu livro Metafísica, nos relata: Pois Parmênides parece referir-se ao um segundo o conceito. A sua concepção filosófica destaca-se pelo combate ao Antropomorfismo, afirmando que se os animais tivessem o dom da pintura, representariam os seus deuses em forma de animais, ou seja, à sua própria imagem. As suas críticas à religião não tinham como objetivo um ataque pleno à dita mas, dar ao divino uma pura e elevada ideia: o (verdadeiro deus é único), com poder absoluto, clarividência perfeita, justiça infalível, majestade imóvel que em pouco se assemelha aos deuses homéricos sempre a deambular pelo mundo sob o império das paixões, ou seja, (só existe um deus único, em nada semelhante aos homens, que é eterno, não-gerado, imóvel e puro); Ele defendeu a Unidade de Deus: O qual seria a essência de todas as coisas. Segundo ele, Deus era um ser perfeito, absoluto, superior e diferente dos homens, argumentando que ele era (abstrato e não possuía formas humanas. Xenófanes não conseguia acreditar na ideia de proximidade entre Deus e o homem).

3.11 - Tales de Mileto: Foi o primeiro filósofo do Ocidente. Nasceu na cidade de Mileto, aproximadamente no ano 625 a.C. Essa cidade ficava na região da Jônia, localizada na Ásia Menor. A Escola Jônica, a que Tales pertencia, era composta por Tales e outros filósofos da Jônia, como Anaximandro e Anaxímenes; Tales de Mileto, foi um filósofo, matemático, engenheiro, homem de negócios e astrônomo da Grécia Antiga, de ascendência fenícia, nasceu em Mileto, antiga colônia grega, na Ásia Menor, atual Turquia. Era apontado como um dos sete sábios da Grécia Antiga.

3.12 - Martinho Lutero: (1483-1546 d.C.) foi um sacerdote católico alemão, o principal personagem da Reforma Protestante realizada na Europa no século XVI, que contestava o poderio da Igreja Católica, o comércio de cargos eclesiásticos, a venda de dispensas, de indulgências e de relíquias sagradas; Foi um monge agostiniano e professor de teologia germânico que tornou-se uma das figuras centrais da Reforma Protestante teologia.

3.13 – Voltaire: (François-Marie Arouet), de (1694-1778), foi um filósofo e escritor francês, um dos grandes representantes do Movimento Iluminista na França. Foi também ensaísta, poeta, dramaturgo e historiador. Voltaire, pseudônimo literário de François Marie Arouet, nasceu em Paris, França, no dia 21 de novembro de 1694; É um filósofo deísta, ou seja, admite a existência de Deus, mas nega a qualquer igreja o direito de ser o seu representante. Defende o que ele chama de religião natural e vê Deus como um ser distante do mundo, responsável somente pela sua criação e que não interfere na história dos homens.

3.14 - Leonardo Boff: (1938) é um teólogo, escritor e professor brasileiro, um dos maiores representantes da Teologia da Libertação, corrente progressista da Igreja Católica. Doutorou-se em Filosofia e Teologia pela Universidade de Munique, na Alemanha, em 1970; Boff vê a Igreja como o Povo de Deus na aventura da humanidade comprometido com os pobres e organizado em comunidades eclesiais de base. Boff é um crítico das estruturas eclesiásticas de dominação da Igreja Católica Romana que supervalorizariam a instituição, a doutrina, os dogmas, os ritos, o clero e os sacramentos.  

3.15 - Os chamados pais da Igreja primitiva: Os primeiros fundadores da Igreja Católica Apostólica Romana que também eram conhecidos pelos mesmos como Padres Apostólicos ou mesmo Pais da Igreja (dentro de duas gerações após os Apóstolos de Cristo), são normalmente chamados de Padres. Incluem Clemente de Roma, Inácio de Antioquia e Policarpo de Esmirna; Os pais Apostólicos: O nome pais apostólicos tem sua origem na Igreja do Ocidente do (Século II). São chamados de pais apostólicos os homens que tiveram contato direto com os apóstolos ou, então, foram citados por alguns deles. Destacam-se entre os indivíduos que regularmente recebem esse título, (Clemente de Roma, Inácio e Policarpo), principalmente este último, pois existem evidências precisas de que ele teve contato direto com os apóstolos.

3.16 - Clemente de Roma: (30-100). Várias hipóteses já foram levantadas sobre Clemente para identificá-lo. Para alguns, ele pertencia à família real. Para outros, ele era colaborador do apóstolo Paulo. Outros ainda sugeriram que ele escreveu a carta aos Hebreus. Em verdade, as informações a respeito de Clemente de Roma vão desde lendárias a testemunhas fidedignas. Alguns pais, como Orígenes, Eusébio de Cesaréia, Jerônimo, Irineu de Lião, entre outros, aceitaram como verdadeira a identificação de Clemente de Roma como colaborador do apóstolo Paulo. A principal obra de Clemente de Roma é uma carta redigida em grego, endereçada aos crentes da cidade de Corinto, mais ou menos no final do reinado de Domiciano (81-96) ou no começo do reino de Nerva (96-98). A epístola trata, principalmente, da ordem e da paz na Igreja. Seu conteúdo traz à tona o fato de os crentes formarem um corpo em Cristo, logo deve reinar nesse corpo a unidade, e não a desordem, pois Deus deseja a ordem em suas alianças. Traz, ainda, a analogia da adoração ordeira do Antigo Israel e do princípio apostólico de apontar uma continuidade de homens de boa reputação.

3.17 - Santo Irineu: De (130-200), nascido no ano 130, em Esmirna, na Ásia Menor (Turquia), e filho de uma família cristã, Irineu era grego e foi influenciado pela pregação de Policarpo, bispo daquela cidade. Anos depois, Irineu mudou-se para Gália (atual sul da França), para a cidade de Lyon, onde foi presbítero no lugar do bispo que havia sido martirizado em 177 d.C. Além da pregação de Policarpo, Irineu recebeu influência de Justino, cujo ministério foi um elo entre a teologia grega e a latina, atuando, no início, junto com um de seus contemporâneos, Tertuliano. Enquanto Justino era primariamente um apologista, Irineu contribuiu na refutação contra as heresias e na exposição do cristianismo apostólico. Sua maior obra foi desenvolvida no campo da literatura (Polêmica contra o gnosticismo); A sua morte: por volta de (202 d.C.), quando da perseguição movida pelo imperador romano Septímio Severo ou nas mãos de hereges. Foi enterrado sob a igreja de São João em Lyon, posteriormente renomeada Santo Ireneu em sua homenagem. Porém, o túmulo e seus restos foram completamente destruídos em 1562 pelos huguenotes.

3.18 - Tertuliano de Cartago: (150-230). Nasceu por volta de 150 d.C., em Cartago (cidade ao nordeste da África), onde provavelmente passou toda a sua vida, embora alguns estudiosos afirmem que ele morasse em Roma. Por profissão, sabe-se que era advogado. Fazia visitas com frequência a Roma, sendo que, aos 40 anos, se converteu ao cristianismo, dedicando seus conhecimentos e habilidades jurídicas ao esclarecimento da fé cristã ortodoxa contra os pagãos e os hereges. Foi o pai das doutrinas ortodoxas da Trindade e da pessoa de Jesus Cristo. Suas doutrinas a respeito da Trindade e da pessoa de Cristo foram forjadas no calor da controvérsia com Práxeas que, segundo Tertuliano, sustenta que existe um só Senhor, o Todo-Poderoso criador do mundo, apenas para poder elaborar uma heresia com a doutrina da unidade. Ele afirma que o próprio Pai desceu para dentro da virgem, que Ele mesmo nasceu dela, que Ele mesmo sofreu e que, realmente, era o próprio Jesus Cristo. Tertuliano foi o primeiro teólogo cristão a confrontar e a rejeitar com grande vigor e clareza intelectual essa visão aparentemente singela da Trindade e da unidade de Deus. Ele declarou que se esse conceito fosse verdade, então o Pai tinha morrido na cruz, e isso, além de ser impróprio para o Pai, é absurdo.

3.19 - Santo Eusébio de Cesáreia: (265-339). Incentivado por Constantino, Eusébio fez a narração da primeira história do cristianismo, coroando-a com a sua imperial adesão a Cristo. A ortodoxia era apenas uma das várias formas de cristianismo, durante o século III, e pode só ter se tornado dominante no tempo de Eusébio (JOHNSON, 2001: 69). Cesaréia: Fundada pelo rei Herodes no século I a.C. em um porto comercial fenício e grego denominado Torre de Straton, Cesaréia foi assim denominada pelo monarca em homenagem ao imperador romano César Augusto. A cidade foi detalhadamente descrita pelo historiador judeu Flávio Josefo.6 Era uma cidade murada, com o maior porto na costa oriental do Mediterrâneo chamado Sebastos, nome grego do imperador Augusto.

