Brief history of the religions of the first centuries
Introdução
O
presente estudo e seus respectivos tópicos se direcionam a referenciar
conceitos teológicos e elementos biográficos de grandes vultos que marcaram a
história das tradições religiosas ao longo dos anos, com destaque para os
primeiros séculos, não obstante menções a autores ainda anteriores ao
nascimento de Cristo, essenciais no entendimento de concepções do estudo da filosofia
e da história das crenças que hoje são praticadas ao redor do mundo.
1 – Conceitos básicos da Teologia e filosofia:
1.2 - Sociologia da Religião: É um ramo
da Sociologia e ela se fundamenta na compreensão humana entre o
(profano e o sagrado). Independente da crença, o que é mais significativo
da religião para a Sociologia é o papel fundamental que ela
exerce na vida social; Sociologia da Religião: Ela busca explicar empiricamente
as relações mútuas entre religião e sociedade; Os estudos fundamentam-se na
dimensão social da religião e na dimensão religiosa da sociedade. Religião é
um conjunto de sistemas culturais e de crenças, além de visões de mundo, que
estabelece os símbolos que relacionam a humanidade com a espiritualidade e seus
próprios valores morais. Muitas religiões têm narrativas, símbolos, tradições e
histórias sagradas que se destinam a dar sentido à vida ou explicar a sua
origem e do universo. As religiões tendem a derivar a moralidade, a ética, as
leis religiosas ou um estilo de vida preferido de suas ideias sobre o cosmos e a
natureza humana; Em sociologia, uma sociedade é o conjunto de
pessoas que compartilham propósitos, gostos, preocupações e costumes, e que interagem entre si constituindo uma comunidade.
1.4 -
Religiões Abraâmicas: É, as religiões monoteístas cuja origem comum é
reconhecida em Abraão ou o reconhecimento de uma tradição espiritual
identificada com ele. Essa é uma das três divisões principais em religião
comparada, junto com as religiões indianas e as religiões da Ásia Oriental.
1.6 - Ciência da
Religião: Definição Ciência da
religião é a disciplina acadêmica de perspectiva empírica que investiga
sistematicamente religiões em todas as suas manifestações.
1.7 - Antropologia social: É uma disciplina fundamental do conhecimento
humano. Esta ciência começou a ser desenvolvida de maneira mais concreta a
partir do século XIX. Em sua primeira fase, o objeto de estudo da antropologia social era a sociedade pré-industrial. No entanto,
através da evolução social está ciência também
expandiu seu campo de estudo; Trabalha, inicialmente, com os sistemas de
pensamento, destaca a coesão das instituições, o caráter integrativo da
família, da moral e da religião; A Antropologia social e cultural tem mesmo
campo de investigação; Antropologia Social - É uma ciência que estuda o ser humano
como um todo, suas crenças, seu comportamento, seu
desenvolvimento social e outros. A antropologia cultural se
difere da Antropologia social, pois ela estuda o homem e também a
sociedade em seu aspecto cultural.
1.8 - Teologia Sistemática: É a que engloba ramos como a teologia doutrinal, a teologia
dogmática e a teologia filosófica, é a disciplina da teologia
cristã que formula
uma descrição ordenada, racional e coerente da fé e crenças cristãs. Ela reúne
as informações extraídas da pesquisa teológica, organiza-as em áreas afins,
explica as aparentes contradições e, com isso, fornece um grande sistema
explicativo (diferentemente da teologia
histórica ou da teologia
bíblica). A teologia
sistemática está também associada por vezes à apologética cristã, que serve para, no confronto
teológico entre diferentes religiões e heresias, defender a doutrina da confissão
cristã em causa.
1.9 - Filosofia
Geral da Religião: É um ramo filosófico que investiga a esfera
espiritual inerente ao homem, do ponto de vista da metafísica, da antropologia
e da ética; Segundo o Professor Cláudio Jean Cardoso, a fé e a razão andam juntas. A
teologia, a filosofia e a ciência sempre se separaram através da divergência de
fatos (fé, crença religiosa e razão); As divergências sempre foram inevitáveis.
A teologia, ciência, filosofia, fé, crença e a razão só têm o seu valor em si
mesmas, tendo a sua própria independência, como os valores éticos e morais. A
filosofia é vista tanto no passado, presente, quanto no futuro, pela sua
importância e pelo papel que desempenha no bem comum, ela deve estar sempre
presente em todas camadas sociais. (Filosofia é o produto da cultura
Grega; É tão Antiga quanto a religião).
1.10 - Teologia Filosófica: É um ramo e uma forma de teologia na
qual métodos filosóficos são usados no desenvolvimento
ou análise de conceitos
teológicos. Portanto,
inclui a teologia natural, bem como tratamentos filosóficos da teologia ortodoxa e
heterodoxa.
1.11 - Antropologia e Cientifica: (Surgiram no início do século XX,
com os antropólogos “Franz Boas (USA) e Bronislaw” Malinowski(Inglaterra); Como
ciência contribui com diversas formas de analisaras sociedades). O
estranhamento da cultura do outro, o choque cultural a partir do contato com
outra cultura e a negação do Etnocentrismo são fatores positivos para um olhar
diferenciado para o modo de viver em sociedade.
1.12 - Antropologia Cultural: Um dos quatro grandes ramos da Antropologia
geral ciência que estuda
o Homem e a Humanidade de forma integral, junto à Antropologia Física, a Arqueologia e a Linguística, é o ramo do conhecimento que se
dedica a compreender os mecanismos da vida humana em sociedade, no aspecto cultural.
1.13 - Antropologia pragmática? faz um paralelo entre as razões das
ações individuais e seus desdobramentos em um contexto coletivo; Conhecer
outros povos para explorá-los, que poderia ser trabalhada no estudo da linha
evolucionista na antropologia.
1.14 - A Teologia Filosófica: É que tem de lidar com o método próprio do
filosofar, atendo-se à razão (filosófica) e à experiência. Deste modo
a Teologia Filosófica não é apenas o coroamento da metafísica geral,
mas também o coroamento de toda a antropologia filosófica.
1.16 - Razão: É a capacidade da mente humana
que permite chegar a conclusões a partir de suposições ou premissas. É, entre
outros, um dos meios pelo qual os seres racionais propõem razões ou explicações
para causa e efeito. A razão é considerada pelos racionalistas a
forma mais viável de descobrir o que é verdadeiro ou melhor.
1.17 - Mitologia e Filosofia: Mitologia é a ciência que
procura a explicação dos mitos, que têm um caráter social desde sua
origem, e só são compreensíveis dentro do contexto geral da cultura em que foram
criados; E a Filosofia estuda os problemas relacionados ao
conhecimento, existência e verdade.
1.18 - Antropologia: É estudo do homem.
E, é a ciência que tem como objeto o estudo sobre o ser
humano e a humanidade de maneira
totalizante, ou seja, abrangendo todas as suas dimensões.
1.19 - Teologia dogmática: É a parte da
teologia cristã que trata, sistematicamente, do conjunto das verdades
reveladas por Deus, isto é, do dogma e das verdades fundamentais a ele
vinculadas, às quais se deve em primeiro lugar o assentimento da fé.
1.20 - Ontologia: É a parte da metafísica que trata da
natureza, realidade e existência dos entes. A ontologia trata do ser enquanto
ser, isto é, do ser concebido como tendo uma natureza comum que é inerente a
todos e a cada um dos seres objeto de seu estudo.
1.21 - Patrológica: É uma ciência teológica que estuda,
conforme um conceito unitário, os escritores da antiguidade cristã acolhidos
pela Igreja Católica entre os testemunhos de sua doutrina, aplicando a este
estudo os princípios metódicos da crítica histórica.
1.22 - Teologia: É estudo de Deus, do grego é o
estudo crítico da natureza do divino, deuses ou Deus, seus atributos e sua
relação com os homens. Em sentido estrito, limita-se ao Cristianismo, mas em
sentido amplo, aplica-se a (qualquer religião).
1.23 - Religião: É um conjunto de sistemas culturais
e de crenças, além de visões de mundo, (que estabelece os símbolos) que
relacionam a humanidade com a espiritualidade e seus próprios valores morais.
Que religa o homem com o Deus o Criador.
1.24 - Livros Cânon: Uma lista de livros do
Antigo Testamento; E, no Novo Testamento: 4 livros dos
Evangelhos, 1 livro dos Atos dos Apóstolos, 13 epístolas do Apóstolo
Paulo, 1 dele aos Hebreus, 2 de Pedro, 3 de João, 1 de Tiago, 1 de Judas e o
Apocalipse de João. A palavra cânon vem do assírio. É usada 61 vezes no Antigo
Testamento, sempre em seu sentido literal, que significa cana, balança. O
primeiro a usar esse termo foi Orígenes, para se referir à coleção de livros
sagrados, que eram ou serviam de regra e fé para o ensino cristão.
1.25 - Logos em grego: (Palavra verbo discurso ou Razão), conhecido em português
como Verbo, é um importante conceito na cristologia cristã para
estabelecer a doutrina da divindade de Jesus Cristo e sua posição
como Deus Filho na Trindade, como declarado no Credo Calcedoniano.
1.26 - Cristologia: É o estudo sobre Cristo; é uma parte da teologia
cristã que estuda e
define a natureza de Jesus, a doutrina da pessoa e da obra de Jesus
Cristo, com uma particular atenção à relação com Deus, às origens, ao modo de vida
de Jesus
de Nazaré, visto que estas
origens e o papel dentro da doutrina de salvação tem sido objeto de estudo e
discussão desde os primórdios do cristianismo.
1.27 - Eclesiologia: É o ramo da teologia cristã que
trata da doutrina da Igreja, seu papel na salvação, sua origem, sua disciplina,
sua forma de se relacionar com o mundo, seu papel social, as mudanças
ocorridas, as crises enfrentadas, suas doutrinas, a relação com outras
denominações e sua forma de governo eclesiástico.
1.28 - A Trindade: A doutrina cristã
da Trindade (do latim trinitas tríade, de trinus tripla) define Deus
como três pessoas consubstanciais, expressões ou hipóstases: o (Pai, o Filho
Jesus Cristo e o Espírito Santo); um Deus em três pessoas. As três pessoas são distintas,
mas são uma substância, essência ou natureza.
1.29 - Metafísica é a base
da Filosofia: É também o
ramo responsável pelo estudo da existência do ser. Por meio
da metafísica se procura uma interpretação do mundo, sobre a
natureza, a constituição e estruturas básicas da realidade.
1.30 - Soteriologia: É o estudo da salvação humana. A
palavra é formada a partir de dois termos gregos (Soterios), que significa
salvação e (logos), que significa palavra, ou princípio. Cada religião oferece
um tipo diferente de salvação e possui sua própria soteriologia, algumas dão
ênfase ao relacionamento do homem em unidade com Deus, outras dão ênfase ao
aprimoramento do conhecimento humano como forma de se obter a salvação. O tema
da (soteriologia é a área da Teologia
Sistemática que trata da
doutrina da salvação humana).
1.31 - Heterodoxia: Do grego heterodoxos, de opinião
diferente inclui quaisquer opiniões ou doutrinas que discordem de uma posição
oficial ou ortodoxa. Como adjetivo, heterodoxo é usado para
descrever um assunto como caracterizado por desvio de padrões ou crenças
aceites.
1.32 - O iluminismo: É conhecido como século das luzes e
ilustração, foi um movimento intelectual e filosófico que dominou o mundo das
ideias na Europa durante o século XVIII, O Século da Filosofia; Resumo.
Os iluministas exaltavam o poder da razão em detrimento ao da fé e da
religião. Com isso, acreditavam que poderiam reestruturar a sociedade;
O Iluminismo foi um movimento intelectual europeu surgido na França no
século XVII. A principal característica desta corrente de pensamento foi
defender o uso da razão sobre o da fé para entender e solucionar os problemas
da sociedade.
