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terça-feira, 23 de maio de 2017

Evangelical Chaplain

UCAPEC – União de Capelães Evangélico


MÓDULO – I

 I – APRESENTAÇÃO DE CAPELANIA

Nossa finalidade é capacitar Ministros Evangélicos a prestar assistência religiosa, e a realizar cultos em comunidades e outras organizações Ecumênicas. Nosso curso abrange as seguintes áreas da Capelania: “Apresentação de Capelania, Eclesiástica, Ação Social, Jurídica, Hospitalar, Militar, Prisional, e Fúnebre”. Um assistente religioso e social necessita de treinamento e capacitação para desenvolver suas funções com qualidade.

1 – O papel do Capelão:

O Papel fundamental do Capelão é cuidar e zelar da sociedade, contribuindo intensamente para a saúde Espiritual e Emocional do ser humano. O Capelão com suas habilidades poderão contribuir com a saúde da sociedade e desenvolver um trabalho produtivo nas áreas da pregação e evangelização. Todo cristão é vocacionado tendo a missão de testemunhar e pregar o Evangelho do Senhor Jesus Cristo, porém a pessoa precisa saber como. Assim também é na Capelania, existem várias áreas de atuação e cada pessoa tem aptidões para uma ou mais áreas.

1.1 Que é Capelania?

Como surgiu a história e definição: Capelania não é um termo moderno, é nome dado aos serviços religiosos prestados por oficiais treinados e teve origem nas Forças Armadas do Exército em 1776”. Conta-se que na França, um oficial Sgt. Martinho ao encontrar um homem abandonado na rua debaixo de chuva acolheu e deu assistência. É a prática do ofício realizado pelo capelão. A Capelania é uma atividade do capelão, oferecendo oportunidade de conhecimento, reflexão, desenvolvimento e aplicação dos valores e princípios éticos, cristãos e da revelação de Deus para o exercício saudável da cidadania. É uma área do evangelismo que atinge sua total atuação nos serviços sociais e instituições públicas e privadas, permitindo ao pastor, evangelistas e obreiros livrem acessam a prisões, hospitais, creches, escolas, orfanatos e outros. O status de capelão facilita o trânsito nestes locais, expandindo o evangelho para áreas ainda não atingidas. Porém, em primeiro lugar, o capelão deve ter o objetivo de orientar, confortar e consolar o indivíduo, que passa por momentos difíceis. Os interessados em dedicar-se à Capelania o façam por chamado espiritual e não para acrescentar mais um ponto no currículo”.

1.2 A História da Capelania:

Esse termo, Capelania, deriva de “Cappella”, que na língua latina surgiu por volta do sétimo século d.C”. Para designar um oratório onde era guardada e venerada a capa de São Martinho que, segundo uma lenda, no inverno de 338 teria partido seu manto cappa e dado a um pobre; esse pedaço do manto foi conservado e no sétimo século guardado num oratório, que logo passou a ser chamado de Cappella, paulatinamente o termo foi sendo usado para designar qualquer oratório. Daí o sacerdote encarregado de tais oratórios passou a ser chamado de “Cappellanus” capelão. Já no século XIV a palavra “Cappella” passou a designar generalizadamente os “pequenos templos”. Deriva também daí a Associação do termo aos sacerdotes encarregados de serviços religiosos em unidades militares, hospitais e escolas, chamados de capelão e por sua vez o serviço prestado de Capelania.

Embora não conheçamos registros de uma reflexão teológica sistematizada sobre o emprego dos termos capelão e Capelania relacionados aos ofícios religiosos em tais ambientes, sabemos que até hoje são amplamente, utilizados. Constam abordagens que afirmam que o termo Capelania foi adotado há alguns séculos por povoados que se aglomeravam ao redor das grandes fazendas.

O dono da fazenda construía uma capela geralmente como agradecimento a Deus por um milagre recebido. Nesta capela eram realizadas missas (cultos) esporadicamente, quando algum padre (pastor) era convidado a celebrar cultos de ações de graça por colheitas e outros. Com o passar do tempo estas reuniões eram mais comuns e pessoas vinham de longe para participar. O crescimento dos povoados e a formação das aldeias levaram a construção de grandes igrejas, o que não impedia de ainda assim serem realizadas missas nas capelas. Atualmente recebe o nome de Capelania o trabalho realizado por um padre ou pastor dentro dos hospitais, presídios, escolas, e outros. Nem todos possuem uma capela, mas pode ser utilizada uma sala qualquer, na qual será realizado oculto ou missa. Este padre ou pastor recebe o nome de capelão, porém seu trabalho não se resume exclusivamente à celebração do culto, ele exerce também outras funções que serão abordadas a seguir.

1.3 Primeiro Capelão Militar Brasileiro:

            O primeiro Capelão. Militar que serviu na 2°Guerra Mundial: João Filson Soren! 1908-2002! Nascido na cidade do Rio de Janeiro em 21 de janeiro de 1908. Filho do pastor carioca Francisco Fulgêncio Soren (1869 – 1933) e da norte-americana: Jane Filson Sore”, Nascido na cidade do Rio de Janeiro em 21 de janeiro de 1908. O garoto Soren professou sua fé em Jesus Cristo aos oito anos de idade e foi batizado pelo pai no dia 14 de setembro no Templo da Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro.

a. Estudou no Colégio Batista Shepard, fundado no ano de seu nascimento e, depois, sentindo-se vocacionado para trabalhar como missionário entre os índios ingressou no Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, mas ao final do primeiro ano recebeu convite para estudar nos Estados Unidos. Transferiu-se em 1928 e passou a estudar no Seminário Teológico Batista do Sul, em Louisville, no estado de Kentucky. Aí recebeu o título de mestre em Teologia. Fez outros cursos, outras atividades, dois doutorados em duas instituições batistas famosas, uma delas onde o pai estudou aliás, ele foi o primeiro batista brasileiro a estudar na América do Norte, porque quando ele se converteu aqui não havia seminário.

b. Em 1944, com 36 anos de idade, emocionou o Brasil ao apresentar-se como voluntário para servir como Capelão na II Guerra Mundial sendo convidado então para estruturar o Serviço de Capelania Evangélica que ainda não existia nas Forças Armadas brasileiras. Foi nomeado Capelão Militar em 13 de julho de 1944 e classificado no 1º Regimento de Infantaria, Regimento Sampaio. No dia 20 de setembro do mesmo ano embarcou com destino ao teatro de operações da Europa, onde permaneceu por 341 dias. Porém, continuou a pastorear a igreja que não abria mão de sua direção. Enviava cartas que era lidas e depois reproduzidas.

 c. A contribuição cívica com que ele honrou sua pátria na condição de Capelão Evangélico das Forças Expedicionárias Brasileiras lhe rendeu as seguintes condecorações Militares: Medalha do Esforço de Guerra. Medalha da Campanha da FEB. Cruz de Combate Primeira Classe, e a Silver Star, (do Exército Norte Americano). Posteriormente, receberia ainda as seguintes medalhas, pelos mesmos motivos: Mascarenhas de Moraes. Monumento aos Mortos da Segunda Guerra Mundial. Amigos da Marinha e Monte Castelo, entre outras. O trabalho do Capelão Soren no front de batalha foi tão importante, que o General Mascarenhas de Moraes, comandante da Força Expedicionária Brasileira (FEB) durante a Segunda Guerra Mundial, lhe prestou um elogio, publicado no Boletim da Divisão, de 28 de fevereiro de 1945. Cerca de 600 soldados evangélicos integraram a FEB. Neste número não se acham computados os simpatizantes, os amigos do Evangelho e os eventuais assistentes ao culto evangélico protestante. O Capelão Soren preparou um hinário do expedicionário, intitulado O Cantor Cristão do Soldado. Embora o Ministério da Guerra se tivesse prontificado em fazê-lo, foi à Casa Publicadora Batista quem o fez em homenagem aos combatentes. Neste hinário, se tinha 101 hinos selecionados do Cantor Cristão, que era o hinário oficial da Igreja Batista na época.

d. Os Militares Evangélicos iniciaram seus cultos no quartel do Regimento Sampaio, na Vila Militar logo que foram nomeados os Capelães Militares Evangélicos, isto, já em Agosto de 1944.


e. De buscarem a direção de Deus nas suas vidas, a Ele submissos. Então, outras dificuldades seriam superadas com mais facilidade. João Filson Soren faleceu no Rio de Janeiro, às 21 horas do dia 2 de janeiro de 2002, aos 93 anos de idade, nos deixou um grande legado.
1.3 Capelania Ecumênica:

A capela ecumênica universal não pode conter imagens ou ter características que identifique qualquer religião, justamente pelo fato de ser um lugar construído para receber culto de todas as religiões.

a. O capelão evangélico deve estar atento aos locais onde existem capelas ecumênicas, e aproveitá-las para ministrar cultos religiosos.


b. As capelas representam grandes oportunidades para o capelão realizar um trabalho evangelístico, pois, não geram custos com aluguel.


c. Por falta de conhecimento de seus direitos os evangélicos não utilizavam as capelas ecumênicas. Motivo pelo qual os padres tomaram conta destes espaços para realização de suas missas como se elas pertencessem somente à igreja católica. “As capelas ecumênicas pertencem a todas as religiões”.


d. Os capelães evangélicos devem tomar seus lugares por direito e explorar as capelas ecumênicas para realização de cultos evangélicos.

2 – Características do Capelão:

a.Ter o chamado para ministrar.
b.Ter compaixão pelas Almas.
c.Ter vida santificada.
d.Ter vida consagrada.
e.Ter amor pelos aflitos.
f.Ter conhecimento bíblico.
g.Ter fé, crer que o Senhor é capaz de operar.
h.Simpatia e cortesia ao se relacionar com doentes e detentos.
i.Saber ouvir com atenção, o enfermo precisa ser ouvido.
j.Ter talento, humildade, submissão às autoridades.
k.Respeitar os regulamentos.
m.Cuidar bem da sua aparência pessoal.
 n.Ter espírito de misericórdia.

2.1 Que é fazer Capelania Evangélica?

É preocupar-se com o seu próximo, dar água a quem tem sede, comida aquele que está com fome, vestir o que está nu e visitar quem está enfermo nos hospitais ou preso nas cadeias. Fazer Capelania é dar assistência espiritual e de ação social, cumprindo as determinações do nosso Senhor Jesus Cristo.

2.2 Requisitos para ser Capelão Militar:

a) Aeronáutica
- Ser do sexo masculino
- Ter idade entre 30 e 40 anos
- Ter concluído, com aproveitamento, curso superior de formação teológica, reconhecido pela autoridade

 eclesiástica da religião católica apostólica romana ou da religião evangélica.
- Ter sido ordenado sacerdote católico romano ou consagrado pastor evangélico.
- Ter o consentimento expresso da autoridade eclesiástica da respectiva religião para exercer atividade pastoral na Aeronáutica.
- Possuir, pelo menos, três anos de atividades pastorais como sacerdote apostólico romano ou pastor evangélico, após a ordenação ou consagração (investidura), respectivamente.
- Não será aceito diploma de tecnólogo para a comprovação da formação profissional, em nenhuma especialidade.

b) Exército:
- Ser do sexo masculino para sacerdote católico romano e ambos os sexos para pastor evangélico.
- Completar, até 31 de dezembro do ano da matrícula no curso de formação, no mínimo 30 anos e, no máximo, 40 anos de idade.
- Ter concluído, com aproveitamento, curso de formação teológica regular, de nível superior, reconhecido pela autoridade eclesiástica de sua religião.
- Ter sido ordenado sacerdote católico romano ou consagrado como pastor evangélico.
- Possuir pelo menos 3 anos de atividades pastorais, comprovadas por documento expedido pela autoridade eclesiástica.
- Ter, no mínimo, 1,60m de altura, se for do sexo masculino, ou 1,55m de altura, se for do sexo feminino.

c) Marinha:
-Podem concorrer somente candidatos do sexo masculino.
- Ter curso de formação teológica regular de nível universitário, reconhecido pela autoridade eclesiástica de sua religião.
- Possuir pelo menos 3 anos no exercício de atividades pastorais, como sacerdote ou pastor.
- Ter no mínimo 30 anos e no máximo 40 anos de idade no primeiro dia do mês de janeiro do ano de início do curso.
- Ter consentimento expresso da autoridade eclesiástica, à qual está subordinado, da respectiva religião, para inscrever-se no processo seletivo e para prestar assistência religiosa, espiritual e moral.

2.3 Quem pode participar:

Destina-se a cristãos que desejam se preparar melhor para esse ministério e desejam ser voluntário do trabalho de Capelania do Hospital, Escolar, Carcerária, Militar. Membros de igrejas evangélicas, militares, pastores e esposas, missionários. Profissionais da Evangelista, presbíteros, diáconos, seminaristas, músicos, profissionais liberais, lideres de forma geral. 

2.4 Capelães como Conselheiros:

a. Aconselhar é um processo em que conduzimos pessoas à maturidade. A transformação que vem pela renovação de nossa mente.
b. Pode atuar sobre o comportamento dos seres humanos produzindo sentimentos construtivos. A realidade é que muitos necessitam de encorajamento, respostas para vidas vazias.
c. Na Capelania esta transformação é operada através da instrução do homem na palavra de Deus.
d. O capelão é um ministro de Deus, que será constantemente procurado por pessoas que precisam de ajuda e de um aconselhamento espiritual.
e. Freqüentemente estamos tão ocupados e ansiosos que somos incapazes de perceber o que os outros estão dizendo, e com isto deixamos de perceber coisas de extrema importância, como o sentimento das pessoas que nos cercam suas angústias, e seus problemas.
f. O capelão tem autoridade dada por Deus e pela igreja que o recomendou para dar esse conselho, essa exortação ou esse conforto.
g. O segredo no aconselhamento está em ouvir corretamente, o capelão precisa ouvir o que está por trás das palavras. Palavras ditas, palavras não ditas, e palavras em suspense.
h. Talvez os lábios digam algo, mas a expressão facial, as mãos, a expressão corporal digam outra. O capelão precisa “ouvir” corretamente os sentimentos de quem está à sua frente.
i. Peça a Deus discernimento espiritual para entender a verdadeira necessidade da pessoa que recebera o aconselhamento.

3 – Para ser um capelão é necessário:

a)  Ter mais de 18 anos;
b)  Bom conhecimento bíblico;
c)  Equilíbrio emocional e doutrinário;
d)  Pertencer a uma Denominação Eclesiástica atuante.

3.1 Documentos de Conclusão:

Tendo sido aprovado nas matérias deste curso, o aluno estará apto a receber o Certificado de Capelão e carteirinha conforme as normas de Capelania.

3.2 Custos do Curso:

O aluno não paga mensalidade, apenas uma única taxa de matricula. Também, asseguramos que após a conclusão do curso, não cobramos taxa de emissão do certificado.

3.3 O Capelão e a organização:

No âmbito das organizações o trabalho de Capelania deve ser desenvolvido sem qualquer conotação sectária ponto de vista extremado, com estrito respeito à fé de cada individuo e de cada funcionário no contexto da instituição.

4 – O Capelão deve DAR assistência sem olhar o credo da pessoa:

Como pessoa devidamente habilitada nesta área, o capelão geralmente integra a comissão interdisciplinar da instituição, atuando no mesmo pé de igualdade com médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, nutricionistas, terapeutas e ouvidores, e sempre deverá ter posições imparciais. O trabalho de Capelania não deve jamais entrar nas outras áreas que escapam à natureza espiritual do atendido. 