3.20 - São Jerônimo: (325-378). Erudito das Escrituras e tradutor da Bíblia para o latim. Sua tradução, conhecida como a Vulgata, ou Bíblia do Povo, foi amplamente utilizada nos séculos posteriores como compêndio para o estudo da língua latina, assim como para o estudo das Escrituras. Nascido por volta do ano 345 em Aquiléia (Veneza), extremo norte do Mar Adriático, na Itália, Jerônimo passou a maior parte da sua juventude em Roma, estudando línguas e filosofia. Apesar de a história não relatar pormenores de sua conversão, sabe-se, porém, que ele foi batizado quando tinha entre 19 e 20 anos. Depois disso, ele embarcou em uma peregrinação pelo Império que levou vinte anos.

3.21 - João Calvino: Foi um teólogo cristão francês, aos 14 anos foi estudar em Paris preparando-se para entrar na universidade. Estudou gramática, filosofia, retórica, lógica, aritmética, geometria, astronomia e música. Em 1523 foi estudar no famoso Colégio Montaigu; João Calvino (1509-1564) foi um teólogo, líder religioso e escritor francês. Foi o pai do (Calvinismo reforma protestante) que impôs hábitos austeros e puritanos aos seus seguidores e que se espalhou por vários países da Europa Ocidental. Ainda adolescente foi enviado para a Universidade de Paris para estudar Teologia; Portanto, a forma de protestantismo que ele ensinou e viveu é conhecida por alguns pelo nome calvinismo, padre, enveredaria pelo estudo do direito, mas acreditava que Deus o havia trazido de novo ao caminho da Teologia.

3.22 - São Crisóstomo: (aprox. 344-407). Criado em Antioquia, seus grandes dotes de graça e eloquência, como pregador, levaram-no a ser chamado a Constantinopla, onde se tornou patriarca (ou arcebispo). Como os outros apologistas, harmonizou o ensinamento cristão com a erudição grega, dando novos significados cristãos a antigos termos filosóficos, como a caridade. Em seus sermões, defendia uma moralidade que não fizesse qualquer transigência com a conveniência e a paixão, e uma caridade que conduzisse todos os cristãos a uma vida apostólica de devoção e de pobreza comunal. Essa piedosa mensagem, entretanto, tornou-o impopular na corte imperial, e também entre alguns membros do clero de Constantinopla, Por isso acabou sendo banido e morreu no exílio.

3.23 - São Tomás de Aquino: Foi um padre católico e discípulo do grande escolástico Alberto Magno. Ele auxiliou na reintrodução da filosofia aristotélica no pensamento europeu e atualizou a Teologia Cristã junto à Filosofia Medieval, tendo escrito sobre os conflitos entre (Fé e Razão) existentes no período; Tomás de Aquino é o maior representante da Escolástica, pensamento desenvolvido em um momento de expansão e grande domínio católico na Europa. Havia, no século XIII, uma iminente necessidade de formação de novos líderes religiosos, o que impulsionou a formação de escolas e universidades cristãs para a formação de novos sacerdotes para a Idade Média. As universidades mais antigas do mundo datam dessa época. Tomás de Aquino formou-se e lecionou em universidades cristãs desse período. Suas principais influências são, de um lado, Platão e Santo Agostinho (que pode ser considerado um neoplatônico) e, de outro, Alberto Magno e Aristóteles que representa o pensamento filosófico grego dominante durante a Escolástica.

3.24 - Santo Ambrósio: Aurélio Ambrósio – 340 (4 de abril de 397), mais conhecido como Ambrósio, foi um arcebispo de Mediolano (moderna Milão) que se tornou um dos mais influentes membros do clero no século IV. Ele era prefeito consular da Ligúria e Emília, cuja capital era Mediolano, antes de tornar-se bispo da cidade por aclamação popular em 374. Ambrósio era um fervoroso (adversário do arianismo). Ambrósio é um dos quatro doutores da Igreja originais e é notável por sua influência sobre o pensamento de Santo Agostinho.

3.25 - Atanásio de Alexandria: Foi um teólogo cristão, um dos padres da Igreja, um defensor do trinitarismo contra o arianismo e um líder da comunidade de Alexandria no século IV. O conflito contra Ário e seus seguidores, apoiados muitas vezes pela corte em Roma, moldou a carreira de Atanásio.

3.26 - História Eclesiástica Eusébio: Eusébio de Cesárea foi uma obra pioneira do século IV por tratar de um relato cronológico do desenvolvimento do cristianismo primitivo entre o século I e IV. Ela foi escrita em grego koiné e sobreviveu também em manuscritos em latim, siríaco e armênio. O resultado foi a primeira narrativa extensiva escrita de um ponto de vista cristão. No início do século V, dois defensores em ConstantinoplaSócrates Escolástico e Sozomeno, assim como um bispo, Teodoreto de Cirro, na província romana da Síria, escreveram continuações da história eclesiástica de Eusébio, estabelecendo uma convenção de continuadores que iria determinar de maneira significativa a forma como a história seria escrita por pelo menos um milênio. Uma outra obra de Eusébio, a Crônica, que tentou apresentar uma linha do tempo comparativa entre as histórias pagã e do Antigo Testamento, também fundou um modelo historiográfico, a crônica medieaval ou história universal. Eusébio tinha acesso à biblioteca Teológica de Cesárea Marítima e fez uso de muitos documentos eclesiásticos, atos de mártires, cartas, extratos de autores cristãos anteriores, listas de bispos e fontes similares, muitas vezes citando extensamente os originais, de modo que a sua obra acabou por preservar muitos originais que não sobreviveram até nossos dias. Como exemplo, ele cita que Mateus compôs o Evangelho dos Hebreus e seu catálogo da Igreja sugere que ele teria sido o único Evangelho Judaico. É, portanto, de valor histórico, embora ele jamais tenha pretendido ser nem completo e nem observar imparcialidade no tratamento de seus objetivos. Ele sequer pretende apresentar uma visão conectada e sistemática da história da igreja primitiva. Ela é portanto uma vingança da religião cristã, embora o autor jamais tenha pretendido assim. Eusébio foi muitas vezes acusado de falsificar intencionalmente a verdade, pois ele jamais foi totalmente imparcial em seu julgamento das pessoas ou dos fatos.

4 – Os Mártires da Fé:

4.1 - Policarpo: (69-159 d.C.): Sobre sua infância, família e formação, não temos informações precisas, contudo há documentos históricos sobre ele. Graças a alguns testemunhos fidedignos, podemos reconstruir sua personalidade. Foi discípulo do apóstolo João, amigo e mestre de Irineu, tendo ainda conhecido Inácio, sendo consagrado bispo da igreja de Esmirna. Quanto aos seus escritos, o único que restou desse antigo pai da igreja foi a sua epístola aos filipenses, exortando-os a uma vida virtuosa de boas obras e a permanecerem firmes na fé em nosso Senhor Jesus Cristo. Seu estilo é informal, com muitas citações do Velho e do Novo Testamentos. Faz, ainda, 34 citações do apóstolo Paulo, evidenciando que conhecia bem a carta desse apóstolo aos filipenses, entre outras epístolas de Paulo. Há, também, os depoimentos de Eusébio e Irineu 5, relatando a intimidade de Policarpo com testemunhas oculares do evangelho. Segundo Tertuliano, Policarpo teria sido ordenado bispo pelas mãos do próprio apóstolo João; (Martírio de Policarpo: O martírio de Policarpo é descrito um ano depois de sua morte), em uma carta enviada pela Igreja de Esmirna à Igreja de Filomélio. Esse registro é o mais antigo martirológio cristão existente. Diz a história que o procônsul romano, Antonino Pius, e as autoridades civis tentaram persuadi-lo a abandonar sua fé, quando já avançado em idade, para que pudesse alcançar a liberdade. Ele, entretanto, respondeu com autoridade: Eu tenho servido a Cristo por 86 anos e ele nunca me fez nada de mal. Como posso blasfemar contra meu Rei que me salvou? Eu sou um crente.