1.33 - Helenismo: É o período da história da Grécia Antiga e parte do Oriente Médio que
vai de (336 a.C), do início do reinado de Alexandre, o Grande da Macedônia até
(30 a.C). Anexação do Egito, último reino helenístico, por Roma. Esta fusão de
aspectos culturais gregos e orientais é conhecida como helenismo.
1.34 - O Hedonismo: É uma teoria ou doutrina
filosófico-moral que afirma que o prazer é o bem supremo da vida humana. Surgiu
na Grécia, e seu mais célebre representante foi Aristipo de Cirene; Ética cada
uma das doutrinas que concordam na determinação do prazer como o bem supremo,
finalidade e fundamento da vida moral, embora se afastem no momento de
explicitar o conteúdo e as características da plena fruição, assim como os
meios para obtê-la.
1.35 - Antropologia Filosófica: É a antropologia encarada metafisicamente; é um ramo da filosofia que investiga a estrutura
essencial do Homem. No entanto, este com o que é o homem
para o centro da especulação filosófica, sendo que tudo se deduz a partir dele;
a partir dele se tornam acessíveis as realidades, que o transcendem, nos modos de
seu existir relacionados com essas
realidades. Ou seja, a antropologia filosófica é uma antropologia da essência e
não das características humanas. Ela se distingue da antropologia mítica, poética, teológica, e científica natural ou evolucionista por dar uma interpretação
basicamente ontológica do homem. É também uma
disciplina filosófica ou movimento filosófico que tem relações com as intenções
e os trabalhos de Scheler, mas não está unido ao conteúdo específico desse
autor.
1.36 - Geografia das Religiões: Os homens vêm sobrevivendo através
dos séculos ao se organizar, ampliar seus domínios e criar laços culturais uns
com os outros. Estes laços culturais envolvem costumes, leis, regras, direitos,
comunicação entre si e as crenças. As crenças são criadas para tentar dar um
significado à sua existência e para entender qual é o seu papel neste mundo. As
religiões são formadas por (Histórias, muitas vezes mitos de personagens que,
de alguma forma, conseguiram convencer as pessoas de que há um ser maior ou
vários seres maiores, no caso das religiões politeístas que criou tudo e tudo
controla). Desde que o ser humano passou a se organizar em cidades, impérios e
grupos cada vez maiores, as crenças são difundidas, incorporam traços culturais
de outros povos conquistados e sofrem transformações ao longo dos anos.
2 – As heresias e a profanação ao sagrado no meio das
igrejas:
2.1 - Sincretismo: É qualquer prática religiosa que
provém da fusão de outras. O sincretismo religioso tem suas maiores expressões
no Brasil por uma simples questão histórica: a colonização e a formação do povo
brasileiro. Um complexo processo histórico repleto de misturas culturais e
étnicas que ultrapassam os limites daquilo que foi documentado, do que é
oficial. No Brasil podemos observar inúmeras matrizes religiosas. Judaísmo,
Cristianismo Católico, Cristianismo Protestante, Cristianismo Espírita
Kardecista, Islamismo, Budismo, Hinduísmo desembarcaram nos milhares de navios
que vieram pra cá entre 1500 e 1950. Os cultos africanos Angolas, Congos, Fons,
Malês e Iorubás também desembarcaram nesse contexto. Encontraram aqui os Tupis,
os Guaranis, os Tapuias e muitos outros. Ao longo dos anos tudo se misturou em
manifestações diversas e complexas. Sendo a Igreja Católica a religião
institucionalmente dominante, pois era unida à administração colonial, ela
tentou controlar a difusão de outros cultos assim como impor sua soberania.
Porém, como a religião é um fenômeno incontrolável do ponto de vista cultural e
social, as crenças se difundiram na mesma proporção das miscigenações.
Naturalmente foram surgindo cultos que misturavam os mais diversos tipos de
tradições. Podemos organizar os principais tipos de sincretismos surgidos no
Brasil a partir de sua origem étnica e sua posterior união. Assim teríamos a
fusão, cristão-indígena, africano-cristã, indígena-africana,
indígena-cristão-africana. Sem ordem, local, cronologia ou lógica, essas três
matrizes étnico-religiosas deram origem às centenas de cultos, festejos
populares, folguedos, lendas, personagens, superstições, ritos e práticas
sociais.
2.2 - Mistificação da religião: Como já foi dito em outros textos,
existem dois tipos de mistificação a direta e a indireta, uma causada por
espíritos enganadores e a outra por médiuns. Em toda casa espiritual pode
ocorrer o mal da mistificação, oriundo muitas vezes de um animismo exagerado,
ou mesmo da vaidade e ganância de alguns médiuns. O próprio contexto da palavra
já é pesado: Mistificar – ludibriar, enganar, mentir, tirar proveito, embuste,
farsa. Com certeza médiuns idôneos não possuem tais características. A
mistificação é um mal considerado grave perante o espiritual. Porque causa danos
tanto para quem pratica quanto para quem é vitima de suas maquinações,
atingindo tanto o plano espiritual quanto o plano físico. Um ato controverso
para quem afirma amar sua fé. O que o médium mistificador se esquece que ele
mistificando está manipulando, brincando com forças espirituais, podendo
despertar ataques e obsessões graves para sua vida.
2.3 - O animismo: É a cosmovisão em que entidades não
humanas possuem uma essência espiritual. O animismo é usado na antropologia da
religião como um termo para o sistema de crenças de alguns povos tribais
indígenas, especialmente antes do desenvolvimento de religiões organizadas:
O animismo: do termo latino animus, alma, vida é a cosmovisão em que
entidades não humanas: (animais, plantas, objetos inanimados ou fenômenos). Animismo
(espiritismo).
2.4 - Monoteísmo: é a crença (Um deus único,
singular e deriva das palavras gregas único e divindade). Difere também do
henoteísmo a adoração a um único deus, mas que admite a existência de outros
deuses; E, monoteísmo é a crença na existência de apenas um deus. Diferencia-se
do henoteísmo por ser esta a crença preferencial em um deus reconhecido entre
muitos. A divindade, nas religiões monoteístas, é onipotente, onisciente e
onipresente; O deísmo: (do latim, Deus) é uma posição filosófica
naturalista que acredita na criação do universo por uma inteligência superior
(que pode ser Deus, ou não), através da razão, do livre pensamento e da
experiência pessoal, em vez dos elementos comuns das
religiões teístas como a revelação direta, ou tradição.
2.5 - Maniqueísmo: É uma filosofia religiosa sincrética
e dualística fundada e propagada por Manes ou Maniqueu, filósofo cristão do
século III, que divide o mundo simplesmente entre Bom, ou Deus, e Mau, ou o
Diabo. A matéria é intrinsecamente má, e o espírito, intrinsecamente bom;
Quando o gnosticismo primitivo já perdia a sua
influência no mundo greco-romano, surgiu na Babilônia e na Pérsia, no século III, uma nova vertente, o maniqueísmo. O
seu fundador foi o profeta persa Mani ou Manés e as suas ideias
sincretizavam elementos do zoroastrismo, do hinduísmo, do budismo, do judaísmo e do cristianismo.
Para redimir os homens de sua existência imperfeita, os
pais da Justiça haviam vindo à Terra, mas como a mensagem deles havia sido
corrompida, Mani viera a fim de completar a missão deles, como o Paráclito prometido por Cristo, e
trouxera segredos para a purificação da luz, apenas destinados aos eleitos que
praticassem uma rigorosa vida ascética. Os impuros, no máximo podiam vir a ser
catecúmenos e ouvintes, obrigados apenas à observância dos dez mandamentos
citados abaixo: As ideias maniqueístas espalharam-se desde as fronteiras com a
China até ao Norte d'África. Mani acabou crucificado no final do século III, e
os seus adeptos sofreram perseguições na Babilónia e no Império Romano, neste último nomeadamente sob o
governo do Imperador Diocleciano e, posteriormente, os
imperadores cristãos. Apesar da igreja ter condenado esta doutrina como herética em diversos sínodos desde o século IV, ela
permaneceu viva até à Idade Média. Agostinho
de Hipona foi adepto do
maniqueísmo até se decidir de vez pelo cristianismo.
2.6 - Ortodoxa e Herética: Exemplo qualquer doutrina que é
Bíblica é ortodoxa; e qualquer doutrina que (não é Bíblica é herética). Isto,
entretanto, é não somente simples, mas também demasiadamente simplista.
Por exemplo, ao presumir que uma das teorias sobre o milênio é bíblica (e há
pelo menos quatro delas), não podemos dizer que as outras, não sendo bíblicas,
são heréticas. Há doutrinas que, ainda que em desacordo com a Bíblia, não estão
tão longe do alvo que possam ser consideradas heréticas.
2.7 - Arianismo: Era originalmente, um pensamento
filosófico que não considerava Jesus Cristo e Deus como uma só pessoa. Esta
ideia surgiu nos primeiros séculos do cristianismo, afirmando que só poderia
existir um único Deus e Jesus era apenas o seu filho; O credo
de (Atanásio), com quarenta artigos, é um tanto longo para um credo, mas é
considerado por Archibald A. Apesar da
data ser incerta, este credo foi elaborado para combater o arianismo e
reafirmar a doutrina cristã tradicional da Trindade.
2.8 - Marcionismo: Ou heresia marcionita, foi uma seita
que surgiu no século II, com Marcião de Sinope, e tinha por característica
principal a rejeição ao Velho Testamento. Essas divergências, ou dissidências,
passaram a receber o nome de heresias termo que provém do grego e significa
escolha ou opção deliberada.
2.9 - Estado Laico: É um conceito do secularismo onde o
poder do Estado é oficialmente imparcial em relação às questões religiosas, não
apoiando nem se opondo a nenhuma religião; Um Estado é considerado laico quando
promove oficialmente a separação entre Estado e religião. A partir da ideia de
laicidade, o Estado não permitiria a interferência de correntes religiosas
em assuntos estatais, nem privilegiaria uma ou algumas religiões sobre as
demais. O Estado laico trata todos os seus cidadãos igualmente,
independentemente de sua escolha religiosa, e não deve dar preferência a
indivíduos de certa religião. O Estado também deve garantir e proteger
a liberdade religiosa de cada cidadão, evitando que grupos religiosos
exerçam interferência em questões políticas. Por outro lado, isso não
significa dizer que o Estado é ateu, ou agnóstico. A descrença religiosa é
tratada da mesma forma que os diversos tipos de crença.
2.10 - Teocracia: É o sistema de governo em que as
ações políticas, jurídicas e policiais são submetidas às normas de algumas
religiões; Teocracia do grego (Teo: Deus cracia: poder) é o sistema
de governo em que as ações políticas,
jurídicas e policiais são submetidas às normas de algumas religiões. O poder teocrático pode ser
exercido direta ou indiretamente pelos clérigos de uma religião: a subdivisão
de cargos políticos pode ser designada pelos próprios líderes religiosos (tal
como foi Justiniano
I) ou podem ser
cidadãos laicos submetidos ao controle dos clérigos (como ocorre atualmente
no Irã, onde os chefes de
governo, estado e poder
judiciário estão
submetidos ao aiatolá e ao conselho dos clérigos).
Sua forma corrupta é também denominada clerocracia. Exemplos atuais de regimes desse
tipo são o Vaticano, regido pela Igreja
Católica e tendo como
chefe de Estado um sacerdote (o Papa), e o Irã, que é controlado pelos
aiatolás, líderes religiosos islâmicos, desde a Revolução
Islâmica, em 1979.
3 – Grandes vultos
da História da Igreja primitiva do início do primeiro Século:
3.1
- História de Platão: Biografia
de Platão. Platão (427-347 a.C.) foi um filósofo grego da antiguidade, considerado um dos principais
pensadores da história da
filosofia. Era (discípulo do filósofo Sócrates).