4.1 O Capelão deve manter a unção do Espírito Santo:

a.  O ministro de Deus é ungido para tocar vidas e a influenciar pessoas, colocando-as em harmonia com Deus e consigo mesmo para que possa facilitar a cura dos seus problemas físicos e mentais.
b.  O capelão vai lidar com almas enfermas, são doenças do comportamento, mazelas do espírito, enfermidades psicossomáticas.
c.  O capelão terá um ministério a desempenhar nas crises. CRISE é qualquer acontecimento que ameace o bem-estar de uma pessoa, e interfira na sua rotina de vida, seja o nascimento de uma criança, a morte de um parente, o fim de um casamento, o desemprego, o abandono, a prisão, etc. O capelão tem a missão de ao entrar em contato com essa pessoa procura reduzir sua ansiedade e encorajá-lo a agir.

4.2 O Capelão irá enfrentar a oposição:

Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do Diabo;
Porque a nossa luta não é contra sangue e carne, e sim contra os principados e potestades, conta os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes:
a.A luta do capelão não é contra a carne e o sangue, mas contra principados e potestades, contra as forças espirituais do mal.

b.O Capelão Evangélico deve estar preparado espiritualmente para enfrentar Satanás e seus demônios.
c.Ao fazer uma visita em hospitais, presídios ou qualquer outro lugar, o capelão evangélico vai enfrentar opositores espirituais, isto é, demônios que estão agindo naqueles lugares, escravizando almas, e não querem abrir mão delas, como se fossem suas propriedades.
d.Satanás vai usar qualquer um que estiver sob seu domínio, para tentar barrar a ação da Capelania. Tentando impedir ou proibir o capelão de realizar sua visita e de levar uma palavra de fé aos necessitados.

4.3 O Capelão antes e durante uma visita:

a. Orar, pedindo a proteção de Deus para sua vida e pedindo para que Deus prepare o lugar que será visitado.
b.Jejuar, lembre-se que existem casca de demônios que só saem com jejum e oração.
c.Vigiar, o capelão deve ficar vigilante para perceber quando pessoas estão sendo usadas por opositores espirituais e estão agindo contra ele.
d.Não agir por impulso, porque quando agimos por impulso ou carnalmente damos legalidade para a ação do Diabo.
 e.Não fazer visita sozinho, lembre-se Jesus enviou seus discípulos de dois em dois”.  

II – Capelania Eclesiástica

A Capelania Eclesiásticas é aquela realizada na própria igreja. Capelania é um ministro religioso autorizado a prestar assistência e a realizar cultos em comunidades religiosas, conventos, colégios, universidades, hospitais, presídios, corporações militares e outras organizações ou corporações, e que geralmente é oficiado por um padre ou pastor. Ao longo da história, muitas cortes e famílias nobres tinham também o seu capelão. No caso de uma corporação militar, fala-se de Capelania militar ou Capelania Castrense. É papel fundamental da Igreja é: auxiliar as pessoas a encontrarem em Deus a melhor forma de lidar com suas dificuldades e a posicionar-se diante delas de acordo com a vontade de Deus para suas vidas. Portanto, a Igreja deve ser uma instituição que esteja preparada para apoiar e orientar os indivíduos, levando-os à maturidade física, emocional e espiritual. A Capelania Eclesiástica é voltada ao atendimento daqueles que tem se defrontado com dificuldades para ultrapassar barreiras, sejam elas espirituais ou materiais. Desta forma, prevê um atendimento a toda e qualquer pessoa que necessite e busque deixar que Deus opere em sua vida. A Capelania não tem, por si só, condições de alterar a situação do homem no lar, na família, no trabalho ou na Igreja, mas pode contribuir para que encontre o papel que Deus estabeleceu para sua vida em cada uma dessas áreas.

1 – Pastor ou Ministro do Evangelho:

São os títulos atribuídos ao ministro religioso no Protestantismo. Em algumas denominações o ministério pastoral é reconhecido como o mais alto patamar eclesiástico. Dependendo da posição e da denominação, o ministro religioso pode ser chamado como: Pastor, reverendo nas igrejas Presbiterianas, presbítero, padre, missionário, e bispo em Igrejas Luteranas. Anglicanas e Pentecostais diácono embora em algumas igrejas essa posição não seja de ministro, ancião em algumas igrejas pentecostais, como a Congregação Cristã no Brasil, e, recentemente, apóstolo. O rito de investidura do pastor é chamado ordenação ou consagração. De acordo com o apóstolo Paulo, uma Igreja Local poderia ser dirigida por uma equipe de pastores. Dependendo do ramo da Igreja, a função do pastor é desempenhada pelo presbítero ou bispo. Há situações no Novo Testamento onde esses termos parecem ser sinônimos. Nos países de língua inglesa é normal referir-se aos Párocos Católicos Romanos como pastor.

1.1 O Legado de Jesus Cristo a Igreja:

Nas igrejas cristãs um ministro é alguém que está autorizado pela igreja ou organização religiosa a realizar funções clericais, tais como o ensinamento das crenças; realizar serviços tais como: Casamentos, batismos ou fornecer orientação espiritual para comunidade. Ver: (Mt. 16: 19; Mt. 18: 18; Jo. 15: 16; Jo. 20: 21-23).

1.2 Que é Igreja:

Igreja do grego (ekklesía), através do latim (ecclesia), é uma instituição religiosa cristã separada do Estado, ou uma comunidade de fiéis ligados pela mesma  e submetidos aos mesmos chefes espirituais. Cabe à Igreja, fazer caridade, administrar o dinheiro do dízimo, o dinheiro das ofertas, construírem templos, ordenar sacerdotes, mantê-los e repassar para os seus crentes, a interpretação da Igreja sobre a Bíblia. A Imposição de mãos: é um ritual religioso que acompanha certas práticas religiosas e que é encontrado em todo o mundo sob diferentes formas. É referido no Novo Testamento da Bíblia pelo qual os apóstolos de Jesus Cristo e Paulo (Livro dos Atos dos Apóstolos 19:1-8) ministravam curas e ordenavam (isto é, conferiam o Sacramento da Ordem) os fiéis como novos missionáriosdiáconospresbíteros, e bispos.[carece de fontes. No Mormonismo, doutrina fundamentada com o nome de A igreja de Jesus Cristo dos Santos dos últimos dias, utiliza-se a imposição de mãos para curar, ordenar a cargos na igreja, conferir o Espírito Santo, Conferir os sacerdócios em seus respectivos ofícios, Conferir bênçãos específicas e a Benção Patriarcal. No ritual de cura é utilizado um óleo chamado de Óleo Consagrado. O evangelicalismo ou cristianismo evangélico é um movimento cristão.

            Surgido no século XVII, depois da Reforma Protestante, tornando-se uma vertente organizada com o surgimento, dos metodistas entre os anglicanos, dos puritanos entre os calvinistas, ambos na Inglaterra e dos pietistas entre os Luteranos na Alemanha e Escandinávia. O movimento tornou-se ainda mais significativo nos Estados Unidos durante o Grande Despertamento dos “séculos XVIII e XIX” onde conseguiu muito mais membros do que na Europa. O movimento continua a atrair adeptos em nível mundial no século XXI, especialmente no mundo em desenvolvimento. É um movimento que reúne vários sub-movimentos, como Igreja Batista Pentecostalismo, Movimento Carismático. Cristianismo não denominacíonal.
Os Evangelhos como um gênero Literário: Os evangelhos é um gênero de literatura do cristianismo primitivo que conta a vida de Jesus, a fim de preservar seus ensinamentos ou revelar aspectos da natureza de Deus. O desenvolvimento do cânon do Novo Testamento deixou quatro evangelhos canônicos, que são aceitos como os únicos evangelhos autênticos para a maioria dos cristãos. Entretanto, existem muitos outros evangelhos. Eles são conhecidos como apócrifos e foram escritos geralmente depois dos quatro evangelhos canônicos. Alguns destes evangelhos deixaram vestígios importantes na tradição cristã, incluindo a iconografia.

1.3 Evangelhos Canônicos:

Os evangelhos de MateusMarcosLucas e João são chamados evangelhos canônicos por serem os únicos que o cristianismo primitivo admitiu como legítimos e hoje integram o Novo Testamento da Bíblia, sendo também os únicos aceitos pelos grupos que sucederam. As igrejas cristãs só aceitam estes quatro evangelhos como tendo sido inspirados e fazendo parte do Cânon. As igrejas cristãs, católica, ortodoxas e protestantes têm na Bíblia, incluindo os evangelhos, a base de sua  e de sua prática. O Evangelho de Mateus foi escrito para convencer os judeus de que Jesus era mesmo o Messias que estava por vir, por isso enfatiza o Antigo Testamento e as profecias a respeito desse ungido. O Evangelho de Marcos (discípulo de Pedro) foi escrito para evangelizar principalmente os romanos, e relata somente quatro das parábolas de Jesus, enfatizando principalmente as ações de Jesus. O Evangelho de Lucas foi escrito para os gentios (não judeus), enfatizando a misericórdia de Deus através da salvação por Jesus Cristo, principalmente para os pobres e humildes de coração. O último dos evangelhos, o de João, foi escrito para doutrinar os novos convertidos. Não cita nenhuma das parábolas de Jesus (afinal, as parábolas já eram conhecidas no meio cristão, através dos relatos contidos nos outros evangelhos), porém combate com firmeza as primeiras heresias surgidas no princípio do cristianismo, como por exemplo: o gnosticismo (que negava a verdadeira encarnação do Filho de Deus) e outras seitas semelhantes, que também negavam a divindade de Jesus Cristo.

2 – Evangelhos Apócrifos:

Apócrifos do Novo Testamento Centenas de outros evangelhos foram escritos na antiguidade. Eles são chamados evangelhos apócrifos. Entre os manuscritos encontrados no Egito conhecidos como Biblioteca de Nag Hammadi, figuram os evangelhos atribuídos a Apóstolos de Cristo: o evangelho de Tomé, o evangelho de Filipe, o evangelho de Pedro e o evangelho de Judas.

2.1 Evangelhos contemporâneos:

Nos dias atuais, ainda são escritos evangelhos ou releituras deles, como O Evangelho segundo o EspiritismoO Evangelho segundo Jesus Cristo ou mesmo textos romanceados embasados na vida do Jesus histórico como Operação Cavalo de Tróia .

2.2 Etimologia:

Literalmente, evangelho significa boa mensagem, boa notícia ou boas-novas, derivando da palavra “Grega”
ευαγγέλιον, euangelion (eu, bom, angelion, mensagem). A palavra grega "euangelion" deu também origem ao termo evangelista da língua portuguesa.

2.3 Lados do Evangelho:

O lado do Evangelho localiza-se à esquerda do celebrante quando este se encontra de frente para o altar, na celebração de costas para o povo, sendo assim chamado por ser desse lado que o celebrante lia o Evangelho após a primeira leitura, a Epístola, que era lida do lado direito, o lado da Epístola.

3 – Atividades da Capelania Eclesiástica:

As atividades da Capelania Eclesiástica e o Serviço de Assistência Religiosa a serem desenvolvidas na dependência da igreja ou fora dela, devem ser programados e executados de tal modo que atendam às necessidades espirituais e morais dos fiéis e de seus respectivos familiares, independente do fato de participarem ou não das atividades da igreja. Todos serão atendidos pela capelania local, mesmo que não sejam membros. O capelão eclesiástico (nomeado) ficará responsável por assessorar os demais capelães nas questões de organizações correspondentes a este segmento religioso e pelo atendimento aos fiéis evangélicos. Na programação e execução das atividades da assistência religiosa e da formação moral e espiritual deverão transparecer o espírito, a iniciativa, a atitude e o comportamento de respeito.

3.1 O capelão, em razão do ofício, goza das seguintes funções:

1º - Ouvir e aconselhar os fiéis confiados ao seu cuidado,
2º - Pregar a palavra de Deus aos seus fiéis;
3º - Administrar a unção dos doentes aos seus fiéis
4º- Contactar as igrejas que necessitam desse tipo de trabalho para o fortalecimento da fé cristã e da sua doutrina. O livro principal é a Palavra de Deus, que se constitui das normas divinas para o Seu povo, para cumprir a grande missão de ser na sociedade, sal da terra, luz do mundo e testemunha fiel de Jesus Cristo.

3.2 Equipes de Capelania Eclesiástica:

            Para auxiliar o capelão eclesiástico em suas atividades deverá ser composta uma equipe de trabalho, constituída de elementos por ele indicados e aprovados pelo pastor local. Os nomes dos representantes escolhidos e suas atribuições deverão ser publicados em Boletim Interno da igreja com aprovação do pastor. Com isso o objetivo do ministério de Capelania eclesiástica é levar conforto e apresentar o plano da salvação aos aflitos e necessitados, atuar em todas as áreas humanas, trabalhar o lado espiritual e emocional de que Deus está com o indivíduo.

4 – A programação:

            Nas atividades religiosas os capelães deverão apresentar a programação anual de assistência religiosa e formação moral, que constará nas diretrizes da igreja, em consonância com os outros departamentos da mesma. O capelão deverá submeter ao pastor local, para ser aprovada, a programação anual da assistência religiosa e formação moral, tendo anexos os planos dos eventos a serem realizados.

4.1 A programação deverá constar de:

1.  Instrução religiosa prevista de conformidade com o plano da igreja;
2.  Instrução bíblica e reuniões de oração;
3.  Momentos de reflexão;
4.  Visita aos enfermos, membros da igreja;

4.2 Educações cristãs:

            O capelão poderá promover estudos específicos, servindo-se de especialistas para a exposição de temas de estudos indicados de conformidade com a necessidade do público alvo.
Na administração da doutrina e estudo bíblico, o capelão ouvindo a equipe de trabalho da Capelania, poderá contar com o auxílio de pessoas devidamente preparadas, sempre com a permissão e anuência do pastor local. O capelão deverá solicitar a inclusão do calendário para os estudos bíblicos e doutrinários nos noticiários da igreja boletins, jornais e outros.

4.3 A pastoral eclesiástica:

            O capelão criará uma equipe de trabalho composta de membros da igreja para auxiliá-lo nas atividades. Os nomes dos integrantes da equipe serão indicados pelo capelão e, após serem aprovados pelo pastor, serão publicados no boletim, juntamente com as suas atribuições. Será atribuição de esta equipe organizar a assistência religiosa no âmbito da igreja, visitação a membros que não podem se deslocar, sob a responsabilidade e coordenação do capelão.