4.2 - Inácio de Antioquia: (117 d.C.). Mesmo sendo de Antioquia, seu nome, Inácio, deriva-se do latim. Nascido. Conforme seu nome sugere, Inácio era um homem nascido do fogo, ardente, apaixonado por Cristo. Segundo Eusébio, após a morte de Evódio, que teria sido o primeiro bispo de Antioquia, Inácio fora nomeado o segundo bispo dessa influente cidade. Inácio escreveu algumas epístolas às igrejas asiáticas: A igreja de Éfeso, às igrejas de Magnésia, situada no Meander, à igreja de Trales, às igrejas de Filadélfia e Esmirna e, por fim, à igreja de Roma. O objetivo da carta a Roma era solicitar que os irmãos (não impedissem seu martírio), o que aconteceria durante o reinado de Trajano (98-117 d.C). Antioquia. Foi fundada por volta do ano (300 a.C), por Seleuco Nicátor, com o nome de Antiokkeia, (cidade de Antíoco). Tornou-se capital do império selêucida e grande centro do Oriente helenístico. Conquistada pelos romanos por volta do ano 64 a.C., conservou seu estatuto de cidade livre e foi a terceira cidade do Império depois de Roma e Alexandria (no Egito), chegando a abrigar 500 mil habitantes. Evangelizada pelos apóstolos Pedro, Paulo e Barnabé, tornou-se metrópole religiosa, sede de um patriarcado e centro de numerosas controvérsias, entre elas o arianismo, o monofisismo, o nestorianismo. Era considerada a igreja-mãe do Oriente; A Morte - Foi preso por ordem do imperador Trajano (98–117 d.C.), e condenado a ser lançado aos leões no Coliseu em Roma, as autoridades romanas esperavam fazer dele um exemplo e, assim, desencorajar o cristianismo, porém sua viagem a Roma ofereceu-lhe a oportunidade de conhecer e ensinar os conceitos cristãos, e no seu percurso, Inácio escreveu seis cartas para as igrejas da região e uma para um colega bispo, Policarpo. Ao falar sobre sua execução, Inácio disse a famosa expressão: (Trigo de Cristo, moído nos dentes das feras. E na iminência do martírio prometeu aos cristãos que mesmo depois da morte continuaria a orar por eles junto de Deus).


4.3 - A Morte de Inácio: Santo Inácio de Antioquia chegou a Roma no último dia dos jogos que aconteciam no Coliseu. Lá, foi jogado às feras, como pedira. Antes de morrer, testemunhou sua fé dizendo a todos não ter medo da morte porque Jesus Cristo tinha alcançado para ele a vida eterna. Aos romanos, ele escreveu: (Deixai-me ser alimento das feras, pelas quais me será dado desfrutar a Deus. Eu sou o trigo de Deus: é preciso que ele seja triturado pelos dentes das feras a fim de ser considerado puro pão de Cristo). Assim, diante de um Coliseu lotado de cruéis espectadores, Santo Inácio de Antioquia foi dilacerado e devorado pelos leões. Uma tradição diz que em seu coração encontraram escrito o nome de Jesus. Seus restos mortais foram levados para Antioquia e colocados num sepulcro às portas da cidade. Ali, são venerados até hoje, na atual Antakya, Turquia.

4.4 - Justino, o Mártir: (100-170). Flávio Justino Mártir nasceu em Siquém, na Palestina, no início do segundo século e morreu mártir no ano 170. Depois de peregrinar pelas mais diversas escolas filosóficas (peripatética, estóica e pitagórica) em busca da verdade para a solução do problema da vida, abandonou o platonismo, último estágio de sua peregrinação filosófica. O amor à verdade fez que ele rejeitasse, pouco a pouco, os sistemas filosóficos pagãos e se convertesse ao cristianismo. Em sua época, foi o mais ilustre defensor das verdades cristãs contra os preconceitos pagãos. Embora leigo, é considerado o primeiro pai apologista da Igreja, logo depois dos primitivos pais apostólicos, pois dedicou sua vida à difusão e ao ensino do cristianismo. Em Roma, abriu uma escola para o ensino da doutrina cristã e, ainda nessa cidade, dedicou-se ao apostolado, especialmente nos meios cultos, onde se movimentava com desembaraço. Escreveu muitas obras, mas somente três chegaram até nós: duas apologias contra os pagãos e um diálogo com o judeu Tarifam. (Foi açoitado e, depois, decapitado).

4.5 - São Cipriano: (200-258). Tharsius Caecilius Cyprianus. Converteu-se em 246 d.C. e, três anos depois, foi nomeado bispo de Cartago, no norte da África. Durante dez anos, conduziu seu rebanho sob a perseguição do imperador Décio, uma das mais cruéis. Foi também o grande sustentáculo moral e espiritual da cidade de Cartago no período em que esta foi atacada por uma epidemia. Além disso, escreveu e batalhou pela unidade da Igreja. Seu nome está ligado a uma grande controvérsia a respeito do batismo e da ordenação efetuada por hereges. No entender de Cipriano, essas cerimônias não valiam, pelo fato de os oficiantes estarem em desacordo com a ortodoxia. Assim, deveriam ser rebatizados e reordenados todos os que entrassem pela verdadeira Igreja. Estêvão, bispo de Roma, discordou com ele e isso gerou um cisma, uma vez que Cipriano, além de rejeitar a autoridade do bispo romano, convocou um concílio no norte da África para resolver a questão. Seus escritos consistem em tratados de caráter pastoral e de cartas, 82 ao todo, das quais 14 eram dirigidas a ele mesmo e as restantes tratavam de questões de sua época. Como mártir, morreu decapitado em 14 de setembro de 258 d.C, durante a perseguição do imperador Valeriano; (A Morte de São Cipriano - Ele Morreu degolado), condenado por Deocleciano, que era contra as maravilhas operadas por Cipriano em nome da fé em Jesus Cristo. No entanto, antes de ser degolado, Cipriano teve suas carnes despedaçadas por um pente de ferro, e ainda jogado numa caldeira cheia de breu, banha e cera, a ferver. Tudo porque Cipriano não renunciava a sua fé em Deus e nem mesmo as torturas abalavam a sua convicção em Jesus Cristo. Não conseguiram nem mesmo arrancar um só gemido do mártir, pelo contrário, seu rosto era iluminado por um sorriso de prazer e satisfação.

5. a Igreja Católica (não foi fundada por Constantino):

5.1 - Constantino I - Também conhecido como (Constantino Magno ou Constantino, o Grande), em latim: Flavius Valerius Constantinus; Naísso, 272- (22 de Maio de 337), foi um imperador romano, proclamado Augusto pelas suas tropas em 25 de julho de 306, que governou uma porção crescente do Império Romano até a sua morte. O imperador Constantino, também conhecido como Constantino Magno (O Grande) ou Constantino I, nasceu em 274 e faleceu em 337, foi imperador durante 31 anos: de 306 a 337. Era filho de Constâncio Cloro e Helena, uma cristã que se tornou Santa Helena. Casou-se com Faustina, filha de Maximiliano Hércules; No início século quarto, o cristianismo já estava espalhado por quase todo o mundo, penetrando até na classe nobre e era muito perseguido pelos imperadores que tentavam a todo custo, com o poder das armas destruir o poder da fé, mas não conseguiam. Após a morte do imperador Galério o poder ficou dividido entre Maxênico que se intitulou imperador; e Constantino, aclamado como imperador pelos soldados. Os dois ambicionavam pelo poder absoluto, tal luta se encerrou no dia 28 de outubro de 312, com a vitória de Constantino junto à Ponte Mílvia. Ocorre que Constantino viu no céu uma cruz com a inscrição In hoc signo vinces. Com este sinal vencerás este foi um marco para sua conversão, que não se deu de uma hora para outra, foi batizado somente em 337, no fim de sua vida; Em 313 deu liberdade de culto aos cristãos com o chamado Edito de Milão: Havemos por bem anular por completo todas as restrições contidas em decretos anteriores, acerca dos cristãos restrições odiosas e indignas de nossa clemência e de dar total liberdade aos que quiserem praticar a religião cristã. Era Papa Melcíades, que se tornou São Melcíades, o 32º Papa, tendo Pedro como o 1º. Assim não há que se falar que Constantino é o fundador da Igreja de Cristo, ele apenas deu liberdade aos cristãos, acabando com dois séculos e meio de perseguição e martírio.

