Introdução:
É evidente que o livro de Daniel tem conexão ao
livro de Apocalipse no Novo Testamento, como também Isaías; “o Apocalipse de Isaías e as visões de
Zacarias”. Apocalipse significa
desvendamento. Quando a impiedade parecia suprema no mundo e os poderes do mal
dominante, foi dado um apocalipse para mostrar a verdadeira situação por trás
daquilo que era aparente e para indicar a vitória final da justiça sobre a terra.
As obras apocalípticas usam muitas figuras e símbolos. Deus usou esta forma
literária para transmitir a Sua verdade ao Seu povo. Ver: (Is. 24 – 27). (jfas).
1. O Autor do livro de
Daniel:
O autor deste livro, Daniel, cujo nome significa Deus é meu juiz; foi ainda jovem
levado à Babilônia, na primeira deportação sob Nabucodonosor. Logo deu
demonstrações de sabedoria naquela terra famosa por seus sábios e, finalmente,
subiu até tornar-se o primeiro entre os três oficiais mais importantes do
Império Medo-Persa. A sua vida na Babilônia foi até pelo menos 530 aC. Ver: (Dn. 5: 29; 6: 1 -3).
2. Daniel é um livro:
Daniel é um livro de reis e reinos, de tronos e
domínios, embora inclua alguns
registros históricos, compõe-se de profecias sobre a sequência de reinos nos “tempos dos gentios” e descreve o fim deste período. Enuncia a única profecia do
Velho Testamento que estabelece o tempo do primeiro advento de Cristo. Ver: (Lc. 21: 24; Ap. 16: 19; Dn. 9: 24-27).
3. Os acontecimentos
históricos de Daniel:
Os acontecimentos históricos de Daniel, que ocorrem no começo dos tempos dos
gentios, ilustram acontecimentos profeticamente apresentados no livro que vão
acontecer no final deste período, culminando catastroficamente com o fim do
governo mundial gentio na volta de Cristo, o Messias. Assim, a perseguição dos
filhos de Deus é uma sombra da perseguição mais severa e universal do povo de
Deus que vai acontecer no fim desta dispensação do mesmo modo, o repúdio
blasfemo do Deus de Israel, conforme vai aparecer numa forma mais universal e
até com uma intensidade maior no fim desta dispensação. Ver: (Dn. Cps. 3 e 6; 5: 1-4; 6: 5-12; 7: 25; 8: 24; 9: 26; 11:37, 38;
12:1).
a. Este
livro foi mencionado ou citado muitas vezes no Novo Testamento. Especialmente
as referências de nosso Senhor a Daniel é a chave do Apocalipse. Ele exerceu
uma grande influência sobre a igreja primitiva; seu esquema de “quatro impérios sucessivos dominou a
historiografia europeia até os meados do século dezoito”. Ver: (Mt. 24: 15; Mc. 13: 14).
b. O
livro pode ser assim dividido: a. O começo da vida de Daniel na corte
babilônica; b. A visão da imagem de
Nabucodonosor; c. O livramento dos
três jovens hebreus na fornalha ardente; d.
A visão e a humilhação de Nabucodonosor; e.
As experiências de Daniel sob o reinado de Belsazar e Dario; f. A visão de Daniel e as quatro
bestas; g. A “profecia da derrota dos persas pelos gregos e a profanação do
templo”; h. A oração de Daniel e a profecia das setenta semanas; i. A última visão de Daniel. Ver: (cps. 5 e 6; 10-12).
4. O sonho da grande
imagem:
A visão descreve profundamente a sequência dos impérios mundiais e a sua
destruição por Cristo, que chamou este período de “os tempos dos gentios”.
Os quatro metais que compunham a imagem são explicados como símbolos de quatro
impérios, não necessariamente possuindo a terra habitada, mas divinamente
autorizados a fazê-lo, e cumpridos na Babilônia; Medo-Pérsia, Grécia sob
Alexandre e Roma. O último poder é visto dividido, primeiro em dois as pernas,
cumprido nos Impérios Romanos Oriental e Ocidental e, então, em dez os
artelhos. Como um todo, a “imagem
apresenta o esplendor e a grandeza exterior imponente do poder mundial gentio”. Ver: (Dn. 2: 31- 40; Dn. 7: 26; Ap. 16: 19; Lc. 21: 24).