Sua filosofia é baseada na teoria de que o mundo que percebemos com nossos
sentidos é um mundo ilusório, confuso; As provas da existência de Deus em
Platão: O ateísmo é a maior heresia
dos tempos modernos. É, sem dúvida, por isso que, na afirmação de Pio XII, o
maior pecado do mundo de hoje consiste na perda da noção de pecado. É que,
banido Deus, desaparece automaticamente o verdadeiro conceito de pecado. Como
realisticamente escreveu Dostoievsky, sem Deus, esfuma-se o que eleva o homem
acima da categoria de animal; desaparece a lei moral, tudo se torna lícito, não
existe crise nem pecado. A vida de muitos ateus comprova tristemente a verdade
deste asserto. Simone de Beauvoir, tão brilhante escritora, como avariada
filósofa, responsável em boa parte pela dissolução dos costumes na juventude
francesa, confessa na sua autobiografia. Mémcnres d'une jeune filie rosngée,
que uma noite intimara Deus a que, se porventura existia, lhe desse uma prova.
Como Deus não lhe dera, virou-lhe as costas e não lhe dirigiu mais palavra. Diz
ela que passava muito bem sem Deus. Alberto Camus, a quem A. Pulovano chama o
mais popular e atraente ateu do século XX, declara também que há palavras que
nunca compreendera, tais como pecado (Sísifo) e em Queda afirma expressamente,
que Deus não é necessário para que exista o pecado ou o castigo. Se alguns,
como Jean-Paul Sartre — um dos ateus mais encarniçados — rejeitam a ideia de
Deus como ameaça para o valor supremo da liberdade, outros, como M. Heidegger,
repudiam Deus como objeto da Filosofia: a ideia de Deus só a pode ter o homem
numa experiência religiosa, não numa análise filosófica. Mas serão, porventura,
destituídos de força probatória os argumentos de ordem filosófica, que se
costumam aduzir em prova.
3.2 - Aristóteles: É considerado o criador do pensamento lógico.
Suas obras influenciaram também na teologia medieval da cristandade. Aristóteles foi viver em Atenas
aos 17 anos, onde conheceu Platão, tornando seu discípulo. Passou o ano de 343
a.C. como preceptor do imperador Alexandre, o Grande, da Macedônia; O Filósofo grego
Aristóteles nasceu em (384 a.C), na cidade antiga de Estágira, e morreu em (322
a.C. aos 62 anos). Seus pensamentos filosóficos e ideias sobre a humanidade tem
influências significativas na educação e no pensamento ocidental contemporâneo.
Aristóteles é considerado o criador do pensamento lógico. Suas obras
influenciaram também na teologia medieval da cristandade; Aristóteles, objeto próprio da teologia é o primeiro motor
imóvel, ato puro, o pensamento do pensamento, isto é, Deus, a
quem Aristóteles chega através de uma sólida demonstração, baseada
sobre a imediata experiência, indiscutível, realidade do vir-a-ser, da passagem
da potência ao ato; Aristóteles pensamento filosófico: Foi viver em Atenas aos
17 anos, onde conheceu (Platão, tornando seu discípulo).
Passou o ano de 343
a.C. como preceptor do imperador Alexandre, o Grande, da Macedônia. Fundou em
Atenas, no ano de 335 a.C., a Escola Liceu (depois se transformou na Escola
Peripatética), voltada para o estudo das ciências naturais. Seus estudos
filosóficos baseavam-se em experimentações para comprovar fenômenos da
natureza. O filósofo valorizava a inteligência humana, única forma de alcançar
a verdade. Fez escola e seus pensamentos foram seguidos e propagados pelos
discípulos. Pensou e escreveu sobre diversas áreas do conhecimento: política,
lógica, moral, ética, teologia, pedagogia, metafísica, didática, poética,
retórica, física, antropologia, psicologia e biologia. Publicou muitas obras de
cunho didático, principalmente para o público geral. Valorizava a educação e a
considerava uma das formas crescimento intelectual e humano. Sua grande obra é
o livro Organon, que reúne grande parte de seus pensamentos.
O Primeiro motor, a resposta de Aristóteles a tais
indagações é que deve haver um (Primeiro Motor, um Motor Imóvel), um ser
incorpóreo, imaterial, perfeito e eterno Deus, ou Bem Supremo. O Deus da metafísica
aristotélica, (Motor não Movido ou Causa
não Criada de todo movimento), já foi comparado, por exemplo, à Energia
Primeira dos cientistas, à Energia Mística da física e da filosofia modernas,
ao Actus Purus (Ato Puro) da Escolástica, e até ao rei inglês ou roi-fainéant
(reina, mas não governa). Como fecho deste artigo, deixo aqui esta breve
citação extraída dos escritos metafísicos de Aristóteles (séc. IV a.C.): Nenhuma realidade tem valor,
nem mesmo existência verdadeira, senão pela participação no Bem Supremo. Todos
os seres têm, assim, algo de divino.
3.3 - Santo Agostinho: (354-430 d.C.). Aurélio Agostinho
nasceu no ano de 354, na cidade de Tagaste de Numídia, província romana ao
norte da África, atual região da Argélia. Agostinho iniciou seus estudos em sua
cidade natal, seguindo depois para Cartago. Ensinou retórica e gramática, tanto
no Norte da África como na Itália. Ficou conhecido como o filósofo e teólogo de
Hipona. Polemista capaz, pregador de talento, administrador episcopal
competente e teólogo notável, criou uma filosofia cristã da história que
continua válida até hoje em sua essência. Inspirado no tratado filosófico
denominado Hortensius, de Cícero, converteu-se em ardoroso pesquisador da
verdade, abraçando o maniqueísmo. Com vinte anos, perdeu o pai e tornou-se o
responsável pelo sustento da família. Ao resolver que iria para Roma, sua mãe
foi contra, então teve de enganá-la na hora da viagem. De Roma, foi para Milão,
onde novamente passou a lecionar retórica. Influenciado pelos estóicos, por
Platão e pelo neoplatonismo, também estava entre os adeptos do ceticismo. Em
Milão, porém, conheceu Ambrósio, que o converteu ao cristianismo. Depois disso,
voltou ao norte da África, onde foi ordenado sacerdote e, mais tarde,
consagrado bispo de Hipona. Combateu a heresia maniqueísta que antes defendia e
participou de dois grandes conflitos religiosos: o Donatismo e o Pelagianismo.
Sua obra mais conhecida é a autobiografia Confissões, escrita, possivelmente,
no ano 400. Em A cidade de Deus (413-426) formulou uma filosofia teológica da
história.
3.4 - Santo Anselmo: Pai da (Escolástica), Anselmo acreditava na capacidade da razão para
investigar os mistérios divinos e propunha a prova ontológica da existência de
Deus: se temos a ideia de um ser perfeito e se a perfeição absoluta existe, o
ser perfeito logo existe. Para ele, todas as verdades cristãs eram
filosoficamente demonstráveis. Ele acreditava na capacidade da (Fé e da razão) para investigar os
mistérios divinos e propunha a prova ontológica da existência de Deus; se
temos a ideia de um ser perfeito e se a perfeição absoluta existe, o ser
perfeito logo existe. Para ele, todas as verdades cristãs eram filosoficamente
demonstráveis; Anselmo de Cantuária, conhecido também como Anselmo de
Aosta por conta de sua cidade natal e Anselmo de Bec por causa
da localização de seu mosteiro, foi um monge beneditino, filósofo e prelado da Igreja que foi arcebispo
de Cantuária entre 1093 e
1109. Chamado de (Fundador do Escolasticismo). Anselmo exerceu enorme influência
sobre a teologia ocidental e é famoso principalmente por ter criado o argumento
ontológico para a existência
de Deus e a visão da satisfação sobre a teoria da
expiação; Escolástica
Escolastiquíssimo ou Filosofia Escolástica, é um método ocidental de pensamento
crítico e de aprendizagem, com origem nas escolas monásticas cristãs, que
concilia a fé cristã com um sistema de pensamento racional, especialmente o da
(Filosofia Grega); O termo Escolástica refere-se à
produção filosófica que aconteceu na Idade Média. Com a Patrística, vertente anterior
da Filosofia Medieval, a Escolástica está.
3.5 - Fé e Razão na Filosofia: Na cultura ocidental, o embate e o
antagonismo existente entre a fé (crença religiosa) e
a razão tornaram-se claros desde períodos muito antigos. A Filosofia
marca o conflito entre a razão e a fé quando tenta explicar
racionalmente os fenômenos, tais como os mitos, recusando a fé cega;
Credo ut intelligam. Credo ut intelligam ou Credo ut intellegam é uma frase em
latim que significa Acredito para que possa entender. É uma máxima da
doutrina de Anselmo de Cantuária baseada numa outra de Santo Agostinho (crede,
ut intelligas creia para que possa entender) utilizada para relacionar (Fé
e Razão).
3.6
- História de Sócrates: Sócrates nasceu
em Atenas, provavelmente no ano de (470 a.C.), e tornou-se um dos principais
pensadores da Grécia Antiga. Podemos afirmar que Sócrates fundou o que conhecemos hoje por filosofia
ocidental. Através da palavra, o filósofo tentava levar o conhecimento sobre as
coisas do mundo e do ser humano;
Sócrates acreditava no seu Deus interior
e por isso foi julgado e condenado a morte. Mileto fez três acusações
contra Sócrates, uma
delas ela referente a ele não acreditar nos Deuses de Atenas e acreditar em
outros Deuses, isso levou a sua morte, sendo julgado e condenado. Ele viveu aproximadamente (470 e 399
a.C). Não deixou nada escrito: o que hoje conhecemos como sendo parte de sua
obra, o conhecemos por intermédio principalmente dos diálogos de seu discípulo
mais famoso, Platão. Desenvolveu o processo pedagógico
denominado maiêutica, uma obstetrícia do espírito que, por meio de
perguntas e respostas, tinha por objetivo a parturição das ideias.
3.7 - Sócrates cria na imortalidade
da alma: Foi autor de
célebres frases que fazem parte do inconsciente coletivo da humanidade, dentre
elas (só sei que nada sei e conhece-te a ti mesmo). O que nem todo mundo sabe é
que, uma das causas de sua condenação foi o fato de que se negava a crer nos
vários deuses do Olimpo, refutando assim o politeísmo grego. Dessa maneira, foi
julgado e condenado a ingerir suco de cicuta (espécie de veneno) sob a acusação
de ateísmo e de estar pervertendo os jovens atenienses com suas ideias
subversivas.
3.8 - Sócrates não era ateu: Ele cria num deus que, conquanto não
estivesse dentre a infinidade de deuses de sua época, era indescritível. Estava
acima de todos os demais. Era o único verdadeiro, digno de admiração. Embora
não soubesse quem era esse Deus verdadeiro, sabia que nenhum dos demais cridos
na sua época o eram. Nos vem à mente com essa informação o episódio narrado em
Atos 17, onde Paulo se depara com um altar destinado ao Deus desconhecido.
Aproveitando-se da oportunidade, o apóstolo dos gentios explica aos atenienses
que aquele, que honravam não conhecendo, era o que ele anunciava: Entendo que
era nesse Deus que Sócrates cria. Mas não o conhecia. O filósofo cria no Grande
Eu Sou. Só não sabia que, conforme as Escrituras que provavelmente também não
conhecia, Aquele Deus estava prestes a se revelar em Sua Plenitude por intermédio
de Jesus Cristo para trazer a salvação à humanidade.
3.9 - História de Parmênides: Foi um filósofo grego da
Antiguidade, o primeiro pensador a discutir questões relativas ao (Ser). Foi um
dos três mais importantes filósofos da escola eleática, junto com Xenófanes e
Zenão. Parmênides ou Parmênides de Eleia nasceu na colônia grega
de Eleia, no litoral sudoeste da atual Itália, na Magna Grécia. (Frase: O ser é
e o não ser não é). Xenófanes de Cólofon de (570 a 475
a.C). Acredita-se que tenha passado algum tempo na Sicília e também em
Eleia. As coisas, era o Um. E de acordo com Teofrasto, uma das fórmulas
contidas nos ensinamentos de Xenófanes era: (Tudo é o Um e o Um
é Deus); Os gregos antigos concebiam os seus deuses como figuras humanas.