5.2 - Hinduísmo: É caracterizado pela crença na reencarnação (samsara), determinada pela lei do karma (karma), e que a salvação é a liberdade deste ciclo de sucessivos nascimentos e mortes; outras religiões da região, no entanto, como o budismo e o jainismo, também acreditam nisto, mesmo estando fora do escopo; Hinduísmo é uma tradição religiosa que se originou no subcontinente indiano. É frequentemente chamado de Sanātana Dharma pelos seus praticantes, frase em sânscrito que significa a eterna (perpétua) darma (lei). Num sentido mais abrangente, o hinduísmo engloba o bramanismo, isto é, a crença na Alma Universal, Brâman; num sentido mais específico, o termo se refere ao mundo cultural e religioso, ordenado por castas, da Índia pós-budista. De acordo com o livro História das Grandes Religiões, o hinduísmo é um estado de espírito, uma atitude mental dentro de seu quadro peculiar, socialmente dividido, teologicamente sem crença, desprovido de veneração em conjunto e de formalidades eclesiásticas ou de congregação: e ainda substitui o nacionalismo. Entre as suas raízes está a religião védica da Idade do Ferro na Índia e, como tal, o hinduísmo é citado frequentemente como a religião mais antiga a mais antiga tradição viva ou a mais antiga das principais tradições existentes;  É formado por diferentes tradições e composto por diversos tipos, e não possui um fundador. Estes tipos de sub-tradições e denominações, quando somadas, fazem do (hinduísmo a terceira maior religião, depois do cristianismo e do islamismo), com aproximadamente um bilhão de fiéis, dos quais cerca de 905 milhões vivem na Índia e no Nepal. Outros países com populações significativas de hinduístas são BangladeshSri LankaPaquistãoMalásiaSingapurailhas MaurícioFijiSurinameGuianaTrindade e TobagoReino UnidoCanadá e Estados Unidos. Religião indiana criada no VI a.C. em ruptura com a tradição védica e o hinduísmo, fundamentada na ideia do ainsa (rejeição à violência).

5.3 - Jainismo: É uma das religiões mais antigas da Índia, juntamente com o hinduísmo e o budismo, compartilhando com este último a ausência de um Deus como criador ou figura central da religião.

5.4 - Islão ou islã ou islamismo: É uma religião abraâmica monoteísta articulada pelo Alcorão, um texto considerado pelos seus seguidores como a palavra literal de Deus, e pelos ensinamentos e exemplos normativos de Maomé, considerado pelos fiéis como o último profeta de Deus. Um adepto do islão é chamado muçulmano.

5.5 - Muçulmanos: Acreditam que Deus é único e incomparável e o propósito da existência é adorá-lo. Eles também acreditam que o islão é a versão completa e universal de uma fé primordial que foi revelada em muitas épocas e lugares anteriores, incluindo por meio de AbraãoMoisés e Jesus, que eles consideram profetas. Os seguidores do islão afirmam que as mensagens e revelações anteriores foram parcialmente alteradas ou corrompidas ao longo do tempo, mas consideram o Alcorão (ou Corão) como uma versão inalterada da revelação final de Deus. Os conceitos e as práticas religiosas incluem os cinco pilares do islão, que são conceitos e atos básicos e obrigatórios de culto, e a prática da lei islâmica, que atinge praticamente todos os aspectos da vida e da sociedade, fornecendo orientação sobre temas variados, como sistema bancário e bem-estar, à guerra e ao meio ambiente; A maioria dos muçulmanos pertence a uma das duas principais denominações; com 80% a 90% sendo sunitas e 10% a 20% sendo xiitas. Cerca de 13% de muçulmanos vivem na Indonésia, o maior país muçulmano do mundo. 25% vivem no Sul da Ásia, 20% no Oriente Médio, 2% na Ásia Central, 4% nos restantes países do Sudeste Asiático e 15% na África Subsaariana. Comunidades islâmicas significativas também são encontradas na China, na Rússia e em partes da Europa. Comunidades convertidas e de imigrantes são encontradas em quase todas as partes do mundo (veja: muçulmanos por país). Com cerca de 1,41-1,57 bilhão de muçulmanos, compreendendo cerca de 21-23% da população mundial, o islão é a segunda maior religião e uma das que mais crescem no mundo. Contudo, estes dados devem ser aceites com alguma reserva, dado que, por motivos óbvios, não existem estatísticas fiáveis sobre o número de muçulmanos que abandonam a religião.

5.6 - Os xiitas: são o segundo maior ramo de crentes do Islão, constituindo 16% do total dos muçulmanos. Os xiitas consideram Ali, o genro e primo do profeta Muhammad, como o seu sucessor legítimo e consideram ilegítimos os três califas sunitas que assumiram a liderança da comunidade muçulmana após a morte de Muhammad.

5.7 - Os Sunitas: formam o maior ramo do Islão, ao qual no ano de 2006 pertenciam 80% do total dos muçulmanos. A maioria dos sunitas acredita que o nome deriva da palavra Suna, que se refere aos preceitos estabelecidos no século VIII baseados nos ensinamentos de Maomé e dos quatro califas ortodoxos.

3.8 - Igreja Ortodoxa: É também chamada como Igreja Católica Ortodoxa ou Igreja Ortodoxa Oriental é uma comunhão de igrejas cristãs autocéfalas, herdeiras da cristandade do Império Bizantino; Ortodoxia com letra maiúscula aplica-se a duas famílias de Igrejas cristãs, que não estão em comunhão com a Igreja Católica e que nem estão em comunhão entre si desde o tempo do Concílio de Calcedónia em 451.

5.9 - Judaísmo: É uma das três principais religiões abraâmicas, definida como religião, filosofia e modo de vida do povo judeu; O judaísmo ortodoxo é um dos três grandes ramos do judaísmo, uma vertente que se caracteriza pela observação relativamente rigorosa dos costumes e rituais em sua forma mais primitiva e tradicional, segundo as regras estabelecidas pela Torá e pelo Talmud, e imediatamente desenvolvido e aplicado pelas autoridades posteriores conhecidas como GueonimRishonim e Arraronim. Geralmente o Judaísmo Ortodoxo consiste em duas vertentes diferentes, a Ortodoxa Moderna e a Ultra Ortodoxa. Os ortodoxos representam cerca de 15% da comunidade internacional. Os ortodoxos defendem os hábitos tradicionais. Defendem posições religiosas e políticas radicais como não reconhecer sinagogas e rabinos não ortodoxos.

5.10 - Dualismo: É um conceito religioso e filosófico que admite a coexistência de (dois princípios necessários, de duas posições ou de duas realidades contrárias entre si, como o espírito e matéria, o corpo e a alma, o bem e o mal), e que estejam um e outro em eterno conflito; Apesar do ressurgimento atual de formas modestas de dualismo mente-corpo, o dualismo de substância-imaterial cartesiano tradicional tem poucos defensores, se é que tem algum. Este artigo defende que nenhum argumento convincente foi apresentado contra o dualismo de substância, e que as objeções standard a ele podem ser respondidas de forma credível. Palavras-chave: Dualismo de substância; materialismo; problema mente-corpo; E O dualismo argumenta que a mente é mais do que apenas o cérebro. Ele sustenta que existem dois reinos muito diferentes, (um mental e outro físico). Ambos são fundamentais e um não pode ser reduzido ao outro, (existem mentes e há um mundo físico). Este livro examina e defende o mais famoso relato dualista da mente, o cartesiano, que atribui o conteúdo imaterial da mente a um eu imaterial.
O novo livro de John Foster expõe as inadequações dos relatos materialistas e reducionistas dominantes da mente. Em (O eu imaterial), John Foster defende a substância teoria dualista da mente como uma substância imaterial. Penso que Foster é um dos filósofos analíticos mais originais e perspicazes do mundo, e o "Eu Imaterial" pode ser o seu trabalho mais significativo, embora seja difícil julgar a sua joia, "O Legislador Divino".
Foster está envolvido em duas frentes. Primeiro, ele rejeita versões do reducionismo fiscalista, segundo as quais a (mente não é uma substância imaterial). Todas as teorias sobre eliminativismo, comportamentalismo, funcionalismo e identidade de tipo e de toquem são cuidadosamente explicadas e atacadas com inúmeras objeções. Em segundo lugar, Foster defende a teoria teoria dualista sobre a mente. Ele primeiro responde a problemas de mecanismo, mostrando que o dualismo da substância não enfrenta nenhum problema especial na explicação da causa psicofísica. A seguir, é apresentado o argumento para a teoria dualista da mente. Foster argumenta que, se existe um sujeito mental, ele é essencialmente imaterial; e contra a teoria dos feixes humeanos e a favor da teoria cartesiana de que existe um sujeito mental. O capítulo final do livro é dedicado aos assuntos de identidade pessoal e encarnação, e a defesa de um relato libertário do livre arbítrio. A cobertura de Foster da filosofia analítica contemporânea da mente é abrangente e detalhada. Seus argumentos.