5. A Pedra destrói o
sistema Mundial:
A Pedra destrói o “sistema
mundial gentio em sua forma final com um golpe súbito e irremediável”, não pelo processo gradual da conversão
e assimilação; e, então, não antes, a Pedra se torna uma montanha que enche “toda a terra, tal destruição do sistema monárquico gentio não ocorreu no
primeiro advento de Cristo”. Pelo
contrário, Ele foi condenado à morte por um oficial do quarto império, que naquela
ocasião estava no auge do poder. Depois da “morte
de Cristo, a parte ocidental do Império Romano caiu em 476 D.C., e a parte
oriental em 1453, mas nenhum outro império mundial sobrepujou Roma porque
apenas quatro impérios precederiam a volta e o governo de Cristo”. Ver: (Dn. 2: 34-35; 7: 26-27). (jfas).
6. A Dispensação da Igreja:
A interposição da Dispensação da Igreja entre o primeiro e segundo
adventos de Cristo, conforme revelado no Novo Testamento, não faz parte desta
visão. O ferimento mortal sofrido pelo quarto império não será curado pela
restauração do império até que a Dispensação da Igreja se complete com o
arrebatamento da Igreja. Assim, o poder do mundo gentio ainda continua e o
golpe esmagador ainda está suspenso. Os detalhes dos finais dos tempos já estão
sendo percebidos. É importante observar que:
1) o poder mundial gentio terminará com um juízo catastrófico, súbito
Armagedom; e 2) será imediatamente
seguido pelo reino do céu. “O Deus
dos céus não estabelecerá o Seu reino antes da destruição do sistema mundial
gentio”. É digno de que o domínio
mundial gentio começa e termina com uma grande imagem. Ver: (Ap. 13: 3; Dn. 7;
Ap. 13-19; Ap. 16: 13-16; 19: 17; Dn. 2: 31; Ap. 13: 14-15).
7. A Cabeça de ouro:
Da cabeça de ouro ao ferro do quarto reino “Roma”, há uma
deterioração na qualidade, mas aumento de força. Então vem a deterioração do
quarto reino nessa mesma propriedade: a força. a. Deterioração por divisão: o reino é dividido em dois, as pernas
os impérios ocidental e oriental, e estes são novamente divididos em reinos, o
número dos quais, quando a Pedra ferir a imagem, será de dez artelhos; e, b. deterioração por mistura: o ferro
misturado com o barro. Ver: (Dn. 2: 38-41; 7: 23-24).
8. O reino milenar será
estabelecido:
Esta passagem fixa, em relação aos outros
acontecimentos preditos, o período quando o reino milenar será estabelecido. “Será nos dias destes reis, isto é, nos dias
dos dez reis simbolizados pelos artelhos da imagem”. Os dez reis não
existiam no advento do Messias, nem era possível à federação até a dissolução
do Império Romano e o surgimento do atual sistema mundial nacionalístico. Veja
Reino Velho Testamento; Reino Novo Testamento; também o método pelo qual o
reino milenar será estabelecido foi repetido, isto é, a Pedra esmagará a imagem
que representa os poderes mundiais que são os inimigos de Deus. Ver: (Dn. 2: 44; 7: 24-27; Gn. 1:
26; Zc. 12: 8; Lc. 1: 31-33; Ap. 20: 4; Mt. 3: 2; 6: 33, 34-35; I Co. 5: 24,
44-45; Zc. 14: 9-; Sl. 2: 5-6).
9. A visão de Daniel das
quatro bestas:
O “Mar na nomenclatura
figurativa da Bíblia representa povos, a massa desorganizada da humanidade”; e, A visão da monarquia de
Nabucodonosor encaixa-se na mesma ordem de cumprimento da visão da besta de
Daniel, mas com a seguinte diferença: Nabucodonosor viu o poder e o esplendor
exterior imponente dos “Tempos dos
gentios”; enquanto que Daniel viu o
verdadeiro caráter do governo mundial gentio como voraz e belicoso estabelecido
e mantido pela força. É notável que a insígnia heráldica das nações gentias
sempre foi de animais ou aves de rapina. Esta é uma possível referência ao
domínio do segundo império, Média, Pérsia e Babilônia. Ver: (Dn.
2; 7: 2-5; Is. 60: 5; Mt. 13: 47; Lc. 21: 24-25; Ap. 13: 1; Ap. 16: 19).
10. Comparando:
No Cap. 7: 5 > Isto é, a Lídia, a Babilônia, o Egito; No Cap. 7: 6
> Uma alusão à rapidez das conquistas de Alexandre; No Cap. 7: 8 > A
visão é do fim do domínio mundial gentio. “O
ex-Império Romano, que é o reino de ferro, terá dez chifres, isto é, reis correspondem
aos dez artelhos da imagem”.