Outro ponto que Xenófanes criticava na religião grega e que está
diretamente relacionado à sua filosofia cosmológica, é o politeísmo. O
filósofo acreditava que não poderia haver uma multiplicidade de
deuses componentes do universo, pois esse era uno.
3.10
- Xenófanes: Nasceu em 570 a.C. na cidade de Cólofon (atual
Turquia), na Jônia, na região da Ásia menor. Passou a viver sua vida na
Sicília, quando os Persas invadiram a Grécia. Xenófanes foi (Mestre
de Parmênides de Eleia), um dos mais importantes filósofos da filosofia antiga.
Xenófanes de Cólofon de (570 a 475 a.C). É a primeira pessoa conhecida a
utilizar a observação de fósseis como evidência para a teoria
da história da Terra. Aristóteles em seu livro Metafísica,
nos relata: Pois Parmênides parece referir-se ao um segundo o conceito. A sua
concepção filosófica destaca-se pelo combate ao Antropomorfismo, afirmando que se
os animais tivessem o dom da pintura, representariam os seus deuses em forma de
animais, ou seja, à sua própria imagem. As suas críticas à religião não tinham
como objetivo um ataque pleno à dita mas, dar ao divino uma pura e elevada
ideia: o (verdadeiro deus é único), com poder absoluto, clarividência perfeita,
justiça infalível, majestade imóvel que em pouco se assemelha aos deuses
homéricos sempre a deambular pelo mundo sob o império das paixões, ou seja, (só
existe um deus único, em nada semelhante aos homens, que é eterno, não-gerado,
imóvel e puro); Ele defendeu a
Unidade de Deus: O qual seria a essência de todas as coisas.
Segundo ele, Deus era um ser perfeito, absoluto, superior e
diferente dos homens, argumentando que ele era (abstrato e não
possuía formas humanas. Xenófanes não conseguia acreditar na ideia de
proximidade entre Deus e o homem).
3.11 - Tales de Mileto: Foi o primeiro filósofo do
Ocidente. Nasceu na cidade de Mileto, aproximadamente no ano 625 a.C. Essa
cidade ficava na região da Jônia, localizada na Ásia Menor. A Escola Jônica, a
que Tales pertencia, era composta por Tales e outros
filósofos da Jônia, como Anaximandro e Anaxímenes; Tales de Mileto, foi um
filósofo, matemático, engenheiro, homem de negócios e astrônomo da Grécia
Antiga, de ascendência fenícia, nasceu em Mileto, antiga colônia grega, na Ásia
Menor, atual Turquia. Era apontado como um dos sete sábios da Grécia Antiga.
3.12 - Martinho Lutero: (1483-1546 d.C.) foi um
sacerdote católico alemão, o principal personagem da Reforma Protestante
realizada na Europa no século XVI, que contestava o poderio da Igreja Católica,
o comércio de cargos eclesiásticos, a venda de dispensas, de indulgências e de
relíquias sagradas; Foi um monge agostiniano e professor de teologia
germânico que tornou-se uma das figuras centrais da Reforma Protestante
teologia.
3.13 – Voltaire: (François-Marie
Arouet), de (1694-1778), foi um filósofo e escritor
francês, um dos grandes representantes do Movimento Iluminista na França. Foi também ensaísta, poeta,
dramaturgo e historiador. Voltaire,
pseudônimo literário de François Marie Arouet, nasceu em Paris, França, no dia
21 de novembro de 1694; É um filósofo deísta, ou seja, admite
a existência de Deus, mas nega a qualquer igreja o direito de ser o seu
representante. Defende o que ele chama de religião natural e
vê Deus como um ser distante do mundo, responsável somente pela sua
criação e que não interfere na história dos homens.
3.14 - Leonardo Boff: (1938) é um teólogo, escritor e professor
brasileiro, um dos maiores representantes da Teologia da Libertação, corrente
progressista da Igreja Católica. Doutorou-se em Filosofia e Teologia pela
Universidade de Munique, na Alemanha, em 1970; Boff vê a Igreja como o Povo de Deus na aventura da humanidade comprometido com os pobres e
organizado em comunidades eclesiais de base. Boff é um crítico das estruturas eclesiásticas de dominação
da Igreja Católica Romana que supervalorizariam a instituição, a doutrina, os
dogmas, os ritos, o clero e os sacramentos.
3.15 - Os chamados pais da Igreja
primitiva: Os primeiros
fundadores da Igreja Católica Apostólica Romana que
também eram conhecidos pelos mesmos como
Padres Apostólicos ou mesmo Pais da Igreja (dentro de duas
gerações após os Apóstolos de Cristo), são normalmente chamados de Padres.
Incluem Clemente de Roma, Inácio de Antioquia e Policarpo de Esmirna; Os pais
Apostólicos: O nome pais apostólicos tem sua origem na Igreja do Ocidente do (Século
II). São chamados de pais apostólicos os homens que tiveram contato direto com
os apóstolos ou, então, foram citados por alguns deles. Destacam-se entre os
indivíduos que regularmente recebem esse título, (Clemente de Roma, Inácio e
Policarpo), principalmente este último, pois existem evidências precisas de que
ele teve contato direto com os apóstolos.
3.16 - Clemente de Roma: (30-100). Várias hipóteses já foram
levantadas sobre Clemente para identificá-lo. Para alguns, ele pertencia à
família real. Para outros, ele era colaborador do apóstolo Paulo. Outros ainda
sugeriram que ele escreveu a carta aos Hebreus. Em verdade, as informações a
respeito de Clemente de Roma vão desde lendárias a testemunhas fidedignas.
Alguns pais, como Orígenes, Eusébio de Cesaréia, Jerônimo, Irineu de Lião,
entre outros, aceitaram como verdadeira a identificação de Clemente de Roma como
colaborador do apóstolo Paulo. A
principal obra de Clemente de Roma é uma carta redigida em grego, endereçada
aos crentes da cidade de Corinto, mais ou menos no final do reinado de
Domiciano (81-96) ou no começo do reino de Nerva (96-98). A epístola trata,
principalmente, da ordem e da paz na Igreja. Seu conteúdo traz à tona o fato de
os crentes formarem um corpo em Cristo, logo deve reinar nesse corpo a unidade,
e não a desordem, pois Deus deseja a ordem em suas alianças. Traz, ainda, a
analogia da adoração ordeira do Antigo Israel e do princípio apostólico de
apontar uma continuidade de homens de boa reputação.
3.17 - Santo Irineu: De (130-200), nascido no ano 130, em
Esmirna, na Ásia Menor (Turquia), e filho de uma família cristã, Irineu era
grego e foi influenciado pela pregação de Policarpo, bispo daquela cidade. Anos
depois, Irineu mudou-se para Gália (atual sul da França), para a cidade de
Lyon, onde foi presbítero no lugar do bispo que havia sido martirizado em 177
d.C. Além da pregação de Policarpo, Irineu recebeu influência de Justino, cujo
ministério foi um elo entre a teologia grega e a latina, atuando, no início,
junto com um de seus contemporâneos, Tertuliano. Enquanto Justino era
primariamente um apologista, Irineu contribuiu na refutação contra as heresias
e na exposição do cristianismo apostólico. Sua maior obra foi desenvolvida no
campo da literatura (Polêmica contra o gnosticismo); A sua morte: por volta de
(202 d.C.), quando da perseguição movida pelo imperador romano Septímio Severo
ou nas mãos de hereges. Foi enterrado sob a igreja de São João em Lyon,
posteriormente renomeada Santo Ireneu em sua homenagem. Porém, o túmulo e seus
restos foram completamente destruídos em 1562 pelos huguenotes.
3.18 - Tertuliano de Cartago: (150-230). Nasceu por volta de 150
d.C., em Cartago (cidade ao nordeste da África), onde provavelmente passou toda
a sua vida, embora alguns estudiosos afirmem que ele morasse em Roma. Por
profissão, sabe-se que era advogado. Fazia visitas com frequência a Roma, sendo
que, aos 40 anos, se converteu ao cristianismo, dedicando seus conhecimentos e
habilidades jurídicas ao esclarecimento da fé cristã ortodoxa contra os pagãos
e os hereges. Foi o pai das doutrinas ortodoxas da Trindade e da pessoa de
Jesus Cristo. Suas doutrinas a respeito da Trindade e da pessoa de Cristo foram
forjadas no calor da controvérsia com Práxeas que, segundo Tertuliano, sustenta
que existe um só Senhor, o Todo-Poderoso criador do mundo, apenas para poder
elaborar uma heresia com a doutrina da unidade. Ele afirma que o próprio Pai
desceu para dentro da virgem, que Ele mesmo nasceu dela, que Ele mesmo sofreu e
que, realmente, era o próprio Jesus Cristo. Tertuliano foi o primeiro teólogo
cristão a confrontar e a rejeitar com grande vigor e clareza intelectual essa
visão aparentemente singela da Trindade e da unidade de Deus. Ele declarou que
se esse conceito fosse verdade, então o Pai tinha morrido na cruz, e isso, além
de ser impróprio para o Pai, é absurdo.
3.19 - Santo Eusébio de Cesáreia: (265-339). Incentivado por
Constantino, Eusébio fez a narração da primeira história do cristianismo,
coroando-a com a sua imperial adesão a Cristo. A ortodoxia era apenas uma das
várias formas de cristianismo, durante o século III, e pode só ter se tornado
dominante no tempo de Eusébio (JOHNSON, 2001: 69). Cesaréia: Fundada pelo rei
Herodes no século I a.C. em um porto comercial fenício e grego denominado Torre
de Straton, Cesaréia foi assim denominada pelo monarca em homenagem ao
imperador romano César Augusto. A cidade foi detalhadamente descrita pelo
historiador judeu Flávio Josefo.6 Era uma cidade murada, com o maior porto na
costa oriental do Mediterrâneo chamado Sebastos, nome grego do imperador
Augusto.
3.20 - São Jerônimo: (325-378). Erudito das Escrituras e
tradutor da Bíblia para o latim. Sua tradução, conhecida como a Vulgata, ou
Bíblia do Povo, foi amplamente utilizada nos séculos posteriores como compêndio
para o estudo da língua latina, assim como para o estudo das Escrituras.
Nascido por volta do ano 345 em Aquiléia (Veneza), extremo norte do Mar
Adriático, na Itália, Jerônimo passou a maior parte da sua juventude em Roma,
estudando línguas e filosofia. Apesar de a história não relatar pormenores de
sua conversão, sabe-se, porém, que ele foi batizado quando tinha entre 19 e 20
anos. Depois disso, ele embarcou em uma peregrinação pelo Império que levou
vinte anos.
3.21 - João Calvino: Foi um teólogo cristão francês, aos
14 anos foi estudar em Paris preparando-se para entrar na universidade. Estudou
gramática, filosofia, retórica, lógica, aritmética, geometria, astronomia e
música. Em 1523 foi estudar no famoso Colégio Montaigu; João
Calvino (1509-1564) foi um teólogo, líder religioso e escritor francês.
Foi o pai do (Calvinismo reforma
protestante) que impôs hábitos austeros e puritanos aos seus seguidores e
que se espalhou por vários países da Europa Ocidental. Ainda adolescente foi
enviado para a Universidade de Paris para estudar Teologia; Portanto, a forma
de protestantismo que ele ensinou e viveu é conhecida por alguns pelo
nome calvinismo, padre, enveredaria pelo estudo do direito,
mas acreditava que Deus o havia trazido de novo ao caminho
da Teologia.