4.4 Realizações do Ato Fúnebre:

            A celebração de um culto fúnebre, no templo, capela hospitalar, residência, capela funerária ou cemitério é uma oportunidade de evidenciar princípios cristãos de vida eterna, encorajamento, consolação, solidariedade e proclamar a salvação em Cristo Jesus. É uma excelente oportunidade do exercício de aconselhamento espiritual. O corpo do morto, como criatura de Deus, independente de sua postura ou comportamento ainda em vida, deve ser tratado com respeito, reverência e decência, especialmente por fazer parte da memória e estar intimamente ligado aos sentimentos de sua família. Visando atender os objetivos acima relacionados, a liderança da igreja e seus membros devem atentar para as seguintes normas:
a. Local e horário: O local e o horário do sepultamento devem ser comunicados pelos familiares do falecido à secretaria da igreja ou ao pastor logo após a constatação do fato. b. Culto fúnebre: a ordem e a duração do culto fúnebre devem ser combinadas pelo líder da mesma, preferencialmente o pastor da igreja, ou por outro pastor autorizado, juntamente com a família enlutada. A realização de qualquer participação especial e os pronunciamentos na programação da mesma depende da autorização da família. Se o número de pessoas que se oferecerem para fazer algum pronunciamento em reconhecimento ao falecido for além de duas pessoas, o oficiante deve estabelecer prazo para cada um daqueles os quais for franqueado a palavra. Os cânticos só deverão ser executados com a autorização da família enlutada e o teor dos mesmos deve expressar esperança, fé, consolação, agradecimento e confiança em Deus. Se o falecido não é evangélico a oportunidade deve ser para enfatizar a importância de estarmos preparados para o encontro com a eternidade.

a) Ordem de culto:

1.Oficiante na chegada dar condolências a família.
2.Não citar credo ou denominação.
3.Palavras introdutórias.
4.Histórico da vida do falecido.
5.Leitura Bíblica > João 5: 28,29; 11: 25,26; I tes. 4: 3-18.
6.Oração deve ser curta e objetiva.
7.Música Inspirativa: Dueto, solo ou coro - que fale da vida eterna.
8.Oração do pai nosso.
9.Hino - Música solene, que fale do céu, a morada eterna.
10. Palavras finais.
11. Oração e benção apostólica.
12. Tempo: O Maximo de 30 a 40mn.

b) Considerações

            O ministro cristão possui uma vasta área de atuação, desde a função administrativa, passando pelas funções pastorais como a pregação, estudos, cultos, aconselhamento, visitação, cuidado do rebanho, realização das ordenanças e assim por diante.

Uma das atividades do pastor é realizar cerimônias especiais, as quais são de extrema importância para a igreja e de incomensurável valor para as famílias. Os membros da igreja ficam noivos, casam-se, fazem bodas de prata e de ouro, aniversariam, partem para a glória e apresentam suas crianças. A igreja também tem seus momentos especiais: ceia batismo, lançamento de pedra fundamental, dedicação de templo e ordenação ao ministério da palavra. Para que realize tais cerimônias de forma eficaz, o líder cristão precisa de subsídios que venham enriquecer o seu cabedal de informações para que ele possa levar o cabo a sua nobre tarefa que é fazer o reino de Deus crescer. As igrejas estão cada vez mais exigentes com relação a essas cerimônias especiais, pois são momentos ímpares na vida dos membros e de seus familiares. O ministro precisa ser não apenas um bom administrador, um bom pregador, um bom conselheiro. Precisa ter uma visão atualizada nas mais diversas áreas do ministério, inclusive na realização de cerimônias específicas. (O pastor que não se aprimora ou não desenvolve essa área começa a deixar a desejar, caindo na rotina, na falta de criatividade e no marasmo ministerial, trazendo como uma das conseqüências o não crescimento e o não desenvolvimento da igreja). Minha oração é que Deus abra a visão das igrejas e dos pastores para que juntos, possamos realizar um ministério eficiente e eficaz, com a visão celestial dada por Deus, a fim de que o reino de Deus cresça de forma sadia e uniforme. Que Deus dê pastores e ministros religiosos que sejam sábios, inteligentes, homens e mulheres de visão, com tremenda capacidade de pastoreio. Quanto mais os ministros cristãos forem hábeis em todo o seu proceder, muito mais crescimento sadio encontrar-se-à na igreja de Cristo Jesus.

III – Capelania Ação Social

A Capelania Social é aquela realizada no seio da sociedade, e tem como objetivo ajudar pessoas que de alguma forma estão excluídas ou esquecidas pela sociedade como um todo. A ação social deve estar associada à apresentação do Evangelho, como meio para mostrar às pessoas o cuidado e o amor de Deus, ao conhecer e suprir-lhes as necessidades materiais através de seu povo. A responsabilidade social é um conjunto de conceitos e ações que contribui para fazer um mundo melhor com a participação de todos. A Capelania social é a solicitude cuidada atencioso, afetuosa; zelo, solicitude materna. Empenho, interesse, atenção de todas as igrejas para com as questões sociais. Trata-se de uma sensibilidade que deve estar presente em cada igreja e em cada dimensão, setor e pastoral. Enfim, deve estar presente nas comunidades eclesiais de base e nos movimentos. Em outras palavras, deve ser preocupação inerente a toda ação evangélica.
            Dentro da dimensão sócio-transformadora, é função de a Capelania social procurar responder a esse tipo de situação. Isso significa que as respostas não estão prontas, não há receita acabada. Em cada momento e em cada local, é preciso iniciar um processo em que o maior número de pessoas se envolva na busca de soluções concretas. A Capelania social tem como finalidade concretizar ações sociais e especificas a solicitude da igreja diante de situações reais de marginalizações. Na igreja primitiva observamos a atenção das primeiras comunidades para com o pobre, Desde cedo, os cristãos se organizavam para suprir as necessidades básicas de seus irmãos. A Capelania social é voltada para a condição socioeconômica da população. Hoje, como ontem, ela se preocupa com as questões relacionadas à saúde, à moradia, ao trabalho, à educação, e, enfim, às condições reais da existência e qualidade de vida das pessoas.

1 – No aspecto Bíblico é fazer Ação Social:

Podemos observar que Ação Social era uma preocupação na Igreja Primitiva. O Apostolo Tiago, irmão de Jesus, em sua epístola fala que a fé sem obras é morta. Pelo contexto da epístola a obra” a que o apostolo refere-se é: A obra de caridade ou de Ação Social:

a.Se um irmão ou uma irmã estiverem carecidos de roupa e necessitados do alimento cotidiano, e qualquer dentre vós lhes disser: Ide em paz, aquecidos e fartai-vos, sem, contudo, lhes dar o necessário para o corpo, qual é o proveito disso?

b.A obra como forma de caridade ou como Ação Social é uma determinação também do próprio Senhor Jesus Cristo, conforme podemos observar em Mateus, então, dirá o Rei aos que estiver a sua direita: Vinde benditos de meu Pai. Entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo. Porque tive sede, e me deste de beber; era forasteiro, e me hospedaste; estava nu, e me vestistes; enfermo e me visitastes; preso, e foste ver-me. Então, perguntarão os justos: Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer?

c.Ou com sede e te demos de beber? E quando te vimos forasteiro e te hospedamos? Ou nu e te vestimos? E quando te vimos enfermo ou preso e te fomos visitar? O Rei, respondendo, lhes dirá: Em verdade vos afirmo que, sempre que o fizeste a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes.

1.1 Ações Sociais em Atos dos Apóstolos:

            E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações. Vendiam suas propriedades e bens, distribuindo o produto entre todos, à medida que alguém tinha necessidade. Diariamente perseveravam unânimes no templo, partiam pão de casa em casa e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração.

1.2 Com isto podem concluir que:

No exercício da Capelania não basta simplesmente que o Capelão tenha fé e ore pelas pessoas. É necessário que a sua fé esteja acompanhada das obras. Obras de Caridade e de Ação Social.

1.3 Orar, quer dizer – Oração + Ação:

a.Fazer Capelania de Ação Social é alimentar os famintos, não só espiritualmente, mas também fisicamente.
b.O objetivo principal do capelão é levar o pão da vida aos famintos espirituais, que é o Senhor Jesus Cristo, aos famintos espirituais.
c.Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim, de modo algum terá fome, e quem crê em mim jamais terá sede.
d.O Capelão Evangélico precisa entender que pessoas com a barriga vazia não lhes darão ouvido, pois a fome física perturba a mente. Temos que nos compadecer dos necessitados buscando soluções para seus problemas de natureza física.

2 – O Capelão e a Assistência Social:

A Capelania de Ação Social pode ser realizada em qualquer lugar, porque pessoas necessitadas existem em todos os lugares: nas casas, nas igrejas e principalmente nas ruas. São muitos os mendigos que morrem nas ruas por causa do frio, ou conseqüentemente adquirem doenças por causa do frio como a pneumonia e etc. O Capelão Evangélico pode arrecadar roupas e fazer doações para esta pessoa.

2.1 Atitudes que podem ser tomadas pelo Capelão Evangélico:

1.  Arrecadar roupas através de doações;
2.  Agendar e realizar cultos solicitando doações de roupas para os necessitados;
3.  Mobilizar pessoas de sua igreja para o auxiliarem nas arrecadações e doações;

A nudez espiritual também é uma realidade entre os necessitados, quando o Capelão Evangélico levar as roupas e os donativos arrecadados, também levará uma palavra do Nosso Senhor Jesus Cristo, desta forma ele também estará vestindo os necessitados espiritualmente.

2.2 A igreja e a Assistência social:

Somos filhos da Reforma, quando “Martinho Lutero afixou suas 95 teses na porta da Igreja de Wittemberg, estava fundamentado em três verdades”:
a) A salvação só pela “graça, não pelas obras”;
b) A Bíblia, “não a tradição como única regra de fé e prática”;
c) O sacerdócio universal dos salvos, “não o clericalismo”;
Estas três verdades vêm influenciando o pensamento evangélico através dos séculos. Contudo, precisamos reavaliar constantemente nossos pensamentos e práticas para verificar se não estão sendo mal interpretados.
A salvação somente pela graça: “Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie”. Nada mais claro. Entretanto, freqüentemente nos esquecemos do versículo 10: “Porque somos criação de Deus realizada em Cristo Jesus para fazer boas obras”. Como enfatizamos conti nuamente a salvação pela graça e dificilmente ouvimos uma mensagem sobre as boas obras, não é de admirar que nos esqueçamos de praticá-las, especialmente as que se referem à assistência social. Ver: (Efésio 2: 8 - 10).

            Mas até pouco tempo atrás não era fácil encontrar “uma instituição evangélica de assistência social”. Mesmo hoje, algumas igrejas ainda relutam em envolver-se com projetos dessa natureza.
A ênfase recai na evangelização. “Via de regra, orfanatos, asilos, hospitais e escolas têm sido deixados para católicos e espíritas”. Eles, sim, crêem na salvação pelas obras. O encontro pessoal com Jesus, sua aceitação como Salvador, o novo nascimento são experiências pouco pregadas e experimentadas entre eles. A necessidade da prática de boas obras se deve, desse modo, à incerteza da sua salvação. “O apostolo Tiago meio irmão de Jesus havia se preocupado com a ação social na igreja”.  Ver. (Tiago 2: 14 - 17).

2.3 Os projetos de Assistência Social:

a. Primeiro: as obras são importantes por causa do julgamento final; é um texto de difícil interpretação, quando e com quem se dará esse julgamento? Como harmonizá-lo com a carta de Paulo aos Efésios. Não é fácil responder, mas não há como escapar do que Jesus disse: Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: venham benditos de meu Pai! recebam como herança o Reino que lhes foi preparado desde a criação do mundo. Pois eu tive fome, e vocês me deram de comer; tive sede, e vocês me deram de beber; fui estrangeiro, e vocês me acolheram; necessitei de roupas, e vocês me vestiram; estive enfermo, e vocês cuidaram de mim; estive preso e vocês me visitaram”. Ver: (MT. 25: 31 - 46).

b. Segundo: as boas “obras glorificam nosso Pai Celestial”. Jesus disse: Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus”.
Ver: (Mt. 5: 16).

c. Terceiro: as “obras são uma evidência da fé”. Foi isso que o apóstolo Tiago ensinou: de que adianta meus irmãos, alguém dizer que tem fé, se não tem obras? Acaso a fé pode salvá-lo? Se um irmão ou irmã estiver necessitando de roupas e do alimento de cada dia e um de vocês lhe disser: ‘Vá em paz, aqueça-se e alimente-se até ficar satisfeito’, sem, porém lhe dar nada, de que adianta isso? Assim também a fé, por si só, se não for acompanhada de obras, está morta. É bom lembrar que fé morta é sinônima de fé inexistente. Mas, a fé viva produz boas obras”.
Ver: (Tiago 2: 14 - 17).

2.4 As Obras sem segundas intenções:

Observamos que nestes casos a Teologia da barganha é isenta, a peça fundamental é o social. É o bem que se faz ao crente e ao não crente, pelo simples fato de que assim se comunica o amor de Deus às pessoas. Mas o resultado natural é que as boas obras abrem portas para a evangelização”; e, aquele que recebe o bem abre o coração para ouvir as verdades do evangelho. Atendimento aos que estão com fome, casas de recuperação para usuários de entorpecentes, hospitais, escolas, creches e Etc.

2.5 Uma vez no ano devem se reunir para Celebração:

Uma vez no ano devem se reunir para celebração, convidar músicos e conjuntos de adoração, duplas, quarteto, coral e animadores. Um dia de adoração ao Senhor Jesus; e, devem convidar as autoridades para se fazerem presentes, para eles verem os trabalhos sendo desenvolvidos e desta forma eles podem ajudar a desenvolver melhor a obra do Senhor. Ver: (Atos 4: 32).

3 – A Igreja deve ter responsabilidade Social:

Conforme os três itens abaixo”, a igreja deve realizar o seu papel no social; e, desta forma não ficar no anonimato, mas entender que o mundo gira em torno da evolução. E desta maneira o arcaísmo em conexão do medievalismo são eliminados do meio da sociedade.

a. Os que pregam um evangelho espiritualizaste: sem se preocupar nem se envolver com questões sociais, acreditando que o ato simplista de aceitar Jesus” resolverá todos os problemas do indivíduo;
b. Os que pregam um evangelho social: e, que se preocupa com os problemas materiais e omite a necessidade de uma conversão verdadeira, que transforme a natureza do homem;

Os que entendem que o evangelho modifica o homem em sua natureza, e, através da verdadeira conversão, para que este possa influenciar positivamente em seu meio ambiente.

c. É precisamente neste terceiro grupo que queremos nos posicionar. Desejamos ser igreja que fale à alma sem se esquecer do corpo, e que cuide dos problemas sociais que afligem o homem sem perder de vista a grave realidade espiritual que o escraviza.

3.1 Definindo Termos:

            Bruce L. Shelley, em seu livro a igreja e o povo de Deus - Edições Vida Nova” estabelece uma distinção entre Preocupação Social, Serviço Social e Ação Social”, que considero importante para nortear nosso estudo acerca deste assunto. Vejamos como ele define cada um desses termos:

a) A preocupação social: é uma atitude. É a percepção por parte do Cristão de que a salvação é dirigida ao homem inteiro. Trata-se do reconhecimento da aplicação do evangelho aos ferimentos e fomes do homem, assim como à sua culpa.
b) O serviço social: refere-se a todos os serviços que as igrejas ou os cristãos prestam a fim de assistir as vítimas de problemas sociais.
c) A ação social é mais ampla: Seu alvo é corrigir as estruturas e processos sociais e políticos de uma sociedade que provocam os problemas”. A grande maioria das igrejas, e crentes individualmente, demonstra preocupação social” através da oração pelos problemas sociais que afligem o mundo. Esta preocupação é legítima e incentivada na Bíblia. Bem menor, porém, é o número de igrejas e crentes que desenvolvem algum tipo de serviço social”. Este serviço também é incentivado e acha apoio na Palavra, principalmente no exemplo dos primeiros cristãos”. O maior problema hoje, entretanto, está na ação social”. É muito raro ver igrejas ou crentes verdadeiramente envolvidos numa ação social. Em geral a igreja se omite e mesmo desencoraja seus membros acerca de envolvimentos em causas políticas que visem modificar ou mesmo derrubar estruturas injustas”. No entanto, esta atitude também está presente na Palavra. Muitos servos do Senhor no passado estiveram envolvidos em ação social, confrontando governantes ou mesmo se rebelando contra governos injustos Exemplos: Joiada, o sacerdote, que fez aliança com os capitães, para derrubarem a usurpadora Atalia, a fim de estabelecerem Joás como rei de Judá; em Daniel, em Babilônia; Neemias, em Judá; José, no Egito”; entre outros. A igreja do Senhor é chamada não apenas a desenvolver uma preocupação social e para prestar serviços sociais, mas também para uma ação social efetiva. Ver: (I tm. 2: 1 - 3; At. 9: 36; I Co. 16: 1- 3; II Cr. 23).