Considerando esta visão dos dez reis, Daniel vê que entre eles levanta-se um “outro pequeno chifre, rei que subjuga
três dos dez reis de maneira tão completa que a identidade separada dos seus
reinos é destruída”. Sete dos dez
reis são deixados, e o “outro
pequeno chifre é um príncipe, que há de vir”,
a abominação, e a besta do mar. Ele será o chefe do quarto império mundial
restaurado a Besta. Alguns expositores também o igualam ao rei que fará segundo
a sua vontade, e ao “homem da iniquidade”. Ver: (Dn. 7: 5-8; 2: 33-44; 7: 7; Ap. 17: 12; 12: 11; Mt. 24: 15; Dn. 9: 26;
Ap. 13: 1-10; Dn. 11: 36-45; II Ts. 2: 3-8). (jfas).
11. Caráter eterno de
Cristo:
Um título que indica o caráter eterno de Cristo; e, aqui a atribuição de
louvor dos reis e sacerdotes termina com as palavras, e nós reinaremos sobre a
terra. “Começa o confundir da
introdução do estabelecimento do rei em Sião”. A visão inverte a ordem dos acontecimentos em seu cumprimento.
Descreve-se a cena no céu que, no cumprimento, precede os acontecimentos que
Daniel vê na visão. “A ordem do
cumprimento será a investidura do Filho do homem com o reino, o julgamento
divino dos indivíduos entre as nações e o estabelecimento do reino é idêntico,
e precedem o cumprimento, descrevem a investidura do Filho do homem e do Filho
de Davi com a autoridade do reino, enquanto descrevem o golpe mortal Armagedom,
que destrói o poder mundial gentio, abrindo o caminho assim para o verdadeiro
estabelecimento do reino do céu. Os versículos descrevem o mesmo acontecimento”. Ver: (Dn. 7: 9; Sl. 45: 6; 93: 2; Mq. 5: 2; Hc. 1: 12; Ap. 1: 8-18; Dn. 7: 13;
Ap. 5: 6-10; Dn. 7: 18; Sl. 2: 6; Ap. 20: 4; Dn. 7: 9-14; Ap. 11-21; Dn. 2:
34-35; Ap. 16: 13-16; 19: 17-21).
12. Os Santos da Igreja:
Nós, os santos da Igreja, isto é, os crentes da Dispensação da Igreja,
também vão partilhar deste governo, participando da primeira ressurreição e reinando
com Cristo os mil anos. Os termos que encontramos no Velho Testamento e no Novo
Testamento referente à duração específica dos acontecimentos futuros, exigem
cuidadosa consideração, para evitar especulações fantásticas. A “primeira ocorrência de uma referência
a um período de três anos e meio no futuro profético é a
expressão um tempo, dois tempos e metade dum tempo que encontramos aqui."
Este é o mesmo período de tempo da metade do período final de sete anos, igual
ao período de tempo declarado pela expressão “quarenta e dois meses ou mil duzentos e sessenta dias”. O período de “três anos e meio parece ser uma referência à última metade da
septuagésima semana de Daniel, conhecida também como a grande tribulação”. Ver: (Dn. 7: 18, 22-27; Ap. 20: 6;
Rm. 8: 17; II Tm. 2: 10-12; I Pd. 2: 9; Ap. 1:6; 3: 21; 5:10; Dn. 12: 7; Ap.
12: 14; 11: 2; 13: 5; 9: 27; 13: 5).
13. O Fim do Poder Mundial:
O fim do poder mundial gentio: a. Na
visão da besta, a “quarta besta foi
declarada ser o quarto reino, isto é, o Império Romano, o reino de ferro. Os
dez chifres sobre a quarta besta, que é o Império Romano, são explicados como dez
reis que se levantarão, correspondendo aos dez artelhos da visão da imagem dos
dez reinos, incluindo as regiões anteriormente governadas por Roma,
constituirão, portanto, a forma pela qual o quarto ou o Império Romano existirá
quando todo o conjunto do domínio mundial gentio será ferido pela pedra...
Cortada sem auxílio das mãos, isto é, Cristo”; e b. Daniel vê outro
pequeno chifre que subjugará três dos dez reis. A marca que o distingue é o
ódio contra Deus e os crentes, ele não deve ser confundido com o pequeno chifre,
que é uma profecia cumprida em Antíoco Epifânio. São apresentadas particularidades
adicionais sobre o pequeno chifre. Ver. (Dn. 7: 26; 7: 7; cps.
2: 7, 24, 44-45; Dn. 2: 24; 7: 9; 8: 9; Ap. 13: 1).