5.11 - Maniqueísmo: É a ideia baseada numa doutrina religiosa que afirma existir o dualismo entre dois princípios opostos, normalmente o bem e o mal. O maniqueísmo é considerado uma filosofia religiosa, fundada na Pérsia por Maniu Maquineu, no século III, sendo bastante disseminada por todo o Império Romano; O maniqueísmo é uma filosofia religiosa sincrética e dualística fundada e propagada por Manes ou Maniqueu, filósofo cristão do século III, que divide o mundo simplesmente entre Bom, ou Deus, e Mau, ou o Diabo. A matéria é intrinsecamente má, e o espírito, intrinsecamente bom; Maniqueísmo: Considerado durante muito tempo uma heresia cristã, possivelmente por sua influência sobre algumas delas, o maniqueísmo foi uma religião que, pela coerência da doutrina e a rigidez das instituições, manteve firme unidade e identidade ao longo de sua história. Denomina-se maniqueísmo a doutrina religiosa pregada por Maniqueu - também chamado Mani ou Manes - na Pérsia, no século III da era cristã. Sua principal característica é a concepção dualista do mundo como fusão de espírito e matéria, que representam respectivamente o bem e o mal.

5.12 - Maniqueu e sua Doutrina: Maniqueu nasceu em 14 de abril do ano 216, no sul da Babilônia, região atualmente situada no Iraque, e na juventude sentiu-se chamado por um anjo para pregar uma nova religião. Pregou na Índia e em todo o império persa, sob a proteção do soberano sassânida Sapor (Shapur) I. Durante o reinado de Bahram I, porém, foi perseguido pelos sacerdotes do zoroastrismo e morreu em cativeiro entre os anos 274 e 277, na cidade de Gundeshapur. Maniqueu se acreditava o último de uma longa sucessão de profetas, que começara com Adão e incluía Buda, Zoroastro e Jesus, e portador de uma mensagem universal destinada a substituir todas as religiões. Para garantir a unidade de sua doutrina, registrou-a por escrito e deu-lhe forma canônica. Pretendia fundar uma religião ecumênica e universal, que integrasse as verdades parciais de todas as revelações anteriores, especialmente as do zoroastrismo, budismo e cristianismo. O maniqueísmo é fundamentalmente um tipo de gnosticismo, filosofia dualista segundo a qual a salvação depende do conhecimento (gnose) da verdade espiritual. Como todas as formas de gnosticismo, ensina que a vida terrena é dolorosa e radicalmente perversa. A iluminação interior, ou gnose, revela que a alma, a qual participa da natureza de Deus, desceu ao mundo maligno da matéria e deve ser salva pelo espírito e pela inteligência. O conhecimento salvador da verdadeira natureza e do destino da humanidade, de Deus e do universo é expresso no maniqueísmo por uma mitologia segundo a qual a alma, enredada pela matéria maligna, se liberta pelo espírito. O mito se desdobra em três estágios: o passado, quando estavam radicalmente separadas as duas substâncias, que são espírito e matéria, bem e mal, luz e trevas; um período intermediário (que corresponde ao presente) no qual as duas substâncias se misturam; e um período futuro no qual a dualidade original se restabeleceria. Na morte, a alma do homem que houvesse superado a matéria iria para o paraíso, e a do que continuasse ligado à matéria pelos pecados da carne seria condenada a renascer em novos corpos.

5.13 - Maniqueísmo como Religião: A ética maniqueísta justifica a gradação hierárquica da comunidade religiosa, uma vez que varia o grau de compreensão da verdade entre os homens, fato inerente à fase de interpenetração entre luz e trevas. Distinguiam-se os eleitos, ou perfeitos, que levavam vida ascética em conformidade com os mais estritos princípios da doutrina. Os demais fiéis, chamados ouvintes, contribuíam com trabalho e doações. Por rejeitar tudo o que era material, o maniqueísmo não admitia nenhum tipo de rito nem símbolos materiais externos. Os elementos essenciais do culto eram o conhecimento, o jejum, a oração, a confissão, os hinos espirituais e a esmola. Por sua própria concepção da luta entre o bem e o mal e sua vocação universalista, o maniqueísmo dedicou-se a intensa atividade missionária. Como religião organizada, expandiu-se rapidamente pelo Império Romano. Do Egito, disseminou-se pelo norte da África, onde atraiu um jovem pagão que mais tarde, convertido ao cristianismo, seria doutor da igreja cristã e inimigo ferrenho da doutrina maniqueísta: santo Agostinho. No início do século IV, já havia chegado a Roma. Enquanto Maniqueu foi vivo, o maniqueísmo se expandiu para as províncias ocidentais do império persa. Na Pérsia, apesar da intensa perseguição, a comunidade maniqueísta se manteve coesa até a repressão dos muçulmanos, no século X, que levou à transferência da sede do culto para Samarcanda. Missionários maniqueístas chegaram no fim do século VII à China, onde foram reconhecidos oficialmente até o século IX. Depois foram perseguidos, mas persistiram comunidades de adeptos no país até o século XIV. No Turquestão oriental, o maniqueísmo foi reconhecido como religião oficial durante o reino Uighur -- séculos VIII e IX e perdurou até a invasão dos mongóis, no século XIII.

5.14 - Posteridade do Maniqueísmo: Embora não haja dados que permitam estabelecer uma vinculação histórica direta, o pensamento maniqueísta inspirou na Europa medieval diversas seitas ou heresias dualistas surgidas no seio do cristianismo. Entre elas, cabe citar a dos bogomilos, na Bulgária (século X) e, sobretudo, a dos cátaros ou albigenses, que se propagou no sul da França no século XII. Este último movimento foi uma das mais poderosas heresias da Europa, sufocada de modo sangrento no início do século seguinte.

5.15 - Hegemonia: Em história política, é a supremacia de um povo sobre outros, ou seja através da introdução de sua cultura ou por meios militares; A evolução etimológica e histórica da palavra grega hegemonia, e de suas denotações, tem procedido da seguinte maneira: Na Grécia Antiga séc. 8 a.C.  séc. 6 d.C,  hegemonia liderança denotava o domínio político-militar de uma cidade-Estado sobre outras cidades-estados, como na Liga Helênica (338 a.C), uma federação de Pólis cidades-estados gregas estabelecida pelo rei Filipe II da Macedônia, para facilitar a utilização das forças armadas gregas contra a Pérsia. No século XIX, a hegemonia regra denotava a predominância geopolítica e cultural de um país em outros países, como o colonialismo europeu impôs nas AméricasÁfricaÁsia e Austrália. No século XX, a denotação política-ciência da hegemonia (dominância) expandiu-se para incluir a dominação cultural, por uma classe dominante, de uma socialmente estratificada sociedade. Através da manipulação da ideologia dominante (os valores culturais e os costumes) da sociedade, a classe dominante pode intelectualmente dominar as outras classes sociais impondo a sua visão de mundo (Weltanschauung) que ideologicamente justifica o status quo social, político e econômico da sociedade, como se fosse um estado natural, normal e inevitável.

5.16 - Ceticismo Filosófico: É tanto uma escola de pensamento filosófico quanto um método que atravessa disciplinas e culturas. Muitos céticos examinam criticamente os sistemas de significado de sua época e este exame muitas vezes resulta em uma posição de ambiguidade ou dúvida.

5.17 - Mente quântica: E consciência quântica é uma ideia proveniente de diversas hipóteses e teorias científicas, cujos proponentes alegam que a mecânica clássica não pode explicar a natureza da consciência; Basicamente, postula-se que fenômenos da mecânica quântica, tais como o emaranhamento quântico e a superposição, podem desempenhar um papel importante no funcionamento cerebral, formando, portanto, a base da explicação científica da consciência; Eugene Wigner foi o pioneiro da ideia de que a mecânica quântica possui relação com o funcionamento da mente. Wigner propôs que o fenômeno quântico do colapso da função de onda ocorre por causa da interação com a consciência. Freeman Dyson, similarmente, afirmou que, manifestada pela capacidade de fazer escolhas, a mente existe, em certa medida, inerente a todo elétron. Outros físicos e filósofos contemporâneos consideram tais argumentos não convincentes. Victor Stenger caracterizou a consciência quântica como um mito sem base científica, mito este que "deveria tomar o seu lugar na história da ciência juntamente com os deuses, unicórnios e dragões. David Chalmers, também, argumentou contra a hipótese da consciência quântica num debate sobre como a mecânica quântica poderia se relacionar com a hipótese dualista da consciência. Chalmers é cético quanto à capacidade de qualquer nova teoria física de resolução do problema difícil da consciência.