3.2 O Fanatismo Religioso:

O homem religioso á aquele que aprendeu a valorizar os significados espirituais que possui dentro de si. Porém, quando esses significados passam a tomar sentido tão elevado, ao ponto de fazê-lo se esquecer ou ignorar as outras áreas de sua vida, surge então o Fanatismo; e, a isso também chamamos de Aliança Ação Social”. A mente religiosa se tornar alienada:

a. Ocupação demasiada com atividades que não possuem relação com a vida humana (quando a igreja perde seu tempo e investe esforços em ativismo vazio e improdutivo).
b. O uso da religião como instrumento “mágico” de proteção contra os problemas da vida comum. Se você for um cristão comprometido e assíduo, nenhum mal vai lhe atingir.
c. A hipervalorização das experiências religiosas acima dos demais valores da vida humana Os pais que obrigam os filhos a freqüentar a igreja, mas nunca dialogam com eles”.

3.3 A alienação social é ainda motivada por dois fatores:

a. medo de castigos espirituais caso não sigam todas a orientações da igreja ou particularmente do seu líder espiritual.
b.  Fascinação descontrolada pelas coisas espirituais, que impede a pessoa de enxergar outras áreas da vida. Uma igreja alienada nunca desenvolverá uma mentalidade social, pois sua religião se resume a experiências espirituais vazias”. Ver: (Tg. 1: 26 - 27; 2: 14 - 17).

4 – A Religiosidade secularizada:

            Chamamos de secularização o processo pelo qual a religião tem perdido sua influência em determinados setores da sociedade e da cultura. É a religião em declínio por não exercer influência na vida comum. Essa falta de influência da religião sobre a vida comum gera uma perda de credibilidade da própria religião perante a sociedade que por sua vez leva àquilo que chamamos “crise de possibilidade”, ou seja, a mensagem da igreja deixa de ser algo plausível, concreto, motivador de transformações, e passa a ser algo vazio e completamente dispensável. O maior fator gerador dessa crise de plausibilidade é a restrição do campo de atuação da igreja. Ou seja, quando a igreja se esquece de seu compromisso com a sociedade e seus problemas e passa a atuar apenas no campo individual familiar, por exemplo: toda a atividade da igreja se resume a visitinhas sociais e reuniõezinhas familiares; o pastor passa a ser um “servidor” das famílias, solicitado constantemente para resolver probleminhas domésticos; e, o grande problema neste ponto é que esses valores “privados” são considerados irrelevantes em contextos institucionais diferentes dos da família. Por exemplo: que relevância tem uma briguinha entre irmãos adolescentes diante de problemas como o abandono de menores, a prostituição infantil e o crescente consumo de drogas entre crianças e adolescentes nas escolas? Jesus não perdia tempo com probleminhas particulares, porque sua missão era muito mais ampla e urgente. Uma igreja secularizada, cujos membros só se preocupam com seus próprios problemas, nunca desenvolverá uma mentalidade social responsável.
Ver: (Lucas 12: 13 -15).

4.1 A Igreja e a responsabilidade Social:

            Para desenvolver uma mentalidade social responsável a igreja terá que, primeiramente, evitar tanto o fanatismo quanto a secularização. Isso significa que deve manter a sua santidade sem se tornar “socialmente alienada”. Evidente que isso não é uma tarefa fácil, porém é possível, sugerimos algumas atitudes:

a. Uma pregação fiel autentica da “Palavra de Deus”;
b. Uma ênfase maior na vida “piedosa responsável”;
c. A redescoberta e o exercício fiel dos “dons espirituais”;
d. A busca por uma vida “controlada pelo Espírito Santo”, (em todas as áreas);
e. Uma maior abertura para a discussão das questões sociais que afligem a sociedade.
Superadas essas barreiras (ou pelo menos iniciados esses passos), a Igreja estará pronta para um envolvimento social responsável. Seus membros poderão envolver-se em serviços sociais produtivos e também estará apto para uma Ação Social” responsável, através de uma influência positiva nas estruturas, capaz de transformá-las em instituições mais justas. Isso vai desde a participação em conselhos escolares, associações de bairro, conselhos consultivos, programas sociais voluntários, até uma participação política efetiva e responsável. Assim a Igreja será verdadeiramente Sal e Luz neste mundo.
Uma vez no mês deve haver no salão social da igreja a disposição dos membros da comunidade, somente os cadastrados; as equipes devem ser orientadas por um líder de boa qualificação, e, de conhecimento em todas as áreas.

4.2 Assistências Sociais deve desenvolver programas como:

                O primeiro passo é formar um departamento com equipe de pessoas integras; e, “Criar um controle de entradas e saídas com um vigoroso cadastro das pessoas que serão beneficiadas”. Este lacre não poderá ser violado. Desta forma evitara ser manchado o papel da equipe. “Na primeira semana de cada mês deve ser escolhido um dia para a equipe se reunir colocando os assuntos em pauta; e, a prestação de conta uma vez do corrente ano de seus exercícios, na presença de seus colaboradores de todas as entradas e saídas, mediante Nota fiscal e recibos ou assinaturas de três pessoas da equipe, e arquivando tudo em uma pasta dos doze meses de cada ano”. As pessoas da equipe não podem ser da mesma família, evitando assim o nepotismo que é crime perante a Lei, e a desconfiança dos colaboradores;

a. Programas sociais voluntários:
Alimentação o mínimo duas vezes na semana, (Sopão);
Distribuições de cestas básicas uma vez ao mês;
Campanha do agasalho, (Doações de roupas);
Corte de cabelos;
Pedi cure, manicure;
Serviços odontológicos, (dentista);
Doutor, (clinico geral);
Distribuição de remédios;
Assistência jurídica (Advogado);
Departamento de Obras, (Reformas e construção de casas);
Orientação de Higiene pessoal, (Distribuições:
(Pasta e escova de dente);
b. Aulas de aprendizagem profissionais:
Aula de eletricidade, (Básico);
Aulas de musica;
Curso de pedreiro;
Cursos de idiomas;
Oficina de Artesanatos;
Curso de costureira;
Curso de corte de cabelo;
Bordado, e costura;
c. Criação de programas como:
Asilos, (Para idosos);
Centro de recuperação de drogados;
Creches, (Para as mães que trabalham);
Escolas, (Ensino fundamental);
Hospitais, (Evangélico);
Orfanatos, (Para crianças órfãs);
d. Programas de voluntários para palestras:
Conselheiros espirituais, (Orientador);
Palestras para família;
Palestras sobre drogas;
Tabagismo, e Alcoólatra;
Prostituição infantil;

Conclusão:

                Concluímos que, se compadecer do pobre, empresta ao Senhor, e Ele lhe recompensará o benefício; Ame os outros como você ama a você mesmo; Compadecer-se dos pobres e oprimidos é compromisso de qualquer pessoa ou comunidade de fé cristã. É projeto de Deus, que ofereçamos ajuda aos necessitados, tanto para o corpo mortal como para a alma imortal. A fome e a miséria estão a nossa volta todos os dias. A Missão Impactando visa hoje, como nos tempos antigos, recuperar o que aparentemente é irrecuperável; como a moral, a dignidade e o caráter do ser humano. As famílias são ajudadas em vários setores de suas vidas.  Devem ser servidas duas vezes ou mais por semana de uma sopa reforçada de legumes para essas pessoas cadastradas, e a diferença se faz notória em cada aspecto dos beneficiados, pois trata- se de uma sopa bem reforçada. Ver: (Pv. 19: 17; Gl. 5: 14).  

IV – CAPELANIA JURÍDICA

Leis que embasam a Atividade da Capelania no Brasil:

Capelania é uma Assistência Religiosa e Social prestada aos serviços Civis e Militares, prevista e garantida pela Constituição Federal de 1988, sob a Lei 6.923 art. 5 e inciso VII. A Capelania ganhou muita força nestes últimos anos, principalmente no Brasil pelas Lideranças Evangélicas. Os hospitais, presídios, escolas, universidades e outras instituições vêm se preocupando com a qualidade no atendimento das pessoas com carências espirituais, afetivas e emocionais, necessitando de uma pessoa de estimulo e entusiasmo. A especialização em Capelania é um dos Cursos mais procurados pelas Lideranças Evangélicas do Mundo.

Conforme Art. 5 VII – cf. Lei Magna:
Lei Federal 7.672/88 – Lei Federal 9.982/00
Lei Est/RS. 14.159/12.  

1 – Lei Federal: 6.923 Art. 5º Inciso VII – Constituição Federal de 1988 – É assegurada nos termos da Lei a prestação de assistência religiosa nas entidades Civis e Militares de internação coletiva (Hospitais, Presídios) – Constituição Federal de 1988.

1.1 Lei Estadual: 4.622 – 18/10/2005
Art. 1º – Fica no poder executivo autorizado a criar nos Hospitais Públicos do Estado do Rio de Janeiro o serviço voluntário de Capelania hospitalar, com vistas ao atendimento espiritual fraterno dos pacientes internados e seus familiares. (Governadora Rosinha Garotinho).

1.2 Leis 4.154 – 11/09/2003 – Alteram a Lei 2.994 – 30/06/1998

a) Art. 1º – Fica autorizado o ingresso de Capelães nos hospitais e demais casas de saúde da rede estadual e privada de todos os credos. (Gov. Rosinha Garotinho).

1.3 Lei Municipal: 775 – 12/1985
            Autorizo o ingresso de Ministros Religiosos solicitados para prestarem assistência religiosa aos enfermos. (Prefeito Marcelo de Alencar).

2 – Jesus exemplo de Capelão:

            Nenhum exemplo de serviço aos necessitados foi maior do que o do Senhor Jesus Cristo. Ele é o nosso exemplo de Capelão que devemos imitar em suas Obras de compaixão.

2.1 O Capelão Evangélico deve respeitar as autoridades:

            Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as que existem foram ordenadas por Deus. O Capelão evangélico, assim como todo bom discípulo do Senhor Jesus Cristo deve respeitar as autoridades superiores. Toda autoridade é constituída por Deus. Ver: (I Tm. 2: 2; Rm. 13: 1; Esd. 6: 10; I Ped. 2: 13).

Exemplos de algumas autoridades que devem ser respeitadas pelo Capelão Evangélico no desempenho de sua missão:

a.O médico é uma autoridade que deve ser respeitada;
b.O Pastor da igreja é uma autoridade constituída por Deus sobre o Capelão;
c.Os agentes de portaria dos hospitais são autoridades e deve ser respeitados pelo Capelão;
d.As autoridades policiais civis e militares são autoridades e deve ser respeitada pelo Capelão;
e.Os carcereiros e os porteiros de delegacias e presídios são autoridades e devem ser respeitadas pelo Capelão.

2.2 O uso de Uniforme Militar:

Data de publicação: 15/10/2012 – Ementa: Apelação no uso indevido de Uniforme, Distintivo ou INSÍGNIA MILITAR por qualquer pessoa. Condenação em 1ª Instância Preliminar de Oficio de Prescrição. Estando o Réu condenado a 30 (trinta) dias de detenção, a prescrição opera-se em 02 (dois) anos, a teor do art. 125, inciso VII, do CPM. Tal prazo deve ser reduzido de metade, por força do art. 129 do CPM, pois, ao tempo do crime, o Apelante era menor de 21 (vinte e um) anos de idade. Por conseguinte, a prescrição ocorre em 01 (um) ano. E entre o recebimento da Denúncia e a publicação da Sentença condenatória, já decorreu lapso superior a tal prazo. De ofício, declarada extinta a punibilidade do crime pela ocorrência da prescrição da pretensão punitiva na forma retroativa, com fundamento no art. 123, inciso IV, c/c os Arts. 125, inciso VII, e 129, todos do CPM.

a) Caros colegas, primeiro são imperiosos ressaltar a condição de quem cometeu o crime, porque isso vai interferir diretamente no desenrolar da situação, vamos considerar que quem fez o uso indevido do uniforme seja militar estadual, neste caso, teremos o crime militar capitulado no art. 172 do CPM, porém se quem usar o uniforme da POLICIA MILITAR for civil, temo uma problemática porque a Constituição afirma o seguinte: 

b) Art. 125 - Os Estados organizarão sua Justiça, observados os princípios estabelecidos nesta Constituição.

c) § 4º - Compete à Justiça Militar estadual processar e julgar os policiais militares e bombeiros militares nos crimes militares definidos em lei, cabendo ao tribunal competente decidir sobre a perda do posto e da patente dos oficiais e da graduação das praças.

d) Percebam que o § 4º diz que a Justiça Militar Estadual processa e julga os policiais militares e bombeiros militares nos crimes militares definidos em lei, isso faz com essa justiça militar seja incompetente para julgar civis, sendo que o civil que cometer a conduta descrita no tipo penal, não responderá na esfera militar estadual, mas na justiça comum e não pelo crime militar, mas pelo crime da lei comum. Vale lembrar que na esfera federal o civil responde pelo crime militar que cometer.

2.3 Crimes do civil que usa Uniforme dos Militares Federal:

a) A presente dúvida é decorrente do fato de que a tipificação exata é do CPM, no seu art. 172 e como civis não são julgados nas justiças militares estaduais como enquadrar um civil usando um uniforme da PM ou do Corpo de Bombeiros?

b) Art. 172. Usar, indevidamente, uniforme, distintivo ou insígnia militar a que não tenha direito:
Pena – detenção, até seis meses.

2.4 Crime do civil que usa uniforme dos Militares Estadual:

a) A presente dúvida é decorrente do fato de que a tipificação exata é do CPM, no seu art. 172 e como civis não são julgados nas justiças militares estaduais como enquadrar um civil usando um uniforme da PM ou do Corpo de Bombeiros?

b) Art. 172. Usar, indevidamente, uniforme, distintivo ou insígnia militar a que não tenha direito: Pena – detenção, até seis meses. O crime será o de falsificação ideológica.

3 – Observações importantes:

Se os direitos do Capelão forem desrespeitados, devem ser exigidos na forma da lei.
O Capelão deve ser humilde e manso e saber expressar-se na hora de fazer uma visita
Considerações segundo a Lei – É crime proibir um Capelão prestar Assistência Religiosa.

3.1 São Direitos do Capelão:

Ter acesso garantido aos locais, para o desempenho de sua missão. Ser respeitado no exercício de sua função. Não ser discriminado em razão de sexo, raça, cor, idade ou religião que professa.

3.2 São Deveres do Capelão:

            Acatar as determinações legais e normas internas de cada instituição hospitalar ou penal, a fim de não por em risco as condições do paciente ou a segurança do ambiente hospitalar, prisional ou outro no qual desempenhe suas atividades. Respeitar as regras de higiene e parlamentarão do ambiente hospitalar, prisional ou outro no qual desempenhe suas atividades. Zelar pelo cumprimento das leis do país. Executar a Capelania sem discriminação de raça, sexo, cor, idade ou religião, tendo em mente sua missão de confortar e consolar o aflito, seja ele quem for. Diretos da Constituição Federal: Artigo 5º, item X: São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas.