14. As predições:
As predições notavelmente
precisas sobre o reino, caráter e antecedentes de Antíoco Epifânio, que foi o
rei “helenista que cruelmente
perseguiu os judeus 400 anos depois do período de Nabucodonosor, foram
explicadas por Porfírio, um filósofo anticristão do terceiro século D.C”, como prova de que o Livro de Daniel
não poderia ter sido escrito antes deste período. Esta opinião foi aceita por
muitos críticos modernos, mas não deveria levar nenhum crente na profecia
preditiva à rejeição da data tradicional. O capítulo oito apresenta detalhes
referentes ao segundo e terceiro reinos mundiais: os reinos de prata e bronze
do capitulo dois; e os reinos do urso e do leopardo do capitulo sete, isto é, a
“Medo-Pérsia e a Grécia Macedônia da
história”. Na ocasião desta visão, o
primeiro Império Mundial estava perto do seu fim. Belsazar foi o último
governante desta monarquia na cidade de Babilônia. Ver: (Dn.8: 1-8; 5: 2, 18-29). (jfas).
15. O chifre pequeno:
O chifre pequeno deste
versículo cumpriu-se em “171-165 A.C.”, com o histórico Antíoco Epifânio,
que veio da Síria com um dos quatro notáveis reinos e perseguiu os judeus,
profanando o templo de Jerusalém. Não deve ser confundido com o outro pequeno
chifre no capitulo sete e versículo oito, que ainda está para vir no período da
tribulação. O outro pequeno chifre levantar-se-á dos dez chifres no qual o quarto
império Romano será dividido, enquanto que o chifre pequeno no capitulo oito, saiu
dos quatro chifres no qual o terceiro império grego foi dividido depois da
morte de Alexandre. Ambos os pequenos chifres são violentos em seu ódio contra
os judeus e contra Deus e em sua profanação do Templo de Jerusalém. Sete vezes
na desolação de Daniel fala-se: a.
do santuário, que se cumpriu com Antíoco Epifânio, “171-165 A.C”; b. do santuário, aludindo à sua
condição no tempo de Daniel; quando os judeus estavam no exílio; c. generalizadamente da terra, também
referindo-se ao tempo de Daniel; d.
do santuário, que se cumpriu no ano 70 D.C., na destruição da cidade e do
templo depois da morte do Messias e do santuário, pela besta. Esta predição se
cumpriu durante a feroz perseguição de Antíoco Epifânio e na purificação do
santuário em Jerusalém. Ver: (Dn. 8: 9, 23; 7: 8; 7:
9-13, 23; 7: 25; 8: 10-13; 9: 17-18; 9: 26; Lc. 21: 20; Dn. 9: 27; 11: 31; Mt.
24: 15; Mc. 13:14; II Ts. 2: 3, 8-12; Ap. 13: 14-15; Dn. 8: 14).
16. O Terceiro Império:
Aqui está se
considerando dois fins: a. historicamente, o “fim do terceiro império grego de
Alexandre, sendo que uma de suas visões era que da Síria sairia o pequeno
chifre, Antíoco Epifânio”; b. Profeticamente, o fim dos tempos dos
gentios era o último tempo do fim de Daniel. c. O chifre maior, que apareceu por último, era a Pérsia. O outro
era a Média, que no começo era dominante. Os quatro reinos nos quais o império
de Alexandre foi dividido no “4º
Século a.C., eram:
Macedônia, Síria, Egito e Ásia Menor”.
d. “Quanto a esta sinistra figura,
temos três pontos de vista”: 1. “Há
quem pense que seja o rei do norte mencionado”. 2. Outros “consideram-no como um tipo da besta
romana no final dos tempos”. 3. Alguns vêem neste rei uma profecia
direta à besta romana final, identificando assim sua origem geográfica. Os
livros rolos eram as obras de Jeremias. Está registrada a oração de Daniel, que
surgiu do estudo da Escritura Profética e foi um cumprimento da porção
profética da oração de Salomão. O estudo profético tem a intenção de despertar
uma vida espiritual mais profunda. Ver: (Lc. 21: 27; Ap. 16: 19;
Dn. 12: 4; 8: 17-23; 6: 12 ; 11: 4; 11: 40; 7: 23-27; 9: 2-3; Jr. 25: 11; 29:
10; I Rs. 8: 33-36).
17. A profecia das setenta semanas:
A profecia das setenta
semanas de Daniel fornece o quadro cronológico da predição messiânica de Daniel
para o estabelecimento do reino sobre a terra e também uma chave para a
interpretação. Seus aspectos principais são os seguintes: Ver: (Dn. 9: 24-27).
1. Toda
a profecia relaciona-se principalmente com o povo de Daniel e a sua cidade
santa, isto é, Israel e Jerusalém.
2.