3.22 - São Crisóstomo: (aprox. 344-407). Criado em
Antioquia, seus grandes dotes de graça e eloquência, como pregador, levaram-no
a ser chamado a Constantinopla, onde se tornou patriarca (ou arcebispo). Como
os outros apologistas, harmonizou o ensinamento cristão com a erudição grega,
dando novos significados cristãos a antigos termos filosóficos, como a
caridade. Em seus sermões, defendia uma moralidade que não fizesse qualquer
transigência com a conveniência e a paixão, e uma caridade que conduzisse todos
os cristãos a uma vida apostólica de devoção e de pobreza comunal. Essa piedosa
mensagem, entretanto, tornou-o impopular na corte imperial, e também entre
alguns membros do clero de Constantinopla, Por isso acabou sendo banido e
morreu no exílio.
3.23 - São Tomás de Aquino: Foi um padre católico e
discípulo do grande escolástico Alberto Magno. Ele auxiliou na reintrodução
da filosofia aristotélica no pensamento europeu e atualizou
a Teologia Cristã junto à Filosofia
Medieval, tendo escrito sobre
os conflitos entre (Fé e Razão)
existentes no período; Tomás de Aquino é
o maior representante da Escolástica, pensamento
desenvolvido em um momento de expansão e grande domínio católico na Europa.
Havia, no século XIII, uma iminente necessidade de formação de novos líderes religiosos, o
que impulsionou a formação de escolas e universidades cristãs para a formação
de novos sacerdotes para a Idade Média. As universidades mais antigas
do mundo datam dessa época. Tomás de Aquino formou-se e lecionou em universidades cristãs desse período. Suas
principais influências são, de um lado, Platão e Santo
Agostinho (que pode ser
considerado um neoplatônico) e, de outro, Alberto Magno e Aristóteles que representa o pensamento
filosófico grego dominante durante a Escolástica.
3.24 - Santo Ambrósio: Aurélio Ambrósio – 340 (4 de abril de 397), mais conhecido como Ambrósio,
foi um arcebispo
de Mediolano (moderna Milão) que se tornou um dos mais
influentes membros do clero no século IV. Ele era prefeito
consular da Ligúria e Emília, cuja capital era Mediolano, antes de tornar-se bispo da cidade por aclamação popular
em 374. Ambrósio era um fervoroso (adversário do arianismo). Ambrósio é um dos quatro doutores da
Igreja originais e é
notável por sua influência sobre o pensamento de Santo
Agostinho.
3.25 - Atanásio de Alexandria: Foi um teólogo cristão, um dos
padres da Igreja, um defensor do trinitarismo contra o arianismo e um líder da
comunidade de Alexandria no século IV. O conflito contra Ário e seus
seguidores, apoiados muitas vezes pela corte em Roma, moldou a carreira
de Atanásio.
3.26 - História
Eclesiástica Eusébio: Eusébio
de Cesárea foi uma obra
pioneira do século IV por tratar de um relato cronológico do
desenvolvimento do cristianismo
primitivo entre
o século I e IV. Ela foi escrita em grego koiné e sobreviveu também em
manuscritos em latim, siríaco e armênio. O resultado foi a primeira
narrativa extensiva escrita de um ponto de vista cristão. No início
do século V, dois defensores em Constantinopla, Sócrates
Escolástico e Sozomeno, assim como um bispo, Teodoreto de Cirro, na província
romana da Síria, escreveram continuações da história eclesiástica de
Eusébio, estabelecendo uma convenção de continuadores que iria determinar de
maneira significativa a forma como a história seria
escrita por pelo menos
um milênio. Uma outra obra de Eusébio, a Crônica, que tentou apresentar uma linha do
tempo comparativa entre as histórias pagã e do Antigo Testamento, também fundou
um modelo historiográfico, a crônica medieaval ou história
universal. Eusébio tinha acesso à biblioteca Teológica de Cesárea
Marítima e fez uso de
muitos documentos eclesiásticos, atos de mártires, cartas, extratos de autores
cristãos anteriores, listas de bispos e fontes similares, muitas vezes citando
extensamente os originais, de modo que a sua obra acabou por preservar muitos
originais que não sobreviveram até nossos dias. Como exemplo, ele cita
que Mateus compôs o Evangelho
dos Hebreus e seu catálogo
da Igreja sugere que ele teria sido o único Evangelho Judaico. É, portanto, de valor histórico,
embora ele jamais tenha pretendido ser nem completo e nem observar
imparcialidade no tratamento de seus objetivos. Ele sequer pretende apresentar
uma visão conectada e sistemática da história da igreja primitiva. Ela é
portanto uma vingança da religião cristã, embora o autor jamais tenha
pretendido assim. Eusébio foi muitas vezes acusado de falsificar
intencionalmente a verdade, pois ele jamais foi totalmente imparcial em seu
julgamento das pessoas ou dos fatos.
4
– Os Mártires da Fé:
4.1 - Policarpo: (69-159 d.C.): Sobre sua infância,
família e formação, não temos informações precisas, contudo há documentos
históricos sobre ele. Graças a alguns testemunhos fidedignos, podemos
reconstruir sua personalidade. Foi discípulo do apóstolo João, amigo e mestre
de Irineu, tendo ainda conhecido Inácio, sendo consagrado bispo da igreja de
Esmirna. Quanto aos seus escritos, o único que restou desse antigo pai da
igreja foi a sua epístola aos filipenses, exortando-os a uma vida virtuosa de
boas obras e a permanecerem firmes na fé em nosso Senhor Jesus Cristo. Seu
estilo é informal, com muitas citações do Velho e do Novo Testamentos. Faz,
ainda, 34 citações do apóstolo Paulo, evidenciando que conhecia bem a carta
desse apóstolo aos filipenses, entre outras epístolas de Paulo. Há, também, os
depoimentos de Eusébio e Irineu 5, relatando a intimidade de Policarpo com
testemunhas oculares do evangelho. Segundo Tertuliano, Policarpo teria sido
ordenado bispo pelas mãos do próprio apóstolo João; (Martírio de Policarpo: O
martírio de Policarpo é descrito um ano depois de sua morte), em uma carta
enviada pela Igreja de Esmirna à Igreja de Filomélio. Esse registro é o mais
antigo martirológio cristão existente. Diz a história que o procônsul romano,
Antonino Pius, e as autoridades civis tentaram persuadi-lo a abandonar sua fé,
quando já avançado em idade, para que pudesse alcançar a liberdade. Ele,
entretanto, respondeu com autoridade: Eu tenho servido a Cristo por 86 anos e
ele nunca me fez nada de mal. Como posso blasfemar contra meu Rei que me
salvou? Eu sou um crente.
4.2
- Inácio de Antioquia: (117 d.C.). Mesmo sendo de Antioquia, seu nome,
Inácio, deriva-se do latim. Nascido. Conforme seu nome sugere, Inácio era um
homem nascido do fogo, ardente, apaixonado por Cristo. Segundo Eusébio, após a
morte de Evódio, que teria sido o primeiro bispo de Antioquia, Inácio fora
nomeado o segundo bispo dessa influente cidade. Inácio escreveu algumas
epístolas às igrejas asiáticas: A igreja de Éfeso, às igrejas de Magnésia,
situada no Meander, à igreja de Trales, às igrejas de Filadélfia e Esmirna e,
por fim, à igreja de Roma. O objetivo da carta a Roma era solicitar que os
irmãos (não impedissem seu martírio),
o que aconteceria durante o reinado de Trajano (98-117 d.C). Antioquia. Foi
fundada por volta do ano (300 a.C), por Seleuco Nicátor, com o nome de Antiokkeia,
(cidade de Antíoco). Tornou-se capital do império selêucida e grande centro do
Oriente helenístico. Conquistada pelos romanos por volta do ano 64 a.C.,
conservou seu estatuto de cidade livre e foi a terceira cidade do Império
depois de Roma e Alexandria (no Egito), chegando a abrigar 500 mil habitantes.
Evangelizada pelos apóstolos Pedro, Paulo e Barnabé, tornou-se metrópole
religiosa, sede de um patriarcado e centro de numerosas controvérsias, entre
elas o arianismo, o monofisismo, o nestorianismo. Era considerada a igreja-mãe
do Oriente; A Morte - Foi preso por ordem do imperador Trajano (98–117 d.C.), e condenado
a ser lançado aos leões no Coliseu em Roma, as autoridades romanas esperavam
fazer dele um exemplo e, assim, desencorajar o cristianismo, porém sua viagem a Roma
ofereceu-lhe a oportunidade de conhecer e ensinar os conceitos cristãos, e no
seu percurso, Inácio escreveu seis cartas para as igrejas da região e uma para
um colega bispo, Policarpo. Ao falar sobre sua execução, Inácio
disse a famosa expressão: (Trigo de
Cristo, moído nos dentes das feras. E na iminência do martírio prometeu aos cristãos que mesmo depois da morte continuaria a orar
por eles junto de Deus).
4.3 - A Morte de Inácio: Santo Inácio de Antioquia chegou a Roma no último dia
dos jogos que aconteciam no Coliseu. Lá, foi jogado às feras, como pedira.
Antes de morrer, testemunhou sua fé dizendo a todos não ter medo da morte
porque Jesus Cristo tinha alcançado para ele a vida eterna. Aos romanos, ele
escreveu: (Deixai-me ser alimento
das feras, pelas quais me será dado desfrutar a Deus. Eu sou o trigo de Deus: é
preciso que ele seja triturado pelos dentes das feras a fim de ser considerado
puro pão de Cristo). Assim, diante de um Coliseu lotado de cruéis
espectadores, Santo Inácio de Antioquia foi dilacerado e devorado pelos leões.
Uma tradição diz que em seu coração encontraram escrito o nome de Jesus. Seus
restos mortais foram levados para Antioquia e colocados num sepulcro às portas
da cidade. Ali, são venerados até hoje, na atual Antakya, Turquia.
4.4
- Justino, o Mártir: (100-170). Flávio Justino Mártir nasceu em Siquém, na
Palestina, no início do segundo século e morreu mártir no ano 170. Depois de
peregrinar pelas mais diversas escolas filosóficas (peripatética, estóica e
pitagórica) em busca da verdade para a solução do problema da vida, abandonou o
platonismo, último estágio de sua peregrinação filosófica. O amor à verdade fez
que ele rejeitasse, pouco a pouco, os sistemas filosóficos pagãos e se
convertesse ao cristianismo. Em sua época, foi o mais ilustre defensor das
verdades cristãs contra os preconceitos pagãos. Embora leigo, é considerado o
primeiro pai apologista da Igreja, logo depois dos primitivos pais apostólicos,
pois dedicou sua vida à difusão e ao ensino do cristianismo. Em Roma, abriu uma
escola para o ensino da doutrina cristã e, ainda nessa cidade, dedicou-se ao
apostolado, especialmente nos meios cultos, onde se movimentava com
desembaraço. Escreveu muitas obras, mas somente três chegaram até nós: duas
apologias contra os pagãos e um diálogo com o judeu Tarifam. (Foi açoitado e, depois, decapitado).
4.5
- São Cipriano: (200-258). Tharsius Caecilius Cyprianus. Converteu-se
em 246 d.C. e, três anos depois, foi nomeado bispo de Cartago, no norte da
África. Durante dez anos, conduziu seu rebanho sob a perseguição do imperador
Décio, uma das mais cruéis. Foi também o grande sustentáculo moral e espiritual
da cidade de Cartago no período em que esta foi atacada por uma epidemia. Além
disso, escreveu e batalhou pela unidade da Igreja. Seu nome está ligado a uma
grande controvérsia a respeito do batismo e da ordenação efetuada por hereges.
No entender de Cipriano, essas cerimônias não valiam, pelo fato de os
oficiantes estarem em desacordo com a ortodoxia. Assim, deveriam ser
rebatizados e reordenados todos os que entrassem pela verdadeira Igreja.