3.3 São Direitos do assistido:

Ser respeitado no momento de sua dor. Ser tratado com a verdade, sem ferir os princípios de preservação de sua integridade física e moral. Ter sua religião e crença respeitada, ter resguardada sua individualidade e liberdade de pensamento.

4 – Lei Estadual:

Lei Estadual Rio Grande do Sul Publicado no DOE em Lei n° 14.159 de 20/12/2012 – Dispõe sobre a prestação de assistência religiosa nas entidades hospitalares públicas e privadas e nos estabelecimentos prisionais civis e militares, no âmbito do Estado do Rio Grande do Sul.

O Governador do Estado do Rio Grande do Sul. Faço saber, em cumprimento ao dispositivo no Artigo 82, inciso IV, da Constituição do Estado, que a Assembleia Legislativa aprovou e eu sanciono e promulgo a lei seguinte:
a) Art. 1º. Assegura-se, aos religiosos de todas as confissões, o acesso aos hospitais das redes públicos e privados, bem como aos estabelecimentos prisionais civis ou militares, para prestar atendimento religioso aos internados e aos presos que o desejarem, no âmbito do Estado do Rio Grande do Sul. Parágrafo único. O Atendimento de que trata esta Lei deverá ser requerido expressamente pelo internado ou pelo preso, ou ainda, por seu representante legal, quando os primeiros não tiverem o necessário discernimento para a prática do ato ou não puderem exprimir sua vontade, sendo vedada qualquer intromissão sem solicitação prévia.
b) Art. 2º. Os religiosos chamados a prestar assistência nas entidades definidas mencionadas no "caput" do art. 1º deverão, em suas atividades, acatar as determinações legais e as normas internas de cada instituição, a fim de não pôr em risco as condições do paciente ou a segurança do ambiente hospitalar ou prisional.
c) Art. 3º. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 20 de dezembro de 2012.
Governador do Estado-RGS. TARSO GENRO!
Registre-se e publique-se.
CARLOS PESTANA NETO,
Secretário Chefe da Casa Civil.


V – Capelania Hospitalar

A Capelania Hospitalar tem como missão atuar nos hospitais através de voluntários capacitados que levam amor, conforto e esperança aos pacientes, aos familiares e aos profissionais da saúde. Apresentando a fé cristã através do atendimento espiritual, emocional, social, recreativo e educacional, sem distinção de credo, raça, sexo ou classe social. Ao visitarmos um enfermo no hospital, estamos visitando o próprio Senhor Jesus, que disse: Estive enfermo e, me visitastes; Sempre que o fizestes a um destes meus irmãos, mesmo dos mais pequeninos, a mim o fizestes.
Assim sendo, visitar foi uma ação que começou com nosso Deus, o qual também visitou a Israel varias vezes de forma direta: Abraão, Sara, Moisés, Josué, Gideão, Samuel, Isaías, Jeremias. A visita divina ao seu povo se tornou completa com a vinda de Jesus Cristo na plenitude do tempo. No Evangelho de Mateus lemos: Eis que a virgem conceberá, e dará á luz um filho, e chamá-lo-ão pelo nome de EMANUEL, que traduzido é: Deus é Conosco. No Evangelho de João temos o relato da visita quando o verbo se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade; e vimos a sua glória, como a glória do unigênito filho de Deus. Este Verbo divino nos disse que não veio para os sãos, mas para os doentes e ainda nos diz eu irei e lhe darei saúde. Então, a visita de Deus através de Jesus Cristo é fundamental para toda a humanidade porque através dela temos a saúde eterna. O Senhor Jesus também treinou seus discípulos para que visitassem e deu seu exemplo quando foi à casa de Zaqueu, quando visitou com Tiago a casa de Pedro. E logo, saindo da sinagoga, foram à casa de Simão e de André com Tiago e João. E a sogra de Simão estava deitada com febre; e logo lhe falaram Dela. Então, chegando-se a ela, tomou-a pela mão, e levantou-a; e imediatamente a febre a deixou, e servi-os.

1 – A visita do Capelão é:

            Compartilhar com alguém, que o sofrimento, as dificuldades da vida é um meio pelo qual crescemos em direção a Deus, do próximo, e de nós mesmos. Ninguém é poupado da doença. E a saúde tampouco é a única razão da felicidade. Uma pessoa que aprendeu a conviver com a sua enfermidade, pode ser uma pessoa muito feliz e uma fonte de alegria para aqueles que cruzam o seu caminho. Na Bíblia, a doença faz parte da vida. Ela sinaliza para os nossos limites, para a nossa transitoriedade, para a nossa natureza humana. A importância do Ministério da Visitação Hospitalar está ligada diretamente ao número de pessoas que passa pelos hospitais em todo o mundo, que é bem maior que pelas igrejas.
No hospital, a mente e o coração estão geralmente abertos a mensagem do evangelho. Quando o Senhor Jesus aqui viveu o seu ministério era total (corpo, alma e espírito) não podemos deixar de seguir seus passos. Hoje, a ciência médica reconhecer que a paz espiritual do paciente, pode contribuir muito para sua recuperação física. O sofrimento físico nos leva a reconhecer que cada um de nós vai encontrar-se com a própria morte. Pessoas enfermas e com sofrimento físico começam a levantar uma série de perguntas: Por que isto está acontecendo comigo? Por que está acontecendo agora? O que fiz para merecer isto? Vou ficar bom? Onde está Deus nesta situação? Será que alguém vai cuidar de mim? Uma enfermidade pode ser acompanhada por dúvidas; emoções de zanga, solidão, desespero, confusão, ira, culpa; e magoas. Com esta realidade o visitador cristão, o apoio da comunidade de fé, e a ajuda prática em circunstâncias de enfermidade são desafios para os membros da igreja de Cristo.

1.1 O Paciente, seus sentimentos e suas necessidades:

 

            A maneira como vê a enfermidade tem grande influencia na maneira como você ira tratar o paciente que visita, por isso, é necessário temos uma visão clara dos que a Bíblia nos diz sobre a enfermidade.  A doença é uma questão que a Bíblia menciona em muitos textos: A doença de Naamã, Nabucodonosor, o filho de Davi, Jó, Paulo, Timóteo, a sogra de Pedro, e vários outros e descrito tanto no Velho como no Novo Testamento. Quando Jesus veio pessoalmente a terra, seu interesse pelos doentes se destacou tanto que praticamente um quinto dos evangelhos é dedicado ao tema da cura, e o Livro de Atos registra como a primeira igreja cuidou dos enfermos. A Bíblia nos fornece sofre a enfermidade pelo menos quatro conclusões que podem ser úteis nas visitas hospitalares.

 

1.2 A Enfermidade faz parte da Vida:


            Poucas pessoas, se é que existe alguém atravessam a vida sem experimentar periodicamente pelos menos uma doença. Fica claro de cada uma delas causa tensão psicológica e física, e todas são mencionadas de modo a insinuar que a doença faz parte da vida neste mundo.

1.3 Os Cristãos são responsáveis pelo cuidado dos enfermos:


            Através de suas palavras e atos, Jesus ensinou que doença, embora comum, é também indesejável. Ele passou grande parte do seu tempo curando os enfermos, encorajaram outros a fazerem o mesmo e mostrou a importância do cuidado cheio de amor daqueles que são necessitados e doentes. Mesmo dar a alguém um gole de água era considerado digno de elogios e Jesus indicou que ajudar um doente era o mesmo que ministrar a Ele, Jesus.

 

1.4 Têm ocasiões que o pecado e a doença têm relação:


            Quando Jó perdeu sua família, bens e saúde, três amigos vieram visitar com a boa intenção de consolar, apesar da boa vontade, foram ineficaz, argumentou que todos esses problemas eram resultados do pecado. Jó descobriu, porém, que a doença nem sempre é resultado do pecado do indivíduo - cuja verdade Jesus ensinou claramente. Toda doença tem origem, em análise final, na queda da humanidade no pecado, mas os casos individuais de doença não são necessariamente resultantes dos pecados da pessoa doente, embora haja ocasiões em que o pecado e a doença têm realmente relação”.


2 – Esclarecimentos com respeito à enfermidade:

Algumas vezes as pessoas melhoravam por crerem pessoalmente que Cristo operaria a cura, por exemplo: A mulher com o fluxo de sangue é um bom exemplo. Houve vezes, no entanto, em que uma pessoa além do paciente teve fé: Vários pais procuraram Jesus, por exemplo, e falaram de seus filhos doentes, sendo estes curados. Em outra ocasião, no Jardim do Getsêmani, a orelha de um servo foi curada embora ninguém tivesse fé, além de Jesus. Em contraste, vemos Paulo, homem de grande fé em Cristo cujo espinho na carne nunca foi tirado. Outros ainda não tiveram fé e não foram curados. Com base nesses exemplos fica bastante evidente que a doença não é necessariamente um sinal de pecado ou manifestação de falta de fé. A Bíblia não apoia os cristãos que afirmam que os doentes estão fora da vontade de Deus ou lhes falta fé. Deus jamais prometeu curar todas as nossas moléstias nesta vida e é tanto incorreto como cruel ensinar que a saúde instantânea sempre virá para aqueles cuja fé é forte.


2.1 A Enfermidade diante dos problemas éticos:


            Hoje existe uma questão polêmica. É o problema da eutanásia junto com o direito de morrer com dignidade. Esta problemática levanta questões tais como
: O que é vida? Vale à pena viver com tanto sofrimento? Qual é o valor de prolongar uma vida que vai morrer mesmo? Quem tem direito para um tratamento médico? Como crentes precisamos de nos envolver nestas questões para defender e resgatar os princípios e valores bíblicos.

 

3 – Outros problemas associados à enfermidade:


            Uma enfermidade pode acontecer por uma variedade de causas. Algumas doenças surgem por meio de um vírus; por falta de higiene; por causa de defeitos genéticos; por causa de um acidente; por falta de uma alimentação correta ou adequada; ou velhice. Mas uma enfermidade envolve mais do que um problema físico. Junto com a enfermidade pode acontecer problemas emocionais, psicológicos, ou espirituais. Quem trabalha com os enfermos deve saber lidar com os seguintes problemas
:

 

a) A dor física: Pessoas reagem de formas diferentes quando há uma dor. Com certas doenças há pessoas que sofrem muita dor enquanto outras pessoas não sentem nada. A diferença pode se atribuída para as experiências com dor, os valores culturais sobre a dor, ou até uma crença religiosa. Certas pessoas acham que quando alguém reagiu com a dor, isto representa uma fraqueza. Outras acreditam que Deus permite a dor e assim a dor deve ser aceita. Há, ainda, indivíduos onde a dor está relacionada com a ansiedade. Pessoas que trabalham com os enfermos devem saber lidar com o problema da dor. O visitante deve reconhecer a aceitar essas diferenças individuais. Elas influenciam as emoções da pessoa doente, as reações e o prognóstico de recuperação.

 

b) As emoções do paciente: Não é fácil ficar doente especialmente quando nossas rotinas são interrompidas, quando não compreendemos o que está errado com nossos corpos, ou não sabemos quando ou se iremos sarar. Quando ficamos doentes o bastante para procurar ajuda médica, devemos nos submeter ao cuidado de estranhos, alguns dos quais são mais indiferentes ou científicos do que compassivos e sensíveis. Tudo isto aumenta nossa sensação de desânimo em face da doença.

 

4 – São sete tensões da ameaça à nossa integridade:


a) Tensão da ameaça à nossa Integridade: Os enfermos são submetidos para uma série de experiências onde eles não têm controle sobre as circunstâncias. O paciente tem que obedecer a um médico, ouvir uma enfermeira, se submeter à estrutura de um hospital ou agenda estabelecida pelo tratamento médico, aceitar ordens para dormir, receber orientações para tomar medicamentos, ser instruído sobre o que deve ou não deve comer, etc. Um enfermo volta a ser uma criança e isto não é fácil.


b) Tensão do Medo de Estranhos: Os pacientes têm medo de que suas vidas e seus corpos tenham que ser colocados nas mãos de estranhos com quem talvez não tenham qualquer laço pessoal.


c) Tensão da Ansiedade pela Separação: A enfermidade nos separa: amigos, lar, rotina costumeira, trabalho. Durante a internação no hospital ficamos separados das pessoas e das coisas que nos são familiares, no momento em que mais precisamos delas.


d) Tensão do Medo de Perder a Aceitação: A doença e os ferimentos podem deixar as pessoas fisicamente deformadas, obrigando a moderar suas atividades e tornar dependentes de outros. Tudo isto pode ameaçar a sua auto-estima e levar a temer que devido a essas mudanças as pessoas não irão mais amá-los ou respeitá-los.


e) Tensão do Medo de Perder o Controle: Perder o controle de força física, agilidade mental, controle dos intestinos e bexiga, controle dos membros da fala, ou a capacidade de dominar as suas emoções é uma ameaça para os pacientes. E estas ameaças se tornam maiores quando o pacientes está exposto em um leito de hospital.


f) Tensão do Medo de expor ou perder partes do Corpo: As pessoas doentes precisam expor as partes do corpo que doem e submeter-se ao exame visitual e toque por parte da pessoa do médico. Isto pode ser embaraçoso e por vezes ameaçador, especialmente quando se torna aparente que uma parte de nosso corpo este doente, tem que ser operada ou mesmo removida.

 

5 – Tensão da Culpa e Medo do Castigo: A doença ou acidentes levam muitas vezes a pessoa a pensar que seu sofrimento possa ser um castigo por pecados ou faltas cometidas no passado. Como vimos, esta era a opinião dos amigos de Jó e tem sido aceita por milhares de pessoa deste então. Deitados na cama e se perguntando Por quê? essas pessoas podem se deixar vencer pela culpa, especialmente se não houver restabelecimento. Apesar de essas tensões serem comuns aos enfermos, temos que saber que existem diferenças no modo das pessoas reagirem. Algumas sentem ainda outras emoções:

 

1.Deprimidas com a doença.
2.Desanimadas com o tratamento.
3.Frustradas com a vida.
4.Iradas com médicos e com Deus.
5.Culpadas por não cuidarem da saúde.
6.Confusas com o prognóstico.

 

6 – A reação da família:


            Quando uma pessoa fica enferma, sua família é afetada e, percebendo isto, o paciente se perturba. As mudanças na rotina familiar devido à doença, problemas financeiros, dificuldades em organizar as visitas ao hospital, e até a perda da oportunidade de manter relações sexuais para o casal, podem criar tensão que ocasionalmente redunda em fadiga, irritabilidade e preocupação. Numa tentativa de se animarem mutuamente e evitarem a preocupação, o paciente e a família algumas vezes se recusam a discutir seus verdadeiros temores e sentimentos uns com os outros, e como

 Resultados, cada um sofre sozinho.