5.18 - Holismo: É o que procura compreender os fenômenos na sua totalidade e globalidade. A palavra holístico foi criada a partir do termo holos, que em grego significa (todo ou inteiro). O holismo é um conceito criado por Jan Christiaan Smuts em 1926, que o descreveu como a tendência da natureza de usar a evolução criativa para formar um todo que é maior do que a soma das suas partes; Holismo, também chamado Não Reducionismo, define que as propriedades de um sistema não podem ser explicadas apenas pela soma dos seus componentes, onde o sistema total determina como se comportam as partes, conforme Jan Smuts e, a Metafísica de Aristóteles.

5.19 - Epistemologia: Significa ciência e conhecimento, é o estudo científico que trata dos problemas relacionados com a crença e o conhecimento, sua natureza e limitações. A epistemologia estuda a origem, a estrutura e os métodos do saber; A epistemologia também pode ser vista como a filosofia da ciência.

5.20 - Falácia: Deriva do verbo latino fallere, que (significa enganar). Designa-se por falácia um raciocínio errado com aparência de verdadeiro. Na lógica e na retórica, uma falácia é um argumento logicamente incoerente, sem fundamento, inválido ou falho na tentativa de provar eficazmente o que alega.

5.21 - As tipologias textuais: É também chamadas de tipos textuais ou tipos de texto, são as diferentes formas que um texto pode apresentar, visando responder a diferentes intenções comunicativas.

5.22 - Entropia: É unidade é uma grandeza termodinâmica que mede o grau de liberdade molecular de um sistema, e está associado ao seu número de configurações, ou seja, de quantas maneiras as partículas podem se... A entropia é uma grandeza termodinâmica associada à irreversibilidade dos estados de um sistema físico. É comumente associada ao grau de desordem ou aleatoriedade de um sistema. Em um sistema termicamente isolado, a medida da entropia deve sempre aumentar com o tempo, até atingir o seu valor máximo.

5.23 - O Arianismo: Foi uma visão cristológica antitrinitária sustentada pelos seguidores de (Ario), presbítero cristão de Alexandria nos primeiros tempos da Igreja primitiva em (319 a.C), que negava a existência da consubstancialidade entre Jesus e Deus Pai, que os igualasse, concebendo Cristo como um ser pré-existente e criado, embora a primeira e mais excelsa de todas as criaturas, que encarnara em Jesus de Nazaré. Jesus então, seria subordinado a Deus Pai, sendo Ele Jesus não o próprio Deus em si e por si mesmo. Segundo Ário, só existe um Deus e Jesus é seu filho e não o próprio Deus. Ao mesmo tempo afirmava que Deus seria um grande eterno mistério, oculto em si mesmo, e que nenhuma criatura conseguiria revelá-lo, visto que Ele não pode revelar a si mesmo. Com esta linha de pensamento, o historiador H. M. Gwatkin afirmou, na obra The Arian Controversy. O Deus de Ário é um Deus desconhecido, cujo ser se acha oculto em eterno mistério.

5.24 - Gnosticismo: As ideias e ramos gnósticos floresceram no mundo mediterrâneo no século II d.C, em conjunto e trocando influências com os primeiros movimentos cristãos e médio-platônicos Mesmo com um considerável declínio após o século II, o gnosticismo sobreviveu sub-repticiamente ao longo dos séculos na cultura ocidental
A Gnosis ou Gnosticismo foi um movimento filosófico religioso que originou-se na Ásia menor, e tem como base as filosofias, que floresciam na Babilônia, Egito, Síria e Grécia; Combinava alguns elementos da Astrologia e mistérios das religiões gregas (Elêusis), bem como os do Hermetismo, e posteriormente com as doutrinas do Cristianismo e do Sufismo. Sua Capital foi Alexandria no Egito, importante rota que ligava o oriente e o ocidente, promovendo um grande intercâmbio cultural entre os povos, portanto, ponto de encontro da sabedoria de vários continentes. Sua biblioteca abrigava um conhecimento inenarrável, que praticamente se perdeu com sua destruição, mas mesmo assim alguns manuscritos e conhecimentos foram mantidos e chegaram até nós.

5.25 - Misticismo: É a crença através da prática, estudo e aplicação das leis que unem o homem à Natureza. Desta forma, a mística se distingue da religião por referir-se à experiência direta com a divindade, transcendendo sem a necessidade de intermediários; Misticismo: do grego transliterado místicos, um iniciado em uma religião de mistérios é o contato com uma divindade, verdade espiritual ou Deus através da experiência direta ou intuitiva. É a religião em seu mais apurado e intenso estágio de vida. O iniciado que alcançou o segredo é chamado um místico.

6 – Os pais do Cristianismo do Século I ao VIII d.C.:

6.1 - A origem do Cristianismo: Surgiu na Palestina, região sob o domínio romano desde (64 a.C). Tem como origem a tradição judaica de crença na vinda de um Messias, o redentor, o salvador, o filho de Deus, cuja vinda seria uma redenção para todos aqueles que acreditassem nele. Sendo assim, os adeptos dessa posição, os panteístas, não acreditam num deus pessoal, antropomórfico ou criador; O surgiu na Palestina, região sob o domínio romano desde 64 a.C. Tem como origem a tradição judaica de crença na vinda de um Messias, o redentor, o salvador, o filho de Deus, cuja vinda seria uma redenção para todos aqueles que acreditassem nele.

6.2 - Cristianismo: do grego messias, ungido, do hebraico (Mashiach), é uma religião abraâmica monoteísta centrada na vida e nos ensinamentos de Jesus de Nazaré, tais como são apresentados no Novo Testamento. A fé cristã acredita essencialmente em Jesus como o Cristo, Filho de Deus, Salvador e Senhor;

6.3 - Os Pais do Cristianismo do I a o VII d.C.: Padres da Igreja, Santos Padres ou Pais da Igreja foram influentes teólogos, professores e mestres cristãos, na grande maioria católicos e importantes bispos. Seus trabalhos acadêmicos foram utilizados como precedentes doutrinários nos séculos subsequentes. Os padres da Igreja foram classificados entre os séculos II e VII. O estudo dos escritos dos Padres da Igreja é denominado Patrística. As Igrejas Romana, OrtodoxaLuterana, PresbiterianaAnglicana e os batistas acreditam que os padres da Igreja proporcionaram a interpretação correta da Sagrada Escritura, registraram a Sagrada Tradição e distinguiram as autênticas doutrinas das que acreditavam serem heresias. Índice: 1Catolicismo, 2Igrejas orientais, 3Igreja Anglicana, 4Igreja Luterana, 5Igreja Batista, 6Igreja Metodista, 7Igrejas Neopentecostais, 8Igrejas Pentecostais e 9A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.

6.4 - Patrística: É o nome dado à filosofia cristã dos três primeiros séculos, elaborada pelos pais ou padres da igreja, os primeiros teóricos daí Patrística e consiste na elaboração doutrinal das verdades de fé do cristianismo e na sua defesa contra os ataques dos pagãos e contra todos que eram contra, os hereges.

6.5 - Igreja Ortodoxa em grego: É reto, correto, opinião, glória, literalmente, igreja da opinião correta ou igreja da glória verdadeira, como traduzido pelos eslavos, também chamada como Igreja (Católica Ortodoxa ou Igreja Ortodoxa Oriental), é uma comunhão de igrejas cristãs autocéfalas, herdeiras da cristandade do Império Bizantino, que reconhece o primado de honra do Patriarcado Ecumênico de Constantinopla desde que a sede de Constantinopla e Roma deixaram de comungar, resultando no Grande Cisma. Reivindica ser a mesma instituição anunciada por Jesus, considerando seus líderes sucessores dos apóstolos. A Igreja Ortodoxa tem uma longa história, contando-se a partir da Igreja Primitiva, e aproximadamente mil anos, contando-se a partir do Cisma do Oriente ou Grande Cisma, em 1054. Desde então, os ortodoxos não reconhecem a primazia papal, a cláusula Filioque e não aceitam muitos dos dogmas proclamados pela Igreja Católica Romana em séculos recentes, tais como a Imaculada Conceição e a infalibilidade papal. Também não consideram válidos os sacramentos ministrados por outras confissões cristãs e em geral têm uma história hagiográfica à parte do catolicismo romano. No seu conjunto, a Igreja Ortodoxa é a terceira maior confissão cristã (atrás do catolicismo romano e o protestantismo), e também a segunda maior instituição religiosa do mundo (atrás da Igreja Católica Romana), contando ao todo com aproximadamente 250 milhões de fiéis, concentrados sobretudo nos países da Europa Oriental. As maiores igrejas locais são a russaromena e a ucraniana.