Estêvão, bispo de Roma, discordou com ele e isso gerou um cisma, uma vez que
Cipriano, além de rejeitar a autoridade do bispo romano, convocou um concílio
no norte da África para resolver a questão. Seus escritos consistem em tratados
de caráter pastoral e de cartas, 82 ao todo, das quais 14 eram dirigidas a ele
mesmo e as restantes tratavam de questões de sua época. Como mártir, morreu
decapitado em 14 de setembro de 258 d.C, durante a perseguição do imperador
Valeriano; (A Morte de São Cipriano - Ele
Morreu degolado), condenado por Deocleciano, que era contra as
maravilhas operadas por Cipriano em nome da fé em Jesus Cristo. No
entanto, antes de ser degolado, Cipriano teve suas carnes despedaçadas por
um pente de ferro, e ainda jogado numa caldeira cheia de breu, banha e
cera, a ferver. Tudo porque Cipriano não renunciava a sua fé em Deus e nem
mesmo as torturas abalavam a sua convicção em Jesus Cristo. Não conseguiram nem
mesmo arrancar um só gemido do mártir, pelo contrário, seu rosto era iluminado
por um sorriso de prazer e satisfação.
5. a Igreja Católica (não foi fundada por Constantino):
5.1 - Constantino I - Também conhecido como (Constantino Magno
ou Constantino, o Grande), em latim: Flavius Valerius Constantinus; Naísso,
272- (22 de Maio de 337), foi um imperador romano, proclamado Augusto
pelas suas tropas em 25 de julho de 306, que governou uma porção crescente do
Império Romano até a sua morte. O imperador Constantino, também conhecido como
Constantino Magno (O Grande) ou Constantino I, nasceu em 274 e faleceu em 337,
foi imperador durante 31 anos: de 306 a 337. Era filho de Constâncio Cloro e
Helena, uma cristã que se tornou Santa Helena. Casou-se com Faustina, filha de
Maximiliano Hércules; No início século quarto, o cristianismo já estava
espalhado por quase todo o mundo, penetrando até na classe nobre e era muito
perseguido pelos imperadores que tentavam a todo custo, com o poder das armas
destruir o poder da fé, mas não conseguiam. Após a morte do imperador Galério o
poder ficou dividido entre Maxênico que se intitulou imperador; e Constantino,
aclamado como imperador pelos soldados. Os dois ambicionavam pelo poder
absoluto, tal luta se encerrou no dia 28 de outubro de 312, com a vitória de
Constantino junto à Ponte Mílvia. Ocorre que Constantino viu no céu uma cruz
com a inscrição In hoc signo vinces. Com este sinal vencerás este foi um marco
para sua conversão, que não se deu de uma hora para outra, foi batizado somente
em 337, no fim de sua vida; Em 313 deu liberdade de culto aos cristãos com o
chamado Edito de Milão: Havemos por bem anular por completo todas as restrições
contidas em decretos anteriores, acerca dos cristãos restrições odiosas e
indignas de nossa clemência e de dar total liberdade aos que quiserem praticar
a religião cristã. Era Papa Melcíades, que se tornou São Melcíades, o 32º Papa,
tendo Pedro como o 1º. Assim não há que se falar que Constantino é o fundador
da Igreja de Cristo, ele apenas deu liberdade aos cristãos, acabando com dois
séculos e meio de perseguição e martírio.
5.2 - Hinduísmo: É caracterizado pela crença na
reencarnação (samsara), determinada pela lei do karma (karma), e que a salvação
é a liberdade deste ciclo de sucessivos nascimentos e mortes; outras religiões
da região, no entanto, como o budismo e o jainismo, também acreditam
nisto, mesmo estando fora do escopo; Hinduísmo é uma tradição
religiosa que se
originou no subcontinente
indiano. É frequentemente
chamado de Sanātana Dharma pelos seus praticantes, frase em sânscrito que significa a eterna
(perpétua) darma (lei). Num sentido mais abrangente,
o hinduísmo engloba o bramanismo, isto é, a crença na Alma Universal, Brâman; num sentido mais específico, o
termo se refere ao mundo cultural e religioso, ordenado por castas, da Índia pós-budista. De acordo com o
livro História das Grandes Religiões, o hinduísmo é um estado de espírito, uma
atitude mental dentro de seu quadro peculiar, socialmente dividido,
teologicamente sem crença, desprovido de veneração em conjunto e de
formalidades eclesiásticas ou de congregação: e ainda substitui o nacionalismo. Entre
as suas raízes está a religião
védica da Idade
do Ferro na Índia e, como tal, o hinduísmo é citado frequentemente como a religião
mais antiga a mais antiga tradição viva ou a mais antiga das principais
tradições existentes; É formado por
diferentes tradições e composto por diversos tipos, e não possui um fundador. Estes
tipos de sub-tradições e denominações, quando somadas, fazem do (hinduísmo a
terceira maior religião, depois do cristianismo e do islamismo), com aproximadamente um bilhão de
fiéis, dos quais cerca de 905 milhões vivem na Índia e no Nepal. Outros países com populações
significativas de hinduístas são Bangladesh, Sri Lanka, Paquistão, Malásia, Singapura, ilhas Maurício, Fiji, Suriname, Guiana, Trindade e
Tobago, Reino Unido, Canadá e Estados Unidos. Religião indiana criada no VI a.C.
em ruptura com a tradição védica e o hinduísmo, fundamentada na ideia do ainsa (rejeição
à violência).
5.3 - Jainismo: É uma das religiões mais antigas da
Índia, juntamente com o hinduísmo e o budismo, compartilhando com este último a
ausência de um Deus como criador ou figura central da religião.
5.4 - Islão ou islã ou islamismo: É uma religião abraâmica monoteísta
articulada pelo Alcorão, um texto considerado pelos seus seguidores como a
palavra literal de Deus, e pelos ensinamentos e exemplos normativos de Maomé,
considerado pelos fiéis como o último profeta de Deus. Um adepto do islão é
chamado muçulmano.
5.5 - Muçulmanos: Acreditam que Deus é único e
incomparável e o propósito da
existência é adorá-lo. Eles também acreditam que o
islão é a versão completa e universal de uma fé primordial que foi revelada em
muitas épocas e lugares anteriores, incluindo por meio de Abraão, Moisés e Jesus, que eles consideram profetas. Os seguidores do islão afirmam
que as mensagens e revelações anteriores foram parcialmente alteradas ou
corrompidas ao longo do
tempo, mas consideram o Alcorão (ou Corão) como uma versão inalterada da
revelação final de Deus. Os conceitos e as práticas religiosas incluem
os cinco
pilares do islão, que são conceitos e atos básicos e obrigatórios de culto, e a prática
da lei islâmica, que atinge praticamente todos os aspectos
da vida e da sociedade, fornecendo orientação sobre temas variados, como sistema
bancário e bem-estar, à guerra e ao meio ambiente; A
maioria dos muçulmanos pertence a uma das duas principais denominações; com 80%
a 90% sendo sunitas e 10% a 20% sendo xiitas. Cerca de 13% de muçulmanos
vivem na Indonésia, o maior país muçulmano do
mundo. 25% vivem no Sul da Ásia, 20% no Oriente Médio, 2% na Ásia Central, 4% nos restantes países do Sudeste
Asiático e 15% na África
Subsaariana. Comunidades
islâmicas significativas também são encontradas na China, na Rússia e em partes da Europa. Comunidades convertidas e de
imigrantes são encontradas em quase todas as partes do mundo (veja: muçulmanos por país). Com cerca de 1,41-1,57 bilhão de
muçulmanos, compreendendo cerca de 21-23% da população
mundial, o islão é
a segunda maior religião e uma das que mais crescem no
mundo. Contudo, estes dados devem ser aceites com alguma reserva, dado que, por
motivos óbvios, não existem estatísticas fiáveis sobre o número de muçulmanos
que abandonam a religião.
5.6 - Os xiitas: são o segundo maior ramo de crentes
do Islão, constituindo 16% do total dos muçulmanos. Os xiitas consideram Ali, o
genro e primo do profeta Muhammad, como o seu sucessor legítimo e consideram
ilegítimos os três califas sunitas que assumiram a liderança da comunidade
muçulmana após a morte de Muhammad.
5.7 - Os Sunitas: formam o maior ramo do Islão, ao
qual no ano de 2006 pertenciam 80% do total dos muçulmanos. A maioria dos
sunitas acredita que o nome deriva da palavra Suna, que se refere aos preceitos
estabelecidos no século VIII baseados nos ensinamentos de Maomé e dos quatro
califas ortodoxos.
3.8 - Igreja Ortodoxa: É também chamada como Igreja
Católica Ortodoxa ou Igreja Ortodoxa Oriental é uma comunhão de igrejas cristãs
autocéfalas, herdeiras da cristandade do Império Bizantino; Ortodoxia com letra
maiúscula aplica-se a duas famílias de Igrejas cristãs, que não estão em
comunhão com a Igreja Católica e que nem estão em comunhão entre si desde o
tempo do Concílio de Calcedónia em 451.
5.9 - Judaísmo: É uma das três principais religiões
abraâmicas, definida como religião, filosofia e modo de vida do povo judeu;
O judaísmo ortodoxo é um dos três grandes ramos do judaísmo, uma vertente que se caracteriza
pela observação relativamente rigorosa dos costumes e rituais em sua forma mais
primitiva e tradicional, segundo as regras estabelecidas pela Torá e pelo Talmud, e imediatamente desenvolvido e
aplicado pelas autoridades posteriores conhecidas como Gueonim, Rishonim e Arraronim. Geralmente o Judaísmo Ortodoxo consiste em duas
vertentes diferentes, a Ortodoxa Moderna e a Ultra Ortodoxa. Os ortodoxos representam cerca de
15% da comunidade internacional. Os ortodoxos defendem os hábitos tradicionais.
Defendem posições religiosas e políticas radicais como não reconhecer sinagogas
e rabinos não ortodoxos.
5.10 - Dualismo: É um conceito religioso e
filosófico que admite a coexistência de (dois princípios necessários, de duas
posições ou de duas realidades contrárias entre si, como o espírito e matéria,
o corpo e a alma, o bem e o mal), e que estejam um e outro em eterno conflito; Apesar
do ressurgimento atual de formas modestas de dualismo mente-corpo, o dualismo
de substância-imaterial cartesiano tradicional tem poucos defensores, se é que
tem algum. Este artigo defende que nenhum argumento convincente foi apresentado
contra o dualismo de substância, e que as objeções standard a ele
podem ser respondidas de forma credível. Palavras-chave: Dualismo de
substância; materialismo; problema mente-corpo; E O dualismo argumenta que a
mente é mais do que apenas o cérebro. Ele sustenta que existem dois reinos
muito diferentes, (um mental e outro
físico). Ambos são fundamentais
e um não pode ser reduzido ao outro, (existem mentes e há um mundo físico). Este
livro examina e defende o mais famoso relato dualista da mente, o cartesiano,
que atribui o conteúdo imaterial da mente a um eu imaterial.
O novo livro de John Foster expõe as inadequações dos relatos materialistas e reducionistas dominantes da mente. Em (O eu imaterial), John Foster defende a substância teoria dualista da mente como uma substância imaterial. Penso que Foster é um dos filósofos analíticos mais originais e perspicazes do mundo, e o "Eu Imaterial" pode ser o seu trabalho mais significativo, embora seja difícil julgar a sua joia, "O Legislador Divino".