6.1 Sentimentos de esperança:


            A dor Física, as emoções do paciente, e as reações da família, nos dão a impressão de um quadro sombrio da enfermidade. Mas em todas as fases da enfermidade, a paciente passa pelo sentimento de esperança. O ditado popular “a esperança é a última que morre”, é real no momento na doença. E quando o paciente deixa de manifestar esperança, trata-se geralmente de um sinal que a morte se aproxima. Mesmo pessoas gravemente enfermas, que têm uma idéia real sobre a sua condição, descobrem que a esperança as sustenta e encoraja especialmente em momentos difíceis. Pesquisas médicas verificaram que os pacientes sentem-se melhor quando há pelo menos um raio de esperança. Isto não significa que devamos mentir sobre a condição do paciente. Mas, a psiquiatra Elisabeth Kubler-Ross em seu livro, Sobre a Morte e o Morrer, escreve que partilhamos com eles a esperança de que algo imprevisto pode acontecer que podem ter uma melhora, vindo a viver mais do que o esperado. O cristão tem ainda mais esperança no conhecimento de que o Deus cheio de amor, o soberano do universo, se interesse por ele tanto agora com na eternidade. Por isso, a grande missão do visitador é levar consolo e esperança aos pacientes, e o visitador cristão tem como recuperar a esperança daqueles que passa por tantas dores e sentimentos variados.


7 – As atividades da Capelania Hospitalar:

            Assuntos que devem ser avaliados com respeito ao trabalho com os enfermos: O hospital é uma instituição que busca uma cura física. Temos que respeitar o ambiente, a estrutura hospitalar e trabalhar dentro das normas estabelecidas. Como evangélicos a Constituição Brasileiro nos da direito de atender os doentes, porém não é um direito absoluto. Devemos fazer nosso trabalho numa forma que não atinja os direitos dos outros.
a) Como é que você encara uma doença ou o sofrimento humano? Tem que avaliar suas atitudes, seus medos, suas ansiedades, etc. Nem todos podem entrar numa enfermaria ou visitar um doente no lar, porque não é fácil lidar com situações que envolvem o sofrimento humano.
b) Quando visitamos os enfermos devemos estar atentos aos sentimentos e preocupações deles. Nossa agenda precisa priorizar os assuntos que eles desejam abordar.
c) Como crente em Jesus tem algo que todos desejam: esperança. Deve expressar esta esperança de maneira realística e com integridade. Tenha cuidado com promessas feitas em nome de Deus. Podemos levar palavras seguras, mas devemos evitar a criação de uma esperança falsa.
d) Observar e respeitar as visitas de outros grupos. Faça seu ministério sem competir ou entrar em conflitos. Seja uma boa testemunha.
e) Saiba utilizar bem nossos instrumentos de apoio que são: oração, a Bíblia, apoio da igreja, e a esperança em Jesus Cristo, o Médico dos Médicos. Ore e confie no Espírito Santo para lhe ajudar.

8 – Deve reconhecer:

* Reconhecer que o doente pode apresentar muita dor, ansiedade, culpa, frustrações, desespero, ou outros problemas emocionais e religiosas. Seja preparado para enfrentar estas circunstâncias.
*Usar os recursos da vida Cristã que são: oração, Bíblia; palavras de apoio, esperança, e encorajamento; e a comunhão da igreja. Se orar, seja breve e objetivo. É melhor sugerir que a oração seja feita. Uma oração deve depender da liderança do Espírito Santo, levando em consideração as circunstâncias do momento, as condições do paciente, o nível espiritual do paciente, as pessoas presentes, e as necessidades citadas.
*Deixar material devocional para leitura: folheto, Evangelho de João, Novo Testamento, etc.
*Visitar obedecendo às normas do Hospital ou pedir de antemão, se uma visita no lar é possível e o horário conveniente.
*Dar liberdade para o paciente falar. Ele tem suas necessidades que devem tornar-se as prioridades para sua visita.
*Demonstrar amor, carinho, segurança, confiança, conforto, esperança, bondade, e interesse na pessoa.
*Ficar numa posição onde o paciente possa lhe olhar bem. Isto vai facilitar o diálogo.
*Dar prioridade ao tratamento médico e também respeitar o horário das refeições.
*Saber que os efeitos da dor ou dos remédios podem alterar o comportamento ou a receptividade do paciente a qualquer momento.
*Tomar as precauções para evitar contato com uma doença contagiosa, sem ofender ou distanciar-se do paciente.
*Aproveitar a capela do hospital para fazer um culto. Se fizer um culto numa enfermaria pode atrapalhar o atendimento médico de outros pacientes ou incomodá-los. Deve ficar sensível aos sentimentos e direitos dos outros. Avaliar cada visita para melhorar sua atuação.

9 – O que não deve:
 
a.Visitar se você “estiver doente”.
b.Falar de suas doenças ou suas experiências hospitalares. Você não é o paciente.
c.Criticar ou “questionar o hospital”, tratamento médico e o diagnóstico.
d.Sentar-se no “leito do paciente” ou buscar apoio de alguma forma no leito.
e.Entrar numa enfermaria “sem bater na porta”.
f.Prometer que “Deus vai curar alguém”.
g. Falar num tom alto ou cochichar. Fale num tom normal para não chamar atenção para si mesmo.
Espalhar detalhes ou informação íntima ou o paciente. Pode orientá-los, mas deixe-os eles tomarem as decisões cabíveis e sobre o paciente ao sair da visita. Tomar decisões para a família ou o paciente. Pode orientá-los, mas deixe-os tomarem as decisões cabíveis e sob a orientação médica. Forçar o paciente falar ou se sentir alegre, e nem desanime o paciente. Seja natural no falar e agir. Deixe o paciente a vontade. Numa visita hospitalar ou numa visitação em casa para atender um doente, sempre observamos vários níveis de comportamento. Cada visita precisa ser norteada pelas circunstâncias, os nossos objetivos ou alvos, e as necessidades da pessoa doente. As perguntas servem como boa base para cultivar um relacionamento pessoal. As perguntas foram elaboradas pelo Dr. Roger Johnson num curso de Clinical Pastoral Education em Phoenix, Arizona, EUA . Dr. Johnson nos lembra que há perguntas que devemos evitar.
Perguntas que comecem com por que e perguntas que pedem uma resposta “sim ou não” podem limitar ou inibir nossa conversa pastoral.
Segue uma lista de perguntas próprias. A lista não é exaustiva e as pessoas podem criar outras perguntas. A lista serve como ponto de partida para uma conversa pastoral:
1. O que aconteceu para você encontrar-se no hospital?
2. O que está esperando, uma vez que está aqui?
3. Como está sentindo-se com o tratamento?
4. Como está evoluindo o tratamento?
5. O que está impedindo seu progresso?
6. Quanto tempo levará para sentir-se melhor?
7. Quais são as coisas que precipitaram sua enfermidade?
8. Ao sair do hospital ou se recuperar, quais são seus planos?
9. Como sua família está reagindo com sua doença?
10. O que você está falando com seus familiares?
11. O que seus familiares estão falando para você?
12. O que você espera fazer nas próximas férias outro evento ou data importante?

            Os enfermos passam por momentos críticos. Devemos ficar abertos e preparados para ajudar com visitas e conversas pastorais. Os membros de nossas igrejas podem atuar nessa área. Uma visita pastoral ou conversa pastoral serve para dois aspectos de nossa vida. Primeiro, uma visita demonstra nossa identificação humana com o paciente. Como ser humano nós podemos levar uma palavra de compreensão, compaixão, amor, solidariedade e carinho. Segundo, na função de uma visita ou conversa pastoral representamos o povo de Deus (Igreja) e o próprio Deus na vida do paciente. Assim, levamos uma palavra de perdão, esperança, confiança, fé, e a oportunidade de confissão. O trabalho pastoral visa o paciente como um "ser humano completo, holístico" e não apenas como um corpo ou um caso patológico para ser tratado.

10 – Regra na visita Hospitalar:

            Sugestões a serem consideradas ao visitar alguém no hospital: A permanência no hospital pode ser uma experiência de isolamento e desumanização. A privacidade e a modéstia são considerações importantes que precisam ser respeitadas. Lembre-se de que durante toda a hospitalização, o quarto do paciente é o seu local de dormir. Este espaço deve ser tratado com o mesmo respeito que a sua casa. Não hesite em perguntar se não estiver certa do que é apropriado ou do que pode perturbar o paciente.
Não sente na cama, a não ser que seja convidada a isso. Mesmo assim, tenha cuidado para não interferir com qualquer tratamento ou exigências de isolamento, Lembre-se de que uma infecção que você nem notou pode ser fatal ao paciente que tiver imunodeficiência”.

10.1 Seja amável com a equipe do hospital:

Seja amável com a equipe do hospital e respeite as normas estabelecidas, faça com que a sua visita ajude o paciente de modo significativo para ele no momento. Peça sugestões se tiver dúvidas. A simples disposição de passar tempo com alguém hospitalizado é um dom precioso. A duração de sua visita deve ser apropriada à situação do paciente. Não demore demais. Várias visitas podem ser menos cansativas para alguém que está muito doente. As visitas mais demoradas ajudam a passar o tempo para os pacientes ativos confinados ao leito ou ao quarto numa hospitalização prolongada.Pergunte ao paciente/família qual a melhor hora para uma visita. Você talvez possa fazer companhia a ele num horário em que os membros da família não tenham condições de fazê-lo. Desse modo estará ministrando tanto ao paciente como aos que cuidam dele. Presença silenciosa e ouvir em silêncio são maneiras poderosas de apoiar alguém que está doente. Procure observar seus sinais de fadiga ou desconforto. As atividades podem tornar-se diversões esplêndidas. Um piquenique os desta de aniversário no saguão pode reanimar o doente. Quer seja uma ocasião particular compartilhada com a família ou um convite aberto para todo andar, certifique-se de informar a equipe do hospital sobre todos os preparativos. Planos cuidadosos talvez tenham de ser montados de acordo com o regime ou nível de energia do paciente. Um pouco de criatividade quase sempre ajuda muito a tornar a ocasião uma lembrança muito especial para todos os envolvidos. Manter contato com a família e os amigos é importante para os hospitalizados. Quando, porém, você está doente e sofrendo, a menor tarefa é um sacrifício por mais que deseje o contrário. Se possível leve o paciente para uma visita fora do hospital. Sol e ar fresco podem ser terapêuticos. Isso ajudará os doentes a longo tempo a manterem contato com a natureza e o mundo fora do hospital.

10.2 Normas para a Visitação Hospitalar:

Não entre em qualquer quarto ou apartamento sem antes bater na porta.
Verifique se há qualquer sinal expresso de: “proibido visitas”.
Respeite sempre o horário pré-estabelecido para sua atuação.
Observe se à luz está acesa e a porta do quarto fechado;
Em caso de positivo, espere que o doente seja atendido pela enfermeira ou médico, antes de você entrar.
Avalie a situação logo ao entrar, a fim de poder agir objetivamente quanto ao tipo e duração da visita.

 10.3 Ver se o paciente está disposto ou indisposto:  

            Procure se colocar numa posição ao nível visual do paciente, para que ele possa conversar com você sem se esforçar. Em quartos onde há mais enfermos, cumprimentem os outros, mas se concentre naquele com quem você deseja conversar. Fale num tom de voz normal. Não cochiche com outras pessoas no quarto. Também não é conveniente gritar na hora da oração. Se a pessoa ainda não o conhece, apresente-se com clareza. Deixe com o doente a iniciativa do aperto de mão e faça-o com clareza. Dê prioridade ao atendimento dos médicos e enfermeiras, assim como no horário das refeições, saia do quarto. Ao contemplar alguém sofrendo, lembre-se de que as reações emocionais negativas podem ser detectadas pelo doente e seus familiares. Sem afetações, procure descobrir o que seu tom de voz e sua expressão facial e seus gestos estão comunicando. Concentre-se em atender às necessidades daquela pessoa diante de você. Não adianta falar do outro nem de si mesmo. Não queira forçar o doente a se sentir alegre, nem o desanime. Aja com naturalidade, pois se você se sentir à vontade ele terá maior probabilidade de ficar à vontade. Não dê a impressão de estar com pressa, nem se demore até cansar o doente. Encontre a duração exata para cada situação. Não tente movimentar um doente, na cama ou fora dela. Chame a enfermeira se ele o desejar. Fique sabendo que os efeitos da dor e dos remédios podem alterar o comportamento ou a receptividade do paciente de um momento para outro. Se você mesmo está doente, não faça visitas.

a) Cuidado muito importante: Tome cuidado com qualquer aparelhagem em volta da cama; Evite esbarrar na cama ou sentar-se nela. Utilize os recursos da religião sem constrangimentos, mas com inteligência. Não fira a sensibilidade de um ateu, agnóstico ou comungante de outra religião.
b) A visita Hospitalar: Nunca levar nem um tipo de instrumento; Não cantar coro, hino e orar em voz alta, o silencio é indispensável. Não tocar no enfermo, não comer ou beber nada oferecido, não usar nada como toalha de rosto etc...

11 – Regras fundamentais de assistência pastoral:

            O ponto de partida para o seu trabalho é a situação e o estado em que a outra pessoa se encontra.
Seu objetivo primário é conduzi-la a um estágio de sã condição “físico-emocional-religiosa” atual. Sua contribuição no processo terapêutico é singular e necessário, mesmo que você nem sempre sinta assim.

a.
Ajudando através da arte de escutar: Escutar é uma arte que pode ser desenvolvida. O princípio abaixo relacionado se posta em prática, ajudarão você a crescer na arte de escutar e, conseqüentemente, na habilidade de ajudar a outras pessoas.
b.
Analise sua atitude íntima: Quais os seus sentimentos em relação à pessoa com quem você está conversando? Você tem algum preconceito em relação a ela?
Ela lhe é repugnante? Há hospitalidade entre vocês? Tudo isto vai afetar o significado de que você ouvirá dela. As palavras perdem seu sentido quando nossas emoções não nos permitem escutar com objetividade.
c. Preste bastante atenção: Repare o tom de voz. Que estado emocional ele revela? Uma voz baixa, um fala monótona, pode indicar depressão emocional. Falar rapidamente, de forma agitada, pode se uma depressão extrema. Falar depressa e em voz alta pode indicar o efeito de drogas. Você poderá dizer: Pela sua voz, tenho a impressão de que você está muito. Se a pessoa chora enquanto fala, permita-lhe este privilégio.
d. Desenvolva a capacidade de avaliar as emoções: Na linguagem comum, há palavras que expressam emoções diversas: convicção, perturbação, irritação, alegria, felicidade. O tom de voz em que elas são proferidas lhes dá um significado maior que o dicionário não pode definir. Cabe a nós avaliar este conteúdo emocional da comunicação.
e. Reflita as emoções que você está percebendo: É preciso fornecer ao entrevistado uma retro visão das emoções que ele está transmitindo. A pessoa ficará satisfeita se você revelar que entendeu qual o problema dela. Isto não é apenas repetir o que a pessoa já disse, literalmente, mas refletir seus sentimentos com nossas próprias palavras.

11.1 Evitem a agressividade:

1. Não domine a conversa;
2. Quando falamos muito a pessoa se confunde;
3. Não discuta nem revele hostilidade ou ressentimento;
4. Não tente manipular as pessoas, nem as enganar.