Dois príncipes são mencionados: o
primeiro chama-se o “Ungido Messias,
o Príncipe”; E, o segundo é descrito
um príncipe, que há de vir, uma referência ao pequeno chifre, cujo povo
destruiria a Jerusalém reconstruída depois da morte do “Príncipe Ungido”. Ver: (Dn. 8: 25-26; 7: 8). (jfas).
3. As
“setenta semanas da profecia são semanas de anos, uma importante medida de
tempo sabática do calendário judeu”. A transgressão da ordem para guardar o ano
inteiro trouxe o juízo do cativeiro babilônico e determinou sua duração de
setenta anos. “Compare também quanto ao uso de semanas indicando anos”. Ver: (Lc. 25: 1-22; 26: 33-35; II Cr. 36: 19-21; Dn. 9: 2; Gn. 29: 26-28).
4.
Estes 490 anos proféticos têm cada um 360 dias, isto fica comprovado pelas
referências bíblicas à “septuagésima
semana de sete anos, que está dividida em duas metades, a última designada
diferentemente de tempo, dois tempos e metade dum tempo; e, quarenta e dois meses
ou 1260 dias”. Com relação a isto é
preciso lembrar que no largo escopo da profecia, o tempo profético é
invariavelmente tão próximo que pede advertência perfeita, tão indeterminada
que não satisfaz à mera curiosidade. Ver: (Dn. 7: 27; Ap. 12: 14; Ap.
11: 2; 13: 3-5; 12: 6; Mt. 24: 36; At. 1: 7).
5. O “começo das setenta semanas está fixado
como a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém e seus muros”. O único decreto nas escrituras
autorizando a reconstrução da cidade e seus muros é datado no mês de nisã, no
ano vigésimo do rei Artaxerxes, isto é, 445 a.C. “Está bem autenticada na história antiga que partindo desta data,
as primeiras sessenta e nove semanas chegam até o Príncipe Ungido”. Ver: (Dn. 9: 25; Nm. 2).
6.
Mais tarde, “depois das sessenta
e nove semanas que se seguem as primeiras sete semanas, duas
coisas importantes acontecerão”: a. o “Messias será morto e não terá nenhum dos Seus direitos reais e já
não estará”. b. a cidade reconstruída e o santuário será novamente destruído,
desta vez pelo povo de outro príncipe que ainda está para vir. De maneira geral
há concordância sobre estes dois últimos acontecimentos que se cumpriram com a
morte de Cristo em 29 D.C., e a destruição de Jerusalém por Roma no ano 70 D.C.
Os dois acontecimentos foram colocados antes da septuagésima semana. Portanto,
um período de pelo menos quarenta e um anos entre a morte de Cristo e a
destruição de Jerusalém deve intervir entre a sexagésima nona e septuagésima semanas. Ver: (Dn. 9: 27).
7. Os
acontecimentos mais importantes da última semana são os seguintes: a.
Haverá uma aliança de sete anos do futuro príncipe romano, o pequeno chifre, com
os judeus. b. No meio da semana haverá
uma interrupção violenta no ritual do culto judeu pelo príncipe romano que
introduz abominações que tornam o santuário desolado. c. Ao mesmo tempo ele inicia uma perseguição contra os judeus. E d. o fim da septuagésima semana produz
juízo contra o desolador e também produz justiça eterna, isto é, as bênçãos do
reino messiânico. Ver: (Dn. 9: 27; 7: 8).
18. A Semana final:
Esta semana final ainda
não se cumpriu, ela está no fato de Cristo explicitamente relacionar seus
principais acontecimentos com a Sua segunda vinda. Portanto, durante o período
entre a sexagésima nona e septuagésima semana deve intervir todo o período da
Igreja apresentado no Novo Testamento, mas não revelado no Velho Testamento. “A interpretação que atribui à última
das setenta semanas ao fim dos tempos é da Igreja”. Quando esta septuagésima semana era mencionada durante os dois
primeiros séculos e meio da Igreja Cristã, quase sempre era atribuída ao fim
dos tempos. “Irineu coloca o
aparecimento do Anticristo na última semana do fim dos tempos; na verdade, ele
assegura que o período da tirania do Anticristo vai durar exatamente meia
semana, três anos e seis meses”.
Assim da mesma maneira, Hipólito declara que Daniel indica o aparecimento dos
sete anos que serão os últimos tempos. Ver: (Mt. 24: 6, 15).