Foster está envolvido em duas frentes. Primeiro, ele rejeita versões do reducionismo fiscalista, segundo as quais a (mente não é uma substância imaterial). Todas as teorias sobre eliminativismo, comportamentalismo, funcionalismo e identidade de tipo e de toquem são cuidadosamente explicadas e atacadas com inúmeras objeções. Em segundo lugar, Foster defende a teoria teoria dualista sobre a mente. Ele primeiro responde a problemas de mecanismo, mostrando que o dualismo da substância não enfrenta nenhum problema especial na explicação da causa psicofísica. A seguir, é apresentado o argumento para a teoria dualista da mente. Foster argumenta que, se existe um sujeito mental, ele é essencialmente imaterial; e contra a teoria dos feixes humeanos e a favor da teoria cartesiana de que existe um sujeito mental. O capítulo final do livro é dedicado aos assuntos de identidade pessoal e encarnação, e a defesa de um relato libertário do livre arbítrio. A cobertura de Foster da filosofia analítica contemporânea da mente é abrangente e detalhada. Seus argumentos.
O novo livro de John Foster expõe as inadequações dos relatos materialistas e reducionistas dominantes da mente. Em (O eu imaterial), John Foster defende a substância teoria dualista da mente como uma substância imaterial. Penso que Foster é um dos filósofos analíticos mais originais e perspicazes do mundo, e o "Eu Imaterial" pode ser o seu trabalho mais significativo, embora seja difícil julgar a sua joia, "O Legislador Divino".
Foster está envolvido em duas frentes. Primeiro, ele rejeita versões do reducionismo fiscalista, segundo as quais a (mente não é uma substância imaterial). Todas as teorias sobre eliminativismo, comportamentalismo, funcionalismo e identidade de tipo e de toquem são cuidadosamente explicadas e atacadas com inúmeras objeções. Em segundo lugar, Foster defende a teoria teoria dualista sobre a mente. Ele primeiro responde a problemas de mecanismo, mostrando que o dualismo da substância não enfrenta nenhum problema especial na explicação da causa psicofísica. A seguir, é apresentado o argumento para a teoria dualista da mente. Foster argumenta que, se existe um sujeito mental, ele é essencialmente imaterial; e contra a teoria dos feixes humeanos e a favor da teoria cartesiana de que existe um sujeito mental. O capítulo final do livro é dedicado aos assuntos de identidade pessoal e encarnação, e a defesa de um relato libertário do livre arbítrio. A cobertura de Foster da filosofia analítica contemporânea da mente é abrangente e detalhada. Seus argumentos.
5.11 - Maniqueísmo: É a ideia baseada
numa doutrina religiosa que afirma existir o dualismo entre dois
princípios opostos, normalmente o bem e o mal. O maniqueísmo é
considerado uma filosofia religiosa, fundada na Pérsia por Maniu Maquineu, no
século III, sendo bastante disseminada por todo o Império Romano; O maniqueísmo
é uma filosofia religiosa sincrética e dualística fundada e propagada por Manes
ou Maniqueu, filósofo cristão do século III, que divide o mundo simplesmente
entre Bom, ou Deus, e Mau, ou o Diabo. A matéria é intrinsecamente má, e o
espírito, intrinsecamente bom; Maniqueísmo: Considerado durante muito tempo uma
heresia cristã, possivelmente por sua influência sobre algumas delas, o
maniqueísmo foi uma religião que, pela coerência da doutrina e a rigidez das
instituições, manteve firme unidade e identidade ao longo de sua história. Denomina-se
maniqueísmo a doutrina religiosa pregada por Maniqueu - também chamado Mani ou
Manes - na Pérsia, no século III da era cristã. Sua principal característica é
a concepção dualista do mundo como fusão de espírito e matéria, que representam
respectivamente o bem e o mal.
5.12 - Maniqueu e sua Doutrina: Maniqueu nasceu em 14 de abril do
ano 216, no sul da Babilônia, região atualmente situada no Iraque, e na
juventude sentiu-se chamado por um anjo para pregar uma nova religião. Pregou
na Índia e em todo o império persa, sob a proteção do soberano sassânida Sapor
(Shapur) I. Durante o reinado de Bahram I, porém, foi perseguido pelos
sacerdotes do zoroastrismo e morreu em cativeiro entre os anos 274 e 277, na
cidade de Gundeshapur. Maniqueu se acreditava o último de uma longa sucessão de
profetas, que começara com Adão e incluía Buda, Zoroastro e Jesus, e portador
de uma mensagem universal destinada a substituir todas as religiões. Para
garantir a unidade de sua doutrina, registrou-a por escrito e deu-lhe forma
canônica. Pretendia fundar uma religião ecumênica e universal, que integrasse
as verdades parciais de todas as revelações anteriores, especialmente as do
zoroastrismo, budismo e cristianismo. O maniqueísmo é fundamentalmente um tipo
de gnosticismo, filosofia dualista segundo a qual a salvação depende do
conhecimento (gnose) da verdade espiritual. Como todas as formas de
gnosticismo, ensina que a vida terrena é dolorosa e radicalmente perversa. A
iluminação interior, ou gnose, revela que a alma, a qual participa da natureza
de Deus, desceu ao mundo maligno da matéria e deve ser salva pelo espírito e
pela inteligência. O conhecimento salvador da verdadeira natureza e do destino
da humanidade, de Deus e do universo é expresso no maniqueísmo por uma
mitologia segundo a qual a alma, enredada pela matéria maligna, se liberta pelo
espírito. O mito se desdobra em três estágios: o passado, quando estavam
radicalmente separadas as duas substâncias, que são espírito e matéria, bem e
mal, luz e trevas; um período intermediário (que corresponde ao presente) no
qual as duas substâncias se misturam; e um período futuro no qual a dualidade
original se restabeleceria. Na morte, a alma do homem que houvesse superado a
matéria iria para o paraíso, e a do que continuasse ligado à matéria pelos
pecados da carne seria condenada a renascer em novos corpos.
5.13 - Maniqueísmo como Religião: A ética maniqueísta justifica a
gradação hierárquica da comunidade religiosa, uma vez que varia o grau de
compreensão da verdade entre os homens, fato inerente à fase de interpenetração
entre luz e trevas. Distinguiam-se os eleitos, ou perfeitos, que levavam vida
ascética em conformidade com os mais estritos princípios da doutrina. Os demais
fiéis, chamados ouvintes, contribuíam com trabalho e doações. Por rejeitar tudo
o que era material, o maniqueísmo não admitia nenhum tipo de rito nem símbolos
materiais externos. Os elementos essenciais do culto eram o conhecimento, o
jejum, a oração, a confissão, os hinos espirituais e a esmola. Por sua própria
concepção da luta entre o bem e o mal e sua vocação universalista, o
maniqueísmo dedicou-se a intensa atividade missionária. Como religião
organizada, expandiu-se rapidamente pelo Império Romano. Do Egito,
disseminou-se pelo norte da África, onde atraiu um jovem pagão que mais tarde,
convertido ao cristianismo, seria doutor da igreja cristã e inimigo ferrenho da
doutrina maniqueísta: santo Agostinho. No início do século IV, já havia chegado
a Roma. Enquanto Maniqueu foi vivo, o maniqueísmo se expandiu para as
províncias ocidentais do império persa. Na Pérsia, apesar da intensa
perseguição, a comunidade maniqueísta se manteve coesa até a repressão dos
muçulmanos, no século X, que levou à transferência da sede do culto para
Samarcanda. Missionários maniqueístas chegaram no fim do século VII à China,
onde foram reconhecidos oficialmente até o século IX. Depois foram perseguidos,
mas persistiram comunidades de adeptos no país até o século XIV. No Turquestão
oriental, o maniqueísmo foi reconhecido como religião oficial durante o reino
Uighur -- séculos VIII e IX e perdurou até a invasão dos mongóis, no século
XIII.
5.14 - Posteridade do Maniqueísmo: Embora não haja dados que permitam
estabelecer uma vinculação histórica direta, o pensamento maniqueísta inspirou
na Europa medieval diversas seitas ou heresias dualistas surgidas no seio do
cristianismo. Entre elas, cabe citar a dos bogomilos, na Bulgária (século X) e,
sobretudo, a dos cátaros ou albigenses, que se propagou no sul da França no
século XII. Este último movimento foi uma das mais poderosas heresias da Europa,
sufocada de modo sangrento no início do século seguinte.
5.15 - Hegemonia: Em história política, é a supremacia
de um povo sobre outros, ou seja através da introdução de sua cultura ou por
meios militares; A evolução etimológica e histórica da palavra
grega hegemonia, e de suas denotações, tem procedido da seguinte maneira:
Na Grécia
Antiga séc. 8
a.C. séc. 6 d.C, hegemonia liderança
denotava o domínio político-militar de uma cidade-Estado sobre outras cidades-estados,
como na Liga Helênica (338 a.C), uma federação de Pólis cidades-estados gregas
estabelecida pelo rei Filipe
II da Macedônia, para facilitar a utilização das forças armadas gregas contra a Pérsia. No século XIX, a hegemonia regra
denotava a predominância geopolítica e cultural de um país em outros
países, como o colonialismo europeu impôs nas Américas, África, Ásia e Austrália. No século XX, a denotação política-ciência da hegemonia (dominância)
expandiu-se para incluir a dominação
cultural, por uma classe
dominante, de uma socialmente
estratificada sociedade.
Através da manipulação da ideologia dominante (os valores culturais e os
costumes) da sociedade, a classe dominante pode intelectualmente dominar as
outras classes sociais impondo a sua visão de mundo (Weltanschauung) que ideologicamente justifica o status quo social, político e econômico da
sociedade, como se fosse um estado natural, normal e inevitável.
5.16 - Ceticismo Filosófico: É tanto uma escola de pensamento
filosófico quanto um método que atravessa disciplinas e culturas. Muitos
céticos examinam criticamente os sistemas de significado de sua época e este
exame muitas vezes resulta em uma posição de ambiguidade ou dúvida.
5.17 - Mente quântica: E consciência quântica é
uma ideia proveniente de diversas hipóteses e teorias científicas, cujos
proponentes alegam que a mecânica clássica não pode explicar a natureza
da consciência; Basicamente, postula-se que fenômenos da mecânica
quântica, tais como o emaranhamento
quântico e a superposição, podem desempenhar um papel
importante no funcionamento cerebral, formando, portanto, a base da explicação
científica da consciência; Eugene
Wigner foi o pioneiro
da ideia de que a mecânica quântica possui relação com o funcionamento da
mente. Wigner propôs que o fenômeno quântico do colapso da função de onda ocorre por causa da interação
com a consciência. Freeman
Dyson, similarmente,
afirmou que, manifestada pela capacidade de fazer escolhas, a mente existe, em
certa medida, inerente a todo elétron. Outros físicos e filósofos
contemporâneos consideram tais argumentos não convincentes. Victor Stenger caracterizou a consciência
quântica como um mito sem base científica, mito este que "deveria tomar o
seu lugar na história da ciência juntamente com os deuses, unicórnios e
dragões. David
Chalmers, também, argumentou
contra a hipótese da consciência quântica num debate sobre como a mecânica
quântica poderia se
relacionar com a hipótese dualista da consciência. Chalmers é cético
quanto à capacidade de qualquer nova teoria física de resolução do problema difícil da consciência.
5.18 - Holismo: É o que procura compreender os
fenômenos na sua totalidade e globalidade. A palavra holístico foi criada a
partir do termo holos, que em grego significa (todo ou inteiro). O holismo
é um conceito criado por Jan Christiaan Smuts em 1926, que o descreveu como
a tendência da natureza de usar a evolução criativa para formar um todo
que é maior do que a soma das suas partes; Holismo, também chamado Não
Reducionismo, define que as propriedades de um sistema não podem ser explicadas
apenas pela soma dos seus componentes, onde o sistema total determina como se
comportam as partes, conforme Jan Smuts e, a Metafísica de Aristóteles.
5.19 - Epistemologia: Significa ciência e conhecimento, é
o estudo científico que trata dos problemas relacionados com a crença e o
conhecimento, sua natureza e limitações. A epistemologia estuda a
origem, a estrutura e os métodos do saber;
A epistemologia também pode ser vista como a filosofia da
ciência.