6.6 - Etnocêntricas? é um conceito da Antropologia definido como a visão demonstrada por alguém que considera o seu grupo étnico ou cultura o (centro de tudo), portanto, num plano mais importante que as outras culturas e sociedades. Relativismo? É uma corrente de pensamento que questiona as verdades universais do homem.

6.7 - Heráclito Filosofo: (540-470 a.C.) foi um filósofo pré-socrático da Ásia Menor.  Heráclito nasceu em Éfeso, antiga colônia grega, na Ásia Menor (atual Turquia), no ano de 540 a.C. Filho de tradicional família de sacerdotes, abriu mão de seus direitos em benefício do seu irmão. O Lógos tem um lugar de destaque na filosofia antiga, principalmente entre os filósofos chamados “pré-socráticos”. Mas, quem são esses filósofos? Embora a designação de “pré-socráticos” tenha sido consagrada pela tradição filosófica, ela nada revela do que verdadeiramente foram esses primeiros pensadores da filosofia grega. Eles não foram apenas os antecessores de Sócrates, mas foram verdadeiros e profundos “pensadores originários”, que se consagraram à tarefa de decifrar o enigma da origem e do vir-a-ser da Natureza. 1 Após seu apogeu na filosofia da Grécia Clássica, o Lógos ocupou o centro da filosofia helenística, particularmente no estoicismo antigo, médio e tardio. Depois, em um novo contexto cultural, ele teve um lugar de realce na teologia cristã, tanto na Idade Patrística, por causa do encontro do cristianismo primitivo com a paidéia grega (Cf. Jaeger, 1961), quanto na Idade Média, devido à grande influência que, através de Platão, Plotino e Aristóteles, a cultura grega exerceu sobre a teologia medieval. Mais tarde, no projeto epistemológico da Modernidade, o Lógos foi substituído pela Razão Científica, e, finalmente, graças ao trabalho de Nietzsche (1973, p. 108-116) e, sobretudo, de Heidegger (1973a, Heráclito, frag. 50), ele foi resgatado no seu sentido originário, e vem ocupando, em virtude da interpretação que lhe deu Heidegger, um lugar privilegiado na filosofia da contemporaneidade. Não sendo possível percorrer esta longa trajetória nos limites do presente ensaio, limitar-me-ei a resumir o que de mais sugestivo Heráclito de Éfeso escreveu sobre o Lógos nos fragmentos de sua doutrina filosófica, que até nós chegaram, deixando os outros dois marcos da trajetória para eventuais trabalhos, que, espero, poder escrever depois.

6.8 - A teologia cristã da Igreja Ortodoxa: É a teologia própria da Igreja Ortodoxa, caracterizada por um trinitarianismo monoteístico, pela crença na Encarnação do Logos, por um equilíbrio entre a teologia. A Trindade - Os cristãos ortodoxos acreditam num único Deus que é ao mesmo tempo três e um (triuno): o Pai, o Filho e o Espírito Santo, um em essência e indivisível. A Santíssima Trindade consiste de três pessoas divinas distintas (hipóstases), que partilham uma única essência divina (ousia) sem criador, imaterial e eterna. O Pai é a fonte eterna da Deidade, de Quem o Filho é eternamente gerado, e também de Quem o Espírito Santo descende eternamente. A essência de Deus sendo aquilo que está além da compreensão humana, não pode ser definida e/ou abordada pela compreensão humana.  Pai é a fonte eterna da trindade, de onde vem o Filho e flui eternamente o Espírito Santo.

6.9 - Dicotomia: É uma partição de um todo em duas partes. Em outras palavras, esse par de partes deve ser conjunto exaustivo: tudo deve pertencer a uma parte ou a outra, e mutuamente exclusivo: nada pode pertencer simultaneamente a ambas as partes. Essa partição também é frequentemente chamada de bipartição; Aspecto que tem um planeta ou um satélite ao se apresentar dividido ao meio, metade claro, metade escuro; Modalidade de classificação em que cada uma das divisões e subdivisões contém apenas dois termos.

6.10 - Montanismo: Foi um movimento cristão fundado por Montano por volta de 156-157 (ou 172); E cristão e suas práticas, uniu-se ao montanismo, sendo considerado herético, embora não haja evidências concretas de que tenha fundado uma seita própria; Monasticismo é a prática da abdicação dos objetivos comuns dos homens em prol da prática religiosa. Várias religiões têm elementos monásticos, embora usando expressões diferentes: budismo, cristianismo, hinduísmo, e islamismo. Assim, os indivíduos que praticam o monasticismo são classificados como monges e monjas.

6.11 -  Marcião ou Marcionismo: É sabido que o processo de expansão do cristianismo começou ainda no século I, tendo dois núcleos fundamentais: o judaico-cristão, praticamente circunscrito ao Oriente Médio, e o paulino e petrino referente aos apóstolos (Paulo e Pedro), de cunho mais universalista, que se direcionou para além do Oriente Médio e da Anatólia atual Turquia, abrangendo todo o mundo helenístico e, sobretudo, o coração do Império Romano. As cartas apostólicas de (Pedro, Paulo, Tiago, Judas e João), os evangelhos canônicos e os chamados Atos dos Apóstolos são os principais documentos dessa época, chamada por alguns autores de era apostólica. No contexto que sobreveio a essa era, a partir do século II, a Igreja Cristã Primitiva teve de lidar com as primeiras divergências no interior das interpretações canônicas; E essas divergências, ou dissidências, passaram a receber o nome de heresias termo que provém do grego e significa escolha ou opção deliberada. (Uma das mais famosas heresias foi a de Marcião de Sinope, que ficou conhecida como marcionismo ou heresia marcionita). E Marcião (85 a 150 d.C.). Assim como a grande maioria dos cristãos daquela época, recebeu enorme influência das culturas que o circundavam, desde o judaísmo até a filosofia grega e o helenismo, passando por outros sistemas culturais, como o persa. Essa última civilização, por meio do zoroastrismo seita religiosa fundada pela profeta Zoroastro, ou Zaratustra, também ofereceu ao cristianismo elementos para a compreensão teológica, que se deu por contraste, haja vista que, no sistema de Zaratustra, havia dois deuses, um (bom e outro mau). Dos quatro evangelhos canônicos, o único que não é sinótico, isto é, que não oferece uma sinopse uma trajetória compactada e cronológica da vida de Cristo, é o evangelho de João. O evangelista João, segundo alguns estudiosos, como Eric Voegelin, teve grande influência do pensamento religioso persa e, de forma ou de outra, acabou oferecendo fundamentos para doutrinas heréticas, como a de Marcião e de outros gnósticos.

6.12 - O Sionismo: É também chamado de nacionalismo judaico e historicamente propõe a erradicação da Diáspora Judaica, com o retorno da totalidade dos judeus ao atual Estado de Israel. O movimento defende a manutenção da identidade judaica, opondo-se à assimilação dos judeus pelas sociedades dos países em que viviam; O sionismo é um movimento político que defende o direito à autodeterminação do povo judeu e à existência de um Estado nacional judaico independente e soberano no território onde historicamente existiu o Antigo Reino de Israel.

6.13 - Docetismo: Esta é uma lista de heresias cristãs segundo a igreja católica romana, abrangendo uma série de seitas, movimentos e denominações dissidentes consideradas heréticas, forma específica de milenarianismo, com base em um ciclo de mil anos. Essa crença é obtida principalmente a partir do livro de Ap. 20:1-6.Docetismo do grego para parecer é o nome dado a uma doutrina cristã do século II, considerada herética pela Igreja primitiva. Não existiam docetas enquanto seita ou religião específica, mas como uma corrente de pensamento; Docetismo é o nome dado a uma doutrina cristã do século II, considerada herética pela Igreja primitiva. Antecedente do gnosticismo, acreditavam que o corpo de Jesus Cristo era uma ilusão, e que sua crucificação teria sido apenas aparente.