19. A Palavra Semanas:
a. A
palavra semanas obviamente refere-se a semanas de dias, não semanas de anos
como no capitulo nove; e provavelmente apresentam uma teofania. A intimação
está clara que, assim como os santos anjos enviados para o bem dos herdeiros da
salvação, os demônios se preocupam com o bem-estar do sistema mundial de
Satanás. Ver: (Dn. 10: 2; 9: ...;10: 10-15; 10: 4-9, 16-17; 10:
13, 20; Jo. 7: 7; Ap. 13: 8). (jfas).
b. O
espírito da profecia retorna, o qual preocupava Daniel e seus senhores reais
mais imediatamente o futuro próximo do império, no qual ele era um personagem
tão importante. Quatro reis ainda reinariam no Medo-Pérsia. Então viria
Alexandre, o rei poderoso da Grécia. A divisão do império de Alexandre em
quatro partes, como já fora predito, é o que está sendo profetizado. A divisão
turbulenta dos negócios do desintegrado império alexandrino em duas partes, a
Síria e o Egito, está traçada. Aqui o Antíoco Epifânio, o pequeno chifre, ocupa
a visão. Sua profanação do santuário é novamente mencionada. Em diante, a
interpretação é do rei que fará segundo a sua vontade e de suas atividades no
final dos tempos. Ver: (Dn. 11: 2-4; 8: 20-22; 8:
9, 36; 11: 36).
c. Os três reis da Pérsia são provavelmente: Ciro II “550-530 a.C”; Cambises, 529-522 a.C., não
mencionado no Velho Testamento; e, Dario I Histaspes, “521-486 a.C”. O quarto
rei é “Xerxes I, 486-465 a.C. ou
Artaxerxes I, 465-424 a.C”. Rei
poderoso é Alexandre, o Grande, que morreu em 323 a.C.; Depois de sua morte o
império foi dividido entre quatro dos seus generais: Cassandro, que reinou na
Macedônia; Lisímaco, que reinou na Trácia e na Ásia Menor; Ptolomeu I, que
reinou no Egito, cujos sucessores, os Ptolomeus, reinaram de 330 a 323 a.C.; e Seleuco,
que reinou na Síria e o restante do Oriente Próximo, cujos sucessores,
conhecidos como os Selêucidas, governaram até mais ou menos 65 a.C. Ver: (Dn. 11: 2; Ed. 1: 1; II Cr. 36: 22-23; Ed. 5: 6; 4: 6; 7: 11-26; Dn. 7:
6; 8: 5-8, 21-22; Dn. 11: 4).
d. O
rei do Sul: Aqui é Ptolomeu I Soter,
323-285 a.C., e Seleuco I Nicator, 312-281 a.C., o mais forte e poderoso de
todos aqueles que reinaram no antes unido império de Alexandre; e, A profecia
de Daniel passa aqui pelo segundo rei selêucida, Antíoco I Soter, 281-261 a.C.,
embora fale de uma união destas duas linhagens reais pelo casamento. Este rei
do Sul é Ptolomeu II Filadelfo, 285-246 a.C. A filha dele foi Berenice; e a
referência é a Ptolomeu III Evergetes, 246-222 a.C; e, No versículo onze, o rei
do Sul é Ptolomeu IV Filopator, 222-203 a.C. Os dois governantes da Síria são
Seleuco III Ceramus às vezes chamado de Soter, 226-223 a.C; e, Antíoco III, o
Grande, 223-187 a.C. Este rei do Sul é Ptolomeu V Epifânio, 203-181 a.C., cujas
atividades continuam até o versículo vinte quatro; e, O rei do Norte é Seleuco
IV Filopator, 187-175 a.C., do versículo quinze. Este rei do Norte não é outro
se não Antíoco IV Epifânio, 175-164 a.C., o grande perseguidor dos judeus e
tipo do Anticristo (versículo vinte um ao trinta e cinco). Registram a primeira
campanha de Antíoco Epifânio contra o Egito “versículo vinte cinco ao vinte oito”. (Registram a desolação do templo de Jerusalém por Antíoco
Epifânio “versículo trinta e um ao trinta e cinco”). Ver: (Dn. 11: 5-31).
e. Aqui
a “previsão profética (versículo
três ao vinte), as duas partes do império de Alexandre (Síria e Egito) se
relacionavam com a Palestina e os judeus até o período de Antíoco Epifânio e
tendo descrito sua carreira, passa por cima da Dispensação da Igreja e os séculos
até o tempo do fim”. A profecia
neste ponto não se preocupa com a história como tal, mas apenas no que ela
afeta Israel e a Terra Santa. “Antíoco
Epifânio foi insignificante quando comparado com muitos personagens históricos
que a Bíblia não menciona, mas ele flagelou o povo de Deus e profanou o Seu
santo altar oferecendo uma porca sobre o mesmo. Sua atitude e suas ações para
com Israel colocaram-no na luz profética”.