5. Evite a passividade e a timidez exagerada:
Não há necessidade de concordar com tudo o que a pessoa diz. É mais importante entender o que ela diz do que criar uma impressão favorável.
Não é necessário que a pessoa fique totalmente despreocupada. A solução dos problemas vem por meio das tensões. Não seja passivo como uma esponja. Demonstre interesses na participação do diálogo. Esteja preparado para responder. Não se prenda aos detalhes da conversa. Identifique as informações básicas para compreender o interlocutor.
6.Normas para escutar: Escutar é um processo. Não é discursar. Você precisa identificar-se com a pessoa que fala. Demonstre compaixão e aceitação, ainda que suas convicções pessoais sejam diferentes. A pessoa está apresentando um problema que lhe parece insolúvel. Aceite seu estado de confusão e ajude-a observar os diferentes aspectos do problema: sua origem, quem está envolvido nele, possível soluções etc.
7.Evite fazer perguntas: com respostas predeterminadas. Dê ênfase ao tempo presente e objetivo da entrevista. Veja se tem possibilidade de ajudar essa pessoa nessa circunstância, ou encaminhe-a a outra pessoa. Não se devem alimentar esperanças infundadas. Evite dizer: Não se preocupe, está tudo bem. Termine a conversa apresentando objetivamente o que deverá ser feito. Deixe a pessoa tomar a decisão adequada e assumir a responsabilidade.

11.2 Que não deve fazer na visita Hospitalar:

a) Se estiver doente não visite.
b) Não falar de suas experiências hospitalares, lembre-se você é o capelão e não o paciente.
c) Não fazer critica ao hospital ou questionar diagnósticos ou tratamentos médico.
d) Não deitar ou sentar no leito do paciente.
e) Não entrar em quartos ou enfermarias, sem antes bater na porta.
f) Não prometer curas em nome Deus.
g) Não falar em tom alto ou baixo demais; Procure falar em um tom normal.
h) Não comente com um paciente as informações colhidas com outro paciente, isto provoca a falta de credibilidade ao Capelão.
i) Não forçar o paciente a falar ou fazer o que ele não deseje, deixe o paciente à vontade.
j) Não comer a comida do paciente ou levar para casa.
m) Não levar alimento ao paciente.
n) Não demorar muito na visita, deve ser curta e objetiva.

1.Negação: Está é a primeira reação! Nega que está doente, que pode morrer, esse é o momento em que a família é desafiada a estar mais perto e ter paciência.
2.Revolta: Depois de convencer-se de que é a verdade, que realmente está doente, a pessoa passa a perguntar: Por que eu? Porque Deus deixou isso acontecer comigo? Eu mereço?

3.Barganha: Depois de descarregar sua revolta, ela começa a imaginar se pelo menos pudesse fazer isso ou aquilo antes de partir, ela tenta negociar. É o momento da chantagem.

4.Depressão: O paciente se desinteressa por tudo e praticamente se entrega à situação, fica desanimado, perde a vontade de viver.

5.Aceitação: É a aceitação da sua realidade. Daí pra frente tudo fica mais fácil para o paciente e seus familiares, a paz vem para todos.

11.3 Pacientes na UTI:

a.A UTI nasceu da necessidade de oferecer suporte avançado de vida a pacientes agudamente doentes que por ventura possuam chances de sobreviver. É um ambiente de alta complexidade.

b.O capelão pode ter acesso à Unidade de Terapia Intensiva de um hospital, deis de que conheça as regras. Com certeza você terá que vestir uma roupa especial, além de ter que lavar as mãos na entrada e na saída.

c.O tempo normalmente é limitado. Se a pessoa está em coma, observe o seguinte: Fale baixo perto dela e não comente sobre ela, sobre seu estado, nada que possa desgasta-lá.

d.Está provado que a pessoa em coma, recebe mensagem. Por isso ao falar tenha o cuidado de fazê-lo compassadamente e com voz mansa.

e.Recite versículos bíblicos fáceis, fale do amor de Jesus, de perdão, Encoraje-o a confiar em Jesus como seu Salvador e Senhor. Ore, pedindo a Deus por ele, da melhor maneira que sentir no momento e agradeça a Deus por ele.

VI – Capelania Militar

            A Capelania Militar é aquela realizada nas Forças Armadas e nas Forças Militares Estaduais. Também chamada de Capelania castrense. O capelão militar é um ministro religioso encarregado de prestar assistência religiosa à corporação Militar “Exército, Marinha, Aeronáutica”. No Brasil, este serviço estende-se também às Polícias Militares e aos Corpos de Bombeiros Militares. Nos países de maioria católica, como no Brasil, por força da proporcionalidade, na prática desdobra-se em Capelania Católica e Capelania de outras confissões religiosas, e estas, na maioria das vezes, evangélicas. Dado o limite de efetivo para os quadros de oficiais capelães nas diversas armas e forças auxiliares, as confissões não católicas ficam com pequena, ou nenhuma, representação nos chamados. Serviços de Assistência Religiosa. O pastor João Filson Soren foi o primeiro Capelão Militar Evangélico do Exército Brasileiro, e que por ocasião da Segunda Guerra Mundial, serviu na Força Expedicionária Brasileira (FEB) entre 1944 e 1954, nesta época tinha 36 anos. Viveu quase um ano na Itália e recebeu mais de dez condecorações militares, inclusive a Cruz de Combate de 1º classe, a mais alta honraria do Exército Brasileiro.

1 – A Hierarquia Militar:

a. Falar da Hierarquia do Soldado a o General – Comentar das normas internas e dos procedimentos... etc.
b. Falar da Hierarquia interna nas Igrejas que não são diferentes... etc.
c. Onde não há ordem há desordem... etc.
d. As ordens partem de um Líder Geral de cima para baixo... etc.
e. Fora desses procedimentos haverá inversão de valores e até levante e divisão... etc.

1.1 Origens da Capelania Militar, Evangélica e Protestante no Brasil:

            Sob o patrocínio da Confederação Evangélica do Brasil e por instrumento do seu Conselho de Relações eclesiásticas e dos Capelães Evangélicos, é ministrada assistência religiosa no Exército nomeado oficialmente pela Confederação Evangélica do Brasil. Os Capelães são reconhecidos pelas autoridades e exercem o seu ministério sem distinção de credo ou denominação. Na maioria dos casos este trabalho era feito voluntariamente, inicialmente apenas o Capelão da 1º Região Militar (1ºRA) recebia seus vencimentos do Governo Federal.

1.2 Capelania Militar Evangélica e a sua Atuação na - FEB:

Ao se organizar a Força Expedicionária Brasileira (FEB), que deveria participar das operações da 2º Guerra Mundial, foi instituída a Capelania Militar por Decreto de Lei n. º 6.535 de 26 de maio de 1944. Porém, a Capelania Militar Evangélica, só teve a sua formal instituição em 13 de julho de 1944 com a nomeação de dois Capelães evangélicos: os pastores João Filson Soren e Juvenal Ernesto da Silva. Soren foi designado para o 1º Regimento de Infantaria (Regimento Sampaio); Juvenal, para o 6º Regimento de Infantaria.
Posteriormente ambos tiveram suas atividades acrescidas, cabendo ao Capelão pastor Soren, atender ainda, ao 11º Regimento de Infantaria e ao Capelão pastor Juvenal, atender as unidades de Artilharia e Engenharia. Partiram para Itália no 2º escalão da FEB, em 22 de setembro de 1944. Os dois capelães só voltaram ao Brasil após o término do conflito. O pastor Juvenal Ernesto da Silva chegou ao Rio de Janeiro em 18 de julho de 1945, acompanhando o 1º escalão de embarque; e em 22 de agosto, desse mesmo ano aportou no Rio de Janeiro o pastor João Filson Soren, que regressou com o 2º escalão.
Cerca de 600 soldados evangélicos integraram a FEB. Neste número não se acham computados os simpatizantes, os amigos do Evangelho e os eventuais assistentes ao culto evangélico protestante. O Capelão Soren preparou um hinário do expedicionário, intitulado. O Cantor Cristão do Soldado. Embora o Ministério da Guerra se tivesse prontificado em fazê-lo, foi à casa Publicadora Batista quem o fez em homenagem aos combatentes. Neste hinário tinha 101 hinos selecionados do Cantor Cristão, que era o hinário oficial da Igreja Batista na época. Os Militares Evangélicos iniciaram seus cultos no quartel do Regimento Sampaio, na Vila Militar logo que foram nomeados os capelães militares evangélicos, isto já em agosto de 1944.

1.3 Academias Militar das Agulhas Negras (A.M.A.N):

Em 19 de abril de 1949, alguns Acadêmicos Evangélicos fundaram na A.M.A.N. a Associação de Cadetes Evangélicos, que foi reconhecida pelo seu comando. Destinava-se a providenciar assistência religiosa aos jovens evangélicos que ali estudavam. A Confederação Evangélica do Brasil, para efeito de oficialização de um trabalho que já existia, requereu, em 12 de setembro de 1949, a criação da Capelania Militar Evangélica dentro da Academia Militar e indicou para o cargo de Capelão o Pastor Amós Aníbal, que já vinha desempenhando essas funções desde o início do movimento. Este pastor faleceu repentinamente em 1950, tendo sido substituído em 1951, pelo pastor Adriel de Souza Motta que, ao assumir o pastorado da Igreja Metodista de Rezende, também se ocupou da Capelania Militar Evangélica da A.M.A.N.. Exerceu essa atividade até ser transferido para outra igreja Metodista. A Associação de Cadetes Evangélicos não tardou em criar um coral, pois havia entusiasmo e boas vozes para tal.

1.4 Na Escola de Sargentos das Armas (ESA):

Localizada em Três Corações, Minas Gerais, a Escola de Sargentos das Armas, é mantida pelo Ministério do Exército, e destina-se a formação de sargentos nas armas de: Infantaria, Cavalaria, Artilharia e Engenharia. O trabalho de Capelania Militar Evangélica nesta unidade foi iniciado pelo pastor Mário Barbosa e oficializado, em 1954 mediante requerimento da Confederação Evangélica do Brasil quando era seu Capelão, o Pastor Joel César, da Igreja Presbiteriana do Brasil de Três Corações. Como sempre ocorreu nos cultos Evangélicos, o hino Congregacional ocupava lugar de destaque nos ofícios religiosos, permitindo aos jovens sargentos evangélicos uma participação direta na cerimônia, louvando a Deus com cânticos.

2 – Assistência Religiosa: 

A assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva é dispositivo previsto na Constituição Brasileira de 1988 nos seguintes termos: É assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva. À Capelania Militar também se chama Capelania castrense. Na atualidade os Capelães Militares são originários de várias dioceses do país, porém em Itapecerica da Serra no Seminário Maria Mater Eclésia e do Brasil dos Padres Legionários de Cristo, estão sendo formados seminaristas que futuramente irão compor as fileiras dos Serviços de Assistência Religiosa. Cada Força exige que os religiosos prestem um concurso público para poderem se tornar Capelães Militares de Carreira, o inicio na carreira militar se dá com o posto de Aspirante-Oficial podendo chegar ao Cargo de Coronel no Exército e na Aeronáutica e Capitão de Mar e Guerra na Marinha.

2.1 O Capelão Militar: 

O capelão Militar é um ministro religioso encarregado de prestar assistência religiosa a alguma corporação militar (Marinha, Exército, Aeronáutica, Polícias Militares e aos Corpos de Bombeiros Militares). Nas instituições militares existem as Capelania Evangélicas e católicas, as quais desenvolvem suas atividades buscando assistir aos integrantes das Forças nas diversas situações da vida. O atendimento é estendido também aos familiares. A atividade de Capelania é importante no meio militar, pois contribui na formação moral, ética e social dos integrantes das Unidades Militares em todo o Brasil. Para se tornar um Capelão Militar, o interessado deve ser Ministro Religioso - Padre, Pastor etc. Ter formação superior em Teologia conforme a Legislação brasileira, Bacharel em Teologia, experiência comprovada no Ministério Cristão, e ainda ser aprovado em concurso público de provas e títulos. Ao ser aprovado no concurso específico, o Militar Capelão é matriculado em curso militar de Estágio e Adaptação de Oficial Capelão.

2.2 Legislações – Brasileira:

A Constituição Federal de 1988 prevê em seu art. 5º, inciso VII que «é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva.» A lei 6.923, de 29/6/1981, alterada pela lei 7.672, de 23/9/1988,

Organizou o Serviço de Assistência Religiosa nas Forças Armadas. A partir desta legislação temos definido que: O Serviço de Assistência Religiosa tem por finalidade prestar assistência religiosa e espiritual aos militares, aos civis das organizações militares e às suas famílias, bem como atender a encargos relacionados com as atividades de educação moral realizadas nas Forças Armadas. (Lei 6.923, art. 2º); 2) O Serviço de Assistência Religiosa será constituído de Capelães Militares, selecionados entre sacerdotes, ministros religiosos ou pastores, pertencentes a qualquer religião que não atente contra a disciplina, a moral e as leis em vigor, (Lei 6.923, art. 4º); 3) Cada Ministério Militar atentará para que, no posto inicial de Capelão Militar, seja mantida a devida proporcionalidade entre os Capelães das diversas regiões e as religiões professadas na respectiva Força. (Lei 6.923, art. 10).

2.3 Capelania Militar Católica: 

A Capelania Militar Católica no Brasil é garantida por força do acordo diplomático celebrado entre o Brasil e a Santa Sé, assinado no dia 23/10/1989. Por força deste acordo a Santa Sé criou no Brasil um Militar para assistência religiosa aos fiéis católicos, membros das Forças Armadas. Este Ordinariato Militar é canonicamente assimilado às dioceses, e é dirigido por um Ordinário Militar. Este prelado goza de todos os direitos e está sujeito a todos os deveres dos Bispos diocesanos. O Ordinário Militar deve ser brasileiro nato, tem a dignidade de Arcebispo e está vinculado administrativamente ao Estado-Maior das Forças Armadas, sendo nomeado pela Santa Sé, após consulta ao Governo brasileiro. O Estatuto do Ordinariato Militar foi homologado pelo decreto Cum Apostólica Sedem, de 02/01/1990, da Congregação dos Bispos.

2.4 Normas Católicas:

A assistência Religiosa aos Militares católicos é prevista no Concílio Ecumênico Vaticano II no Decreto Christus Dominus, de 28 de outubro de 1965, que assim definiu: A assistência espiritual aos militares exige cuidados especiais. Por isso, deve-se estabelecer um vigário castrense para toda a nação. Vigário e demais capelães cooperem com os bispos diocesanos na árdua tarefa a que se dedicam. Os bispos devem ceder ao vigário castrense um número suficiente de sacerdotes aptos ao exercício dessas funções e favorecer as iniciativas em favor do bem espiritual dos militares. O Código de Direito Canônico em seu cânon 569 limitou-se a determinar que os Capelães Militares regem-se por leis especiais. Este assunto foi regulamentado pela Santa Sé através da Constituição Apostólica Spirituali Militum Curae, de 21 de abril de 1986. Nesta Constituição Apostólica foram estabelecidas certas normas gerais, válidas para todos os Ordinariatos Militares - chamados até agora de Vicariatos Castrenses - que devem depois ser completadas, no quadro desta lei geral, com os estatutos instituídos pela Sé Apostólica para cada Ordinariato.   

VII – Capelania PrisionaL

            A Capelania Prisional ou Carcerária é aquela realizada nos presídios, delegacias e Seccionais, o acesso é muito restrito e desta forma precisamos de preparo especifico na ária. Jesus antes de enviar os setenta discípulos a evangelizar, Ele fez um preparo e mais tarde os doze Discípulos, nós não podemos ser diferentes na área Teológica. Ver: (Mt.25:31-46; Hb. 13:3; II Tm. 2:15; Jo. 5:39)

1 – O perfil do preso Brasileiro:

1) A maioria absoluta é formada por pessoas pobres, de classe baixa.
2) 70% não completaram o ensino fundamental.
3) 10,5 % são analfabetos.
4) 18% somente desenvolveram o ensino fundamental.
5) 72% vivem em total ociosidade.
6) 55% são pessoas de 18 a 29 anos. Quase a metade dos presos é por roubo.
7) A segunda maior razão das prisões é o tráfico de entorpecentes.
8) Seguidos de furtos.
9) E, homicídios.