6.14 - Ebionismo: A seita dos ebionitas gnósticos também poderia ser chamada ebionismo do hebraico, pobres é uma das ramificações do cristianismo primitivo, que pregava que Jesus de Nazaré não teria vindo abolir a Torá, e que considerava Paulo de Tarso um apóstata. Desta forma, pregavam que tanto judeus como gentios convertidos deveriam seguir os mandamentos da Torá, o que levou a um choque com outras ramificações do cristianismo e do judaísmo. Vemos que os ebionitas criam que é necessário obedecer a todos os mandamentos da Lei de Moisés, inclusive ao mandamento de fazer a circuncisão; que os gentios que se convertem a Deus devem fazer a circuncisão e devem obedecer a todos os mandamentos da Lei; que Jesus Cristo é o Messias, mas não é Deus; que Ele não nasceu de uma virgem, mas sim foi gerado por José; que Paulo de Tarso foi um apóstata da Lei e não foi um verdadeiro apóstolo de Jesus Cristo; que as Escrituras Sagradas são somente o Antigo Testamento, e que eles usavam um único evangelho (chamado de Evangelho dos Ebionitas), que era considerado como sendo o Evangelho segundo Mateus, escrito em hebraico, e era menor do que o Evangelho segundo Mateus em grego e canônico, que é usado pelos cristãos. As origens do ebionismo ainda são obscuras. Acreditava-se como sendo apenas o cristianismo original, ou uma das ramificações primitivas deste. Em oposição à doutrina paulina, acreditava-se que o ebionismo deveria ter surgido entre os seguidores de Jesus e Tiago, o Justo, que buscavam conciliar a crença messiânica com o cumprimento das leis da Torá. O choque entre os dois grupos: judaizantes e antijudaizantes já é aparente no livro de Atos dos Apóstolos, onde a discussão entre os dois grupos obriga à convocação da assembleia dos apóstolos (At. 15), e em (At. 21:17-26), onde consta que havia na Terra de Israel dezenas de milhares de judeus que criam em Jesus Cristo e eram zelosos observadores da Lei (At. 21:20), e que houve uma situação de confronto entre eles e Paulo, considerado por eles como apóstata, pois haviam sido informados de que Paulo pregava a desobediência aos mandamentos da Lei, embora os judeus cristãos mencionados em (At. 15:1 e At. 21:20) não fossem ainda chamados ebionitas, pois esta denominação somente começou a ser usada mais tarde, eles eram em essência ebionitas, pois sua crença e prática era igual à dos ebionitas. (Ebionitas hoje são os Adventistas do sétimo dia).

6.15 - Panteísmo: A Natureza e Deus, como um, expresso pela unidade e comunhão, pode-se datar o aparecimento desta forma de pensamento, nos séculos VI e VII a.C., associado aos hindus e pelo florescimento da filosofia grega de Heráclito. É a crença de que absolutamente tudo e todos compõem um Deus abrangente, e imanente, ou que o Universo ou a Natureza e Deus são idênticos. (Sendo assim, os adeptos dessa posição, os panteístas, não acreditam num deus pessoalantropomórfico ou criador). A palavra é derivada do grego pan que significa tudo e theos que significa deus. (Embora existam divergências dentro do panteísmo, as ideias principais dizem que Deus é encontrado em todo o cosmos como uma unidade abrangente), portanto é inaceitável no panteísmo o politeísmo adoração e crença em vários deuses, pois as divindades são tidas como aspectos diferentes do absoluto. Recorrendo ao Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, lemos que o panteísmo só admite como Deus o todo, a universalidade dos seres, não sendo portanto, um conteúdo em particular Deus, mas sim a totalidade deste. O panteísmo foi popularizado na era moderna tanto como uma teologia quanto uma filosofia baseada na obra de Baruch de Espinosa, que escreveu o tratado Ética, uma resposta à teoria famosa de Descartes sobre a (dualidade do corpo e do espírito). Espinosa declarou que ambos eram a mesma coisa, e este monismo terminou sendo uma qualidade fundamental da sua filosofia. Ele usava a palavra "Deus" para descrever a unidade de qualquer substância. Embora o termo panteísmo não tivesse sido inventado durante seu tempo de vida, hoje Espinosa é considerado como um dos (mais célebres defensores da crença).

7. As cinco religiões maiores do mundo:

7.1 - Cristianismo: Aprox. 2,2 bilhões de adeptos, mesmo com o crescimento de outras religiões, o cristianismo continua sendo a doutrina com mais adeptos no mundo todo. Porém, seus seguidores têm mudado de perfil. Há um século, dois terços dos cristãos viviam na Europa. Hoje, os europeus representam apenas um quarto dos cristãos. Mas, o interessante mesmo é apontar onde o cristianismo mais cresceu no último século: na África Subsaariana. De 1910 para cá, a população cristã da região saltou de 9 para 516 milhões de adeptos.

7.2 - Islamismo: Aprox. 1,6 bilhões de adeptos, a medalha de prata na lista das religiões é dos muçulmanos. Segundo projeções, daqui vinte anos, eles serão mais de um quarto da população mundial. Se esse cenário se concretizar, o número de muçulmanos nos Estados Unidos vai mais do que dobrar e um quarto da população israelense será praticante do islamismo. Além disso, França e Bélgica se tornarão mais de 10% islâmicas.

7.3 - Hinduísmo: Aprox. 900 milhões de adeptos, baseado nos textos Vedas, o hinduísmo abrange seitas e variações monoteístas e politeístas, sem um corpo único de doutrinas ou escrituras. Os hindus representam mais de 80% da população na Índia e no Nepal. Mesmo com tamanha variedade, são apenas a terceira maior religião do mundo. Porém, ostentam um título mais original: o maior monumento religioso do planeta. Trata-se do templo Angkor Wat – depois convertido em mosteiro budista –, que tem cerca de 40 quilômetros quadrados e foi construído no Camboja no século XII.

7.4 - Budismo: Aprox. 376 milhões de adeptos, a doutrina baseada nos ensinamentos de Siddharta Gautama, o Buda (600 a.C.), busca a realização plena da natureza humana. A existência é um ciclo contínuo de morte e renascimento, no qual vidas presentes e passadas estão interligadas. Como era de se esperar, essa religião oriental é a principal doutrina em vários países do sudeste asiático, como Camboja, Laos, Birmânia e Tailândia. No Japão, é a segunda maior religião do país: 71,4% da população é praticante (muitos japoneses praticam mais de uma religião e, portanto, são contados mais de uma vez).

7.5 - Judaísmo: Aprox. 15 milhões de adeptos, atualmente, a maior parte dos judeus do mundo vive em Israel e nos Estados Unidos, para onde migraram fugindo da perseguição nazista. Mesmo assim, os judeus representam somente 1,7% da população norte-americana. Enquanto isso, na Argentina, nossos Hermanos judeus são 2% da população.

Conclusão

Como visto acima, este breve estudo buscou sintetizar perspectivas e informações a respeito de diferentes religiões, advindas de distintas origens geográficas. A metodologia aplicada fundamenta-se na ideia de facilitar o leitor nas pesquisas e seminários relacionados ao curso de Bacharelado em Teologia, proporcionando, junto a demais materiais de apoio, boas fontes para o desenvolvimento de teses de conclusão de curso.


Bibliografia


Agradecimentos:

Ao meu querido e amado neto Dr. Carlos Natanael da Rosa, que com seu encorajamento, hábeis muito colaborou na digitação e auxilio de leituras, tornou este trabalho possível.

Dados pessoais:
José Fernandes Alves dos Santos, (AD Canoas/RS), Evangelista, conferencista internacional e membro do conselho de Ética pastoral. Seu ministério e chamada são voltados predominantemente para a Educação Cristã, a partir de estudos que abordam: Teologia, Escatologia, Hermenêutica & Exegese Bíblica, Teologia Sistemática e Pedagogia Cristã; Autor de 51 Apostilas Escatológicas.
Experiências:
1) Foi pastor aux; 1°Coord. EBD; 1°Coord. Missão. 2) Fundador da Disciplina de Espanhol na FUNDAPES, Contratado pela Prefeitura Municipal de Canoas/RS. 3) Estagio de Três anos na Biblioteca Pública da Prefeitura de Canoas/RS; E Coord. De Internet; Ex-membro da Diretoria Acadêmica do Departamento de Ação Social - (Unilasalle Canoas).
Educação:
Bacharel em Teologia, pós graduação em Teologia e pós graduação em Capelania Militar (Unilasalle e Uniasselvi. Canoas); Formado em Capelão Militar (UCEBRAS),
Atualmente:
Militar (RR), Psicólogo Pastoral e Industrial, Capelão Evangélico Militar e membro da UMERGS (União dos Militares Evangélicos/RS), na qual atuo como 1º Secretário e Coordenador da Região Metropolitana de Porto Alegre, fundador e diretor do Departamento de Capelania e Instrutor do Curso de Capelania Militar.  (jfas).
Telefones: +55 (51): 994470785; 34631932.E-mail: (capelaniamilitar.rs@gmail.com); http://fernandezapostilas.blogspot.com.br/