Ver: (Dn. 11: 21-35).
f. A identidade
do “rei que fará segundo a sua
vontade é interpretada de diversas maneiras”: Alguns expositores consideram-no como sendo o pequeno chifre do
capitulo sete e a cabeça do Império Romano ressuscitado. Ele desprezará todos
os deuses pagãos de seus pais e a esperança messiânica, e dará honra ao deus da
guerra e o deus das fortalezas. Ele está identificado como um governador
supremo, que sobre tudo se engrandecerá. Outro ponto de vista considera-o como
um judeu não regenerado na Terra Santa em aliança com a besta romana, que é um
gentio incrédulo em Roma. O rei que fará segundo a sua vontade despreza o Deus
de Israel, o Deus dos deuses; não se importa com a esperança do Messias e o
desejo das mulheres judias; e honra a besta romana, o deus das fortalezas. O
fim do rei que fará segundo a sua vontade ocorrerá na segunda vinda de Cristo. Ver: (Dn. 7:1...; 7: 8; Ap. 17: 9; 13: 11-18, 45).
g. Esta
ressurreição é seletiva e refere-se ao povo de Daniel, isto é, os judeus; não
todos, mas muitos, restrita àqueles que estão escritos no livro. A última parte
pode ser traduzida assim: aqueles que ressuscitarão para a vida eterna não
serão deixados na sepultura para ressuscitarem mais tarde, para a vergonha e o
horror eternos. Esta ressurreição acontecerá depois da tribulação e se refere
aos crentes do Velho Testamento e aos crentes da tribulação; e não à Igreja,
que será arrebatada antes da tribulação. Ver: (Dn. 12: 2; 9: 15-24;
10: 14; Ap. 3: 10). (jfas).
h. O tempo
do fim em Daniel, a expressão: 1. O tempo do fim em Daniel começa com
a violação da parte do príncipe que há de vir, isto é, do pequeno chifre, do homem
da iniquidade, da besta e da sua aliança com os judeus para a restauração do
templo e do sacrifício e sua apresentação como Deus; terminando com sua
destruição e com o aparecimento do Senhor na glóri; 2. a duração do tempo do fim é de três anos e meio, coincidindo com
a última metade da septuagésima semana de Daniel; e, 3. Este tempo do fim é o tempo da angústia de Jacó; tempo de
angústia, qual nunca houve desde que houve nação; grande tribulação, como desde
o princípio do mundo até agora não tem havido, e nem haverá jamais. O Novo
Testamento, especialmente o Apocalipse, acrescenta muitos detalhes. Ver: (Dn. 12: 4; 8: 17-19; 9: 26-27; 11: 35-45; 12: 4-9; 11:36-38; Mt. 24: 15;
II Ts. 2: 4-8; Ap. 13: 4-6; Ap. 19: 19-20; Dn. 7: 25; 12: 7; Ap. 13: 5; Jr. 30:
7; Dn. 12: 1; Mt. 24: 21).
i. Três
períodos de dias remontam a abominação, isto é, da presunção blasfema da besta
de que é Deus: 1) Mil e duzentos e sessenta dias até a destruição da besta. Esta também é
a duração da grande tribulação; 2)
Remonta do mesmo acontecimento um período de 1.290 dias, um acréscimo de trinta
dias; e, 3) novamente quarenta e
cinco dias são acrescentados e com eles a promessa. Nenhum registro foi feito
diretamente sobre o que ocupa o intervalo de setenta e cinco dias entre o fim
da tribulação e a benção total. Sugere-se que a explicação pode ser encontrada
nas descrições proféticas dos acontecimentos seguintes à guerra do Armagedom. A
besta é destruída e o domínio mundial dos gentios termina com a Pedra que é
lançada no final dos 1.260 dias, mas a cena é, por assim se dizer, prejudicada pelos
resíduos da imagem que o vento tem de levar antes que venha a benção total. Ver: (Dn. 12: 1-12; Mt. 24:
15; II Ts. 2: 4; Dn. 7: 25; 12: 7; Ap. 13: 5; 19: 19-20; Ap. 16: 13-16; 19: 17;
Dn 2: 35).