1.1 Ele fica com Medo:

1.Dos companheiros / traição...
2.Da polícia...
3.De não superar...
4.De fugas / rebeliões...
5.Do advogado abandonar o caso...
6.De perder a família...
7.Do futuro...
8.De sumir papéis (processos)...
9.De dormir...
10.De ficar doente...
11.De morrer...

1.2 Ele se torna:

1.Instável...
2.Inconstante...
3.Indeciso...
4.Ansioso  Nervoso...
5.Angustiado  Deprimido...
6.Desconfiado...

1.3 Tem as possibilidades de:

1.Suicídio...
2.Alienação...
3.Loucura...
4.Conflitos...
5.Sofrimentos...

1.4 Ele Fica:

1.Alienado do mundo exterior...
2.Obediente / Condicionado...
3.Robotizado...

2 – Perde a identidade:

1.Apelidos / números...
2.Gíria hábito / Drogas...
3.Inversão de valores...

2.1 Auto estima lesada:

1.Ausência de auto-estima...
2.Pessimismo...
3.Egocentrismo...
4.Auto piedade...
5.Constante lamentações...
6.Complexo de rejeição...
7.Complexo inferior...
8.Dominação / Timidez...
9.Preconceitos...

2.2 Aumento de periculosidade:

1.Sentimentos de vingança...
2.Doenças: Úlceras, erupções na pele, insônia...
3.Rebeliões: Maus tratos, mortes...
4.Neurose (ruídos: TV, rádios, grades, gritos, ratos)...
5.Ausência de sentimentos de culpa em relação à vítima...
6.Agressividade com as pessoas que mais ama...
7.Perda de apetite...
8.Revolta...
9.Perda de esperança...

2.3 Dependência generalizada:

1.Sentimentos de culpa em relação a Deus, a família e a si próprio...
2.Traumas / Bloqueios...
3.Infância / Adolescência...
4.Presídios  cenas de violência...
5.Mortes, torturas, corrupção, humilhações, imediatismo...

2.4 Fica Carente:

1.Amor / amizade / sexo...
2.Toques / masturbação...
3.Pederastia passiva...

3 – Visitação prisional:

Na prática devemos observar algumas formas de linguagem que facilitarão a assistência ao preso devido à sua condição de estado psicológico:
a.Não pergunte a um prisioneiro, na frente dos outros presos, sua razão de estar na cadeia.
b.Evite fazer muitas perguntas pessoais.
c.Dê sue testemunho cristão (convicção).
d.Demonstre interesse genuíno no prisioneiro e em seu bem-estar.
e.Saiba que muitos prisioneiros podem se sentir esquecido ou abandonados devido à falta de visitantes.
f. Há uma tendência entre eles de não aceitar a responsabilidade de seus atos e de culparem os outros pela situação.
g.Não deixe que a “religião” domine sua visita.
h.Não dê seu endereço ou telefone a prisioneiro.
i.  Demonstre que você está interessado nele como gente (pessoa), e não pelo motivo de sua internação.
j.  Aprenda os regulamentos da instituição e obedeça rigorosamente a eles,
k.É recomendável visitar prisões em grupos.
l.  É importante que a visita seja: homem para homem e mulher para mulher
m. Ao aconselhar, seja cuidadoso, prudente e equilibrado.
n.   Esteja atento aos sinais de perigo, indicado pelos Agentes Penitenciários ou dos próprios sentenciados.
o. Quando abordar um prisioneiro não seja insistente.
p. Esteja sensível ao problema de cada interno, saber ouvir pratica empatia.
q. Procure usar linguagem clara, com segurança.
r.  Evite o máximo, fazer alguma promessa.

3.1 Em caso de rebelião:

Quando em caso de rebelião, recomenda-se manter a calma, geralmente o inicio do motim é o momento mais estressante, trata-se da maneira do rebelado se comunicar, expressar seu sentimento de raiva e revolta com o sistema prisional, neste instante ele irá fazer de tudo para chamar a atenção das autoridades competentes e da mídia. O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas-novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos; há apregoar o ano aceitável do Senhor e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os tristes;

A Capelania Prisional atua nos presídios conforme ordena o Senhor que diz: Lembrai-vos dos encarcerados, como se presos com eles; dos que sofrem maus tratos, como se, com efeito, vós mesmos em pessoa fôsseis os maltratados. Nossa missão como Capelães é cumprir esta ordenança do Senhor, sem restrições, sem hesitar. Na Capelania Prisional nossa missão consiste em levar a Palavra que liberta aos que estão cativos, isto é, até a trincheira final, onde o inimigo leva à vida humana a situação mais degradante possível. Para isto não importam as circunstâncias, tampouco o delito cometido pelo preso. O que conta realmente, é que o Senhor Jesus está conosco no cárcere, e ama muito a cada uma daquelas vidas. Lembre-se do que o Senhor falou: estive preso, e foste ver-me. Com estes ensinamentos o ministério da Capelania Prisional, entende que o Senhor quer alcançar não somente as pessoas enfermas e em tratamentos nas internações hospitalares, mas também, as pessoas que se encontram em regime prisional. Camelucci, um importante jurista italiano, afirmou que a solução para o preso não está nos livros de ciência, mas sim no livro de Deus Bíblia.

  3.2 Objetivos gerais da Capelania Prisional:

1.  Acompanhar o preso em todas as circunstâncias e atender suas necessidades espirituais, dando, assistência espiritual também a seus familiares.
2.  Verificar as condições de vida e sobrevivência dos presos.
3.  Priorizar a defesa intransigente da vida, bem como a integridade física e moral dos presos.
4.  Intermediar relações entre presos e familiares.
5.  Educar os presos no Evangelho de Jesus Cristo, levando a salvação até eles.
6.  Acompanhar seu processo de discipulado dentro do Evangelho de Cristo.

  3.3 Atividades praticadas pelos capelães:
1. Visitar os presos, especialmente quando doentes, nas enfermarias ou nas celas de castigo ou de seguro.
2. Celebrações de encontros de reflexão círculos bíblicos, orações.
3. Atenção especial às áreas de extrema violência nas prisões.
4. Sensibilizar as comunidades sobre os problemas dos presos e mostrar o valor da Capelania Carcerária.
5. Fazer parcerias e relacionamento de trabalho com os poderes públicos e com o Ministério Público.

3.4 A oração na visita ao Presídio:

               O capelão é um Agente de Deus, portanto ele deverá manter-se sempre em oração, pois dentro de um presídio encontram-se vários demônios junto aos presos. Demônios que agem na área da mentira, da prostituição, de homicídio, de roubo, de estupro, de brigas e da morte, etc... Portanto, o Capelão deverá manter-se em oração e consagração total. O poder da oração é muito grande e importante para a evangelização. É através da oração que os demônios são expulsos e os presos são libertados. É neste momento que começa a atuar o Espírito Santo nos corações dos presos, fazendo com que se arrependam e aceitem a Cristo Jesus como seu único e suficiente Salvador.

4 – Relacionamento com presos e Funcionários:

O Capelão Prisional sempre deve manter sua “ética e postura Cristã com presos e funcionários do presídio”. O capelão não deve ter exageros nem normas e rotinas com os presos, mas sim, submeter-se as normas do presídio e, principalmente, ter flexibilidade quando for ministrar cultos aos detentos. O capelão deve estar sempre em harmonia com Agentes Penitenciários, policiais e Autoridades Policiais, para que seu trabalho seja eficiente. Para tanto, ele deve manter sua educação e comportamento exemplares; saber ouvir e falar na hora certa, pois uma das maiores bases para manter esses relacionamentos sólidos, frequentes, é agir com moderação e caráter formado. O capelão deverá policiar-se quando começar a fazer qualquer tipo de trabalho dentro de uma penitenciária. Ele deverá se organizar para as suas atividades, pois um presídio é um verdadeiro campo de missões e, com certeza, ele faz parte da seara de Jesus Cristo. Portanto, o capelão prisional é um ganhador de almas para Cristo. É ele quem proclama o Evangelho aos presos. O capelão deverá conter em seu caráter quatro qualidades fundamentais à competência de capelania e seu próprio caráter:

4.1 Direitos e deveres do Capelão:

1.Ter acesso garantido aos locais, para o desempenho de sua missão.
2.Ser respeitado no exercício de sua função.
3.Não ser discriminado em razão de sexo, raça, cor, idade ou religião que
professa.
4.Acatar as determinações legas e normas internas de cada instituição
hospitalar ou penal, a fim de não por em risco as condições do paciente ou
a segurança do ambiente hospitalar, prisional ou outro no qual
desempenhe suas atividades.
5.Respeitar as regras de higiene e parlamentação do ambiente hospitalar,
prisional ou outro no qual desempenhe suas atividades.
6.Zelar pelo cumprimento das leis do país.
7.Executar a capelania sem discriminação de raça, sexo, cor, idade ou
religião, tendo em mente sua missão de confortar e consolar o aflito, seja
ele quem for.

4.2 São Direitos do assistido:

a.Ser respeitado no momento de sua dor.
b.Ser tratado com a verdade, sem ferir os princípios de preservação de sua
integridade física e moral.
c.Ter sua religião e crença respeitada.
d.Ter resguardada sua individualidade e liberdade de pensamento.

Conclusão

            Estes e outros estudos demonstram que a fé traz impacto de bem estar prático emocional e físico. Capelães, pastores e voluntários fazem um papel integrante de apoio e fortalecimento destes recursos religiosos e espirituais no caminho da fé. Não esqueçamos que o AMOR transcende a Fé!

Referências Bíblicas
(I Ts 5:17); (II Co 5:20); (Fp.1:21); (II Tm 2:21; Ef 5:18; At 4:31); (Ef. 4: 11); (Jo. 3: 16 e Mt. 22:37-39); (Êx. 39: 30); (Mt. 17:14-21);  IPd. 2:17; Rm. 5: 12; 13: 4; 
(Tg. 1: 27); (II Tm. 2: 15); (Mt. 10: 8; Mc. 16:17-18); (At. 2: 47); (Tg. 1:19); (Mt. 25:14-30; Rm. 13); (Mt. 7:12); (II Tm. 4:5); (Mt. 17:21); (Mt. 28: 18 – 20); Pv. 24:21                  
(Lc. 10: 30-37); (Tiago 2: 16 -17); . (Ef 6:11-12); (At. 2:42-47); (Mt. 25: 34 - 40); (Jo. 6: 35); (Mt 26:31); (Mc 14:13); (Jo. 8: 10); (Is. 61:1-2); Hb. 13:3; Mt. 25:31- 42); Hb.13:3

Consultas

1-http://fernandezapostilas.blogspot.com.br/
2-Enciclopédia Católica Popular > Portal. Eclésia. pt. Consultado em 26 de Janeiro de 2016!
3-Bíblia de Estudo do Expositor – JIMMY SWAGGART.
4-Bíblia de Estudo – DAKE! E, outras consultam!

Referencias:
Elaborado por: José Fernandes A.S. Ev. Sgt. Militar da Res – Capelão diplomado na UCEBRAS, Bacharel em Teologia, Psicólogo Pastoral e Industrial e autor de 46 Apostilas Escatológicas, entre elas UCAPEC – (União de Capelães Evangélicos Ecumênicos). Foi Professor da Disciplina de Espanhol na FUNDAPES em Canoas/RS contratado pela Prefeitura Municipal e Instrutor de Capelania Militar na UMERGS. (União dos Militares Evangélicos do Estado do Rio Grande do Sul).

Revisão Teológica:
a-Cleber Giovan Pazatto Canto – Bacharel e Mestre em Ciências Militares; E, Psico Pedagogo, Pr. Teólogo e Coronel. RA. Exército Brasileiro!E, Instrutor de Capelania Militar na UMERGS.

b- Gedeon Pinto da Silva – TCel. Brigada Militar da Res. Pr. Bacharel em Teologia, Ciências Sociais e Jurídicas, Especialista em Gestão Pública e Segurança Pública e Instrutor de Capelania Militar na UMERGS.

c- Edegar de Souza Machado – Bacharel em Teologia, Jornalista, Pastor Presidente da IAD de Canoas/RS, Presidente de honra da CEADERGS (Convenção Evangélica das Assembleias do Deus do RS) e Ex-professor de Escatologia no IBE/RS.(Instituto Bíblico Esperança).


Agradecimentos:
Ao meu querido e amado neto Dr. Carlos Natanael da Rosa, que com seu encorajamento, hábeis muito colaborou na digitação e auxilio de leituras, tornou este trabalho possível.
Bibliografia:
OBS: Este estudo foi elaborado por este servo do Senhor, em Português, Español e Inglês pela infinita graça de Deus. Autor das seguintes apostilas: A Hierarquia dos Anjos; A igreja e o Nepotismo; A mulher pode ser pastora; A nova Jerusalém Celestial; À queda do homem e a providência de Deus; Bíbliologia; Controle Total; Cristão e a Maçonaria; Cristão e o Álcool; Cristão e o Sábado; Dispensação da Graça; Espírito Santo na Igreja; Hinnos y coros Cristiano; Hinos de corais Antigos; Igreja e o Sábado; Liturgia e a Igreja; Manual pratica do Obreiro; Maratona Bíblia; O ano de Jubileu; O principio; O Cristão e a Mascara; Palestra para Família; Profecias do AT/NT; Teologia da Prosperidade; Teologia de Missão; Teologia da Musica; Vamos nos conhecer nos Céus; A Igreja e o Jejum; A igreja e a Reencarnação; Teologia Apostólica; Igreja e os Galardões; O corpo e a Ressurreição; A Igreja e as Drogas; A igreja e a Patologia; Juízo Final e o Trono; Branco; As Profecias de Daniel; O Arrebatamento da Igreja; Os Sete selos do Apocalipse;
Dados pessoais:
José Fernandes Alves dos Santos (AD Canoas/RS), Evangelista, conferencista internacional e membro do conselho de Ética pastoral. Seu ministério e chamada são voltados predominantemente para a Educação Cristã, a partir de estudos que abordam: Teologia, Escatologia, Hermenêutica & Exegese Bíblica, Teologia Sistemática e Pedagogia Cristã; Autor de 46 Apostilas Escatológicas.
Experiências:
1) Foi pastor aux; 1°Coord. EBD; 1°Coord. Missão. 2)Fundador da Disciplina de Espanhol na FUNDAPES, Contratado pela Prefeitura Municipal de Canoas/RS. 3) Estagio de Três anos na Biblioteca Publica da Prefeitura de Canoas/RS; E Coord. De Internet; Ex-membro da Diretoria Acadêmica do Departamento de Ação Social - (Unilasalle Canoas).
Educação:
3°Semestre de Letras, 4°Semestre de Teologia (Unilasalle Canoas); Curso de Capelania (UCEBRAS)
Atualmente:
Militar (RR), Psicólogo Pastoral e Industrial, Capelão Evangélico Militar e membro da UMERGS (União dos Militares Evangélicos/RS), na qual atuo como 1º Secretário e Coordenador da Região Metropolitana de Porto Alegre, fundador e diretor do Departamento de Capelania e Monitor do Curso de Capelania.
Telefones: +55 (51): 98651-6223 (Oi)/98274-7975 (Tim)/99959-7698 (Vivo).

UCAPEC – União Capelães Evangélico Ecumênico

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