Conclusão
Este estudo foi elaborado dentro da hermenêutica em
conexão com a exegese e a semântica profunda, rejeitando a teologia empírica. O
livro de Daniel é uma associação de autobiografia, história e profecia, sua
forma literária é apocalíptica, significando que sua mensagem profética é a
revelação de Deus. Através de visões, sonhos e simbolismo; e, visando encorajar
o povo de Deus durante um período crítico da história; e para uma concepção da
esperança de Israel no tocante ao triunfo final do reino de Deus e da sua
justiça na terra. As mensagens proféticas de Daniel abrangem duas dimensões: o
futuro próximo e o futuro distante, se bem que ambas as dimensões frequentemente
se mesclam. Daniel profetiza acerca do tipo do futuro Anticristo, a saber,
Antíoco IV Epifânio, que profanou o templo em Jerusalém, em 160 a.C., e ao
mesmo tempo profetizou a respeito do Anticristo dos fins dos tempos. Esta
interação entre esses dois tipos de futuro caracteriza a profecia bíblica de
modo geral, e Daniel em particular. Deus revela a Daniel que a profecia para o
futuro remoto é uma mensagem oculta até o tempo do fim. Nesse tempo, o povo de
Deus o buscará com discernimento, pureza e sabedoria para obter compreensão assim
como fez Daniel. O livro de Daniel termina com a menção de uma grande promessa
que frequentemente é ignorada. Daniel, que vivera praticamente toda a sua vida
na Babilônia e agora estava com quase noventa anos, recebe a promessa de que
ele estará na sua sorte. Isto se refere àquela porção da Terra Prometida
destinada a Daniel e sua família.
Consultas:
Ø Bíblia de Estudo Pentecostal, tradução de ALMEIDA, João Ferreira,
Ø Bíblia de Estudo Dake.
Ø Bíblia Viva 3ª Edição,
Ø Bíblia Sagrada Scofield,
Ø Bíblia de Estudo Palavras Chave, Hebraico e Grego
Agradecimentos:
Ao meu querido
e amado neto Dr. Carlos Natanael da Rosa, que com seu encorajamento hábeis
colaborou na digitação e auxilio de leituras, tornou este trabalho possível.
Bibliografia:
OBS: Este estudo foi elaborado por
este servo do Senhor, em Português, Español e Inglês pela infinita graça de
Deus. Autor das seguintes apostilas:
A Hierarquia dos Anjos; A igreja e o Nepotismo; A mulher pode ser pastora; A
nova Jerusalém Celestial; À queda do homem e a providência de Deus; Apostila
inglesa; Bíbliologia; Controle Total; Cristão e a Maçonaria; Cristão e o
Álcool; Cristão e o Sábado; Dispensação da Graça; Espírito Santo na Igreja;
Hinnos y coros Cristiano; Hinos de corais Antigos; Igreja e o Sábado; Liturgia
e a Igreja; Manual Pratico do Obreiro; Maratona Bíblia; O ano de Jubileu; O
principio; O Cristão e a Mascara; Palestra para Família; Profecias do AT/NT;
Teologia da Prosperidade; Teologia de Missão; Vamos nos conhecer nos Céus;
Viene Jesús en español; Teologia da Música; A igreja e o Jejum; A igreja e a
Reencarnação;Juízo Final e o Trono Branco; A Igreja e os Galardões; A Igreja e
as Drogas; Jesus e os Milagres; As Profecias de Daniel; O Arrebatamento da
Igreja; Os Sete selos e as sete Trombetas do Apocalipse;
José Fernandes
Alves dos Santos, atualmente membro da IEAD
de Canoas - RS. Brasil – Evangelista, e 2º Responsável do Distrito Três; e, faz
parte do conselho de Ética pastoral. Seu ministério e chamada ministerial são
voltados predominantemente para a Educação Cristã, de modo que também trabalha
como conferencista internacional, cuja especialidade na teologia é a
Escatologia Bíblica, Hermenêutica & Exegese Bíblica, Teologia Sistemática,
e a Pedagogia Cristã; e, é Capelão Interdenominacional através da UCEBRAS; E, é
Diretor e fundador do Departamento de Capelania da UMERGS, Pres. Cel. Salomão
Pereira Fortes.
Ø
Foi Coordenador da
EBD distrito três.
Ø
Foi Coordenador de
missões idem.
Ø
É Capelão
Evangélico Interdenominacional - CEI.
Ø
Cursando 5º Sem. De
Letras – Unilasalle – Canoas-RS.
Ø
Formou oito turmas
na disciplina de español através da “FUNDAPES”.
Ø
Atualmente Cursando
o 3º Semestre de Teologia Bacharelado – Unilasalle-idem
Ø
Fez Parte da
Diretoria Acadêmica – Setor “Ação Social”. Idem.
Ø
Faço Parte da
“Umergs” União dos Militares do Estado do RS. Presidente: CL. Salomão.
ØTelefones: (51) > 999977698-Vivo/982747975-Tim/986516223-Oi
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