5.20 - Falácia: Deriva do verbo latino fallere, que (significa
enganar). Designa-se por falácia um raciocínio errado com aparência
de verdadeiro. Na lógica e na retórica, uma falácia é um argumento
logicamente incoerente, sem fundamento, inválido ou falho na tentativa de
provar eficazmente o que alega.
5.21 - As tipologias textuais: É também chamadas de
tipos textuais ou tipos de texto, são as diferentes formas que um
texto pode apresentar, visando responder a diferentes intenções comunicativas.
5.22 - Entropia: É unidade é uma grandeza
termodinâmica que mede o grau de liberdade molecular de um sistema, e está
associado ao seu número de configurações, ou seja, de quantas maneiras as
partículas podem se... A entropia é
uma grandeza termodinâmica associada
à irreversibilidade dos estados de um sistema físico. É comumente
associada ao grau de desordem ou aleatoriedade de um sistema. Em um sistema
termicamente isolado, a medida da entropia deve sempre aumentar com o tempo,
até atingir o seu valor máximo.
5.23
- O Arianismo: Foi uma visão cristológica antitrinitária sustentada
pelos seguidores de (Ario), presbítero cristão de Alexandria nos primeiros
tempos da Igreja primitiva
em (319 a.C), que negava a existência da consubstancialidade entre Jesus e Deus Pai, que os igualasse,
concebendo Cristo como um ser pré-existente e criado, embora a primeira e mais
excelsa de todas as criaturas, que encarnara em Jesus de Nazaré. Jesus então,
seria subordinado a Deus Pai, sendo Ele Jesus não o próprio Deus em si e por si
mesmo. Segundo Ário, só existe um Deus e Jesus é seu filho e não o próprio
Deus. Ao mesmo tempo afirmava que Deus seria um grande eterno mistério, oculto
em si mesmo, e que nenhuma criatura conseguiria revelá-lo, visto que Ele não
pode revelar a si mesmo. Com esta linha de pensamento, o historiador H. M.
Gwatkin afirmou, na obra The Arian Controversy. O Deus de Ário é um Deus
desconhecido, cujo ser se acha oculto em eterno mistério.
5.24 - Gnosticismo: As ideias e ramos gnósticos
floresceram no mundo mediterrâneo no século II d.C, em conjunto e trocando
influências com os primeiros movimentos cristãos e médio-platônicos Mesmo com
um considerável declínio após o século II, o gnosticismo sobreviveu
sub-repticiamente ao longo dos séculos na cultura ocidental
A Gnosis ou
Gnosticismo foi um movimento filosófico religioso que originou-se na Ásia
menor, e tem como base as filosofias, que floresciam na Babilônia, Egito, Síria
e Grécia; Combinava alguns elementos da Astrologia e mistérios das religiões
gregas (Elêusis), bem como os do Hermetismo, e posteriormente com as doutrinas
do Cristianismo e do Sufismo. Sua Capital foi Alexandria no Egito,
importante rota que ligava o oriente e o ocidente, promovendo um grande
intercâmbio cultural entre os povos, portanto, ponto de encontro da sabedoria
de vários continentes. Sua biblioteca abrigava um conhecimento inenarrável, que
praticamente se perdeu com sua destruição, mas mesmo assim alguns manuscritos e
conhecimentos foram mantidos e chegaram até nós.
5.25 - Misticismo: É a crença através da prática,
estudo e aplicação das leis que unem o homem à Natureza. Desta forma,
a mística se distingue da religião por referir-se à experiência
direta com a divindade, transcendendo sem a necessidade de intermediários; Misticismo:
do grego transliterado místicos, um iniciado em uma religião de mistérios é o
contato com uma divindade, verdade espiritual ou Deus através da experiência
direta ou intuitiva. É a religião em seu mais apurado e intenso estágio de
vida. O iniciado que alcançou o segredo é chamado um místico.
6
– Os pais do Cristianismo do Século I ao VIII d.C.:
6.1 - A origem do Cristianismo: Surgiu na
Palestina, região sob o domínio romano desde (64 a.C). Tem como origem a tradição judaica de
crença na vinda de um Messias, o redentor, o salvador, o filho de Deus, cuja
vinda seria uma redenção para todos aqueles que acreditassem nele. Sendo assim,
os adeptos dessa posição, os panteístas, não acreditam num deus pessoal,
antropomórfico ou criador; O surgiu na Palestina, região sob o domínio romano
desde 64 a.C. Tem como origem a
tradição judaica de crença na vinda de um Messias, o redentor, o salvador, o
filho de Deus, cuja vinda seria uma redenção para todos aqueles que
acreditassem nele.
6.2 - Cristianismo: do grego messias, ungido, do hebraico (Mashiach), é
uma religião abraâmica
monoteísta centrada na vida e nos ensinamentos de Jesus de Nazaré, tais como
são apresentados no Novo Testamento. A fé cristã acredita essencialmente em
Jesus como o Cristo, Filho de Deus, Salvador e Senhor;
6.3 - Os Pais do Cristianismo do I a
o VII d.C.: Padres da
Igreja, Santos Padres ou Pais da Igreja foram
influentes teólogos, professores e mestres cristãos, na
grande maioria católicos e importantes bispos. Seus trabalhos acadêmicos foram
utilizados como precedentes doutrinários nos séculos subsequentes. Os padres da
Igreja foram classificados entre os séculos II e VII. O estudo dos escritos dos
Padres da Igreja é denominado Patrística. As Igrejas Romana, Ortodoxa, Luterana, Presbiteriana, Anglicana e os batistas acreditam que os padres da
Igreja proporcionaram a interpretação correta da Sagrada
Escritura, registraram
a Sagrada
Tradição e distinguiram
as autênticas doutrinas das que acreditavam serem heresias. Índice: 1Catolicismo, 2Igrejas
orientais, 3Igreja
Anglicana, 4Igreja
Luterana, 5Igreja
Batista, 6Igreja
Metodista, 7Igrejas
Neopentecostais, 8Igrejas
Pentecostais e 9A Igreja de
Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.
6.4 - Patrística: É o nome dado
à filosofia cristã dos três primeiros séculos, elaborada pelos pais
ou padres da igreja, os primeiros
teóricos daí Patrística e consiste na elaboração doutrinal das verdades de fé
do cristianismo e na sua defesa contra os ataques dos pagãos e contra todos que
eram contra, os hereges.
6.5 - Igreja Ortodoxa em grego: É reto, correto, opinião, glória, literalmente,
igreja da opinião correta ou igreja da glória verdadeira, como traduzido pelos
eslavos, também chamada como Igreja (Católica Ortodoxa ou Igreja
Ortodoxa Oriental), é uma comunhão de igrejas
cristãs autocéfalas, herdeiras da cristandade do Império
Bizantino, que reconhece
o primado de honra do Patriarcado Ecumênico de
Constantinopla desde que a
sede de Constantinopla e Roma deixaram de comungar,
resultando no Grande
Cisma. Reivindica ser a
mesma instituição anunciada por Jesus, considerando seus líderes
sucessores dos apóstolos. A Igreja Ortodoxa tem uma longa história, contando-se
a partir da Igreja
Primitiva, e aproximadamente
mil anos, contando-se a partir do Cisma do Oriente ou Grande Cisma, em
1054. Desde então, os ortodoxos não reconhecem a primazia papal, a cláusula
Filioque e não aceitam
muitos dos dogmas proclamados pela Igreja
Católica Romana em séculos recentes, tais como a Imaculada
Conceição e a infalibilidade
papal. Também não
consideram válidos os sacramentos ministrados por outras confissões cristãs e
em geral têm uma história hagiográfica à parte do catolicismo romano. No
seu conjunto, a Igreja Ortodoxa é a terceira maior confissão cristã (atrás do catolicismo
romano e o protestantismo), e também a segunda maior
instituição religiosa do mundo (atrás da Igreja
Católica Romana), contando ao todo com aproximadamente 250 milhões de fiéis,
concentrados sobretudo nos países da Europa
Oriental. As maiores igrejas
locais são a russa, romena e a ucraniana.
6.6 - Etnocêntricas? é
um conceito da Antropologia definido como a visão demonstrada por alguém que
considera o seu grupo étnico ou cultura o (centro de tudo), portanto, num plano
mais importante que as outras culturas e sociedades. Relativismo? É uma corrente de pensamento que questiona as verdades
universais do homem.
6.7 - Heráclito Filosofo: (540-470 a.C.) foi um
filósofo pré-socrático da Ásia Menor. Heráclito nasceu em Éfeso,
antiga colônia grega, na Ásia Menor (atual Turquia), no ano de 540 a.C. Filho
de tradicional família de sacerdotes, abriu mão de seus direitos em benefício
do seu irmão. O Lógos tem um lugar de destaque na filosofia antiga,
principalmente entre os filósofos chamados “pré-socráticos”. Mas, quem são
esses filósofos? Embora a designação de “pré-socráticos” tenha sido consagrada
pela tradição filosófica, ela nada revela do que verdadeiramente foram esses
primeiros pensadores da filosofia grega. Eles não foram apenas os antecessores
de Sócrates, mas foram verdadeiros e profundos “pensadores originários”, que se
consagraram à tarefa de decifrar o enigma da origem e do vir-a-ser da Natureza.
1 Após seu apogeu na filosofia da Grécia Clássica, o Lógos ocupou o centro da
filosofia helenística, particularmente no estoicismo antigo, médio e tardio.
Depois, em um novo contexto cultural, ele teve um lugar de realce na teologia
cristã, tanto na Idade Patrística, por causa do encontro do cristianismo
primitivo com a paidéia grega (Cf. Jaeger, 1961), quanto na Idade Média, devido
à grande influência que, através de Platão, Plotino e Aristóteles, a cultura
grega exerceu sobre a teologia medieval. Mais tarde, no projeto epistemológico
da Modernidade, o Lógos foi substituído pela Razão Científica, e, finalmente,
graças ao trabalho de Nietzsche (1973, p. 108-116) e, sobretudo, de Heidegger
(1973a, Heráclito, frag. 50), ele foi resgatado no seu sentido originário, e
vem ocupando, em virtude da interpretação que lhe deu Heidegger, um lugar
privilegiado na filosofia da contemporaneidade. Não sendo possível percorrer
esta longa trajetória nos limites do presente ensaio, limitar-me-ei a resumir o
que de mais sugestivo Heráclito de Éfeso escreveu sobre o Lógos nos fragmentos
de sua doutrina filosófica, que até nós chegaram, deixando os outros dois
marcos da trajetória para eventuais trabalhos, que, espero, poder escrever
depois.
6.8 - A teologia cristã da Igreja
Ortodoxa: É a teologia
própria da Igreja Ortodoxa, caracterizada por um trinitarianismo monoteístico,
pela crença na Encarnação do Logos, por um equilíbrio entre a teologia. A
Trindade - Os cristãos ortodoxos acreditam num único Deus que é ao mesmo tempo três e um
(triuno): o Pai, o Filho e o Espírito Santo, um em essência e indivisível.
A Santíssima
Trindade consiste de
três pessoas divinas distintas (hipóstases), que partilham uma única essência divina (ousia) sem criador,
imaterial e eterna. O Pai é a fonte eterna da Deidade,
de Quem o Filho é eternamente gerado, e também de Quem o Espírito Santo
descende eternamente. A essência de Deus sendo aquilo que está
além da compreensão humana, não pode ser definida e/ou abordada pela
compreensão humana. O Pai é a fonte eterna da trindade,
de onde vem o Filho e flui eternamente o Espírito Santo.
6.9 - Dicotomia: É uma partição de um todo em duas
partes. Em outras palavras, esse par de partes deve ser conjunto exaustivo:
tudo deve pertencer a uma parte ou a outra, e mutuamente exclusivo: nada pode
pertencer simultaneamente a ambas as partes. Essa partição também é
frequentemente chamada de bipartição; Aspecto que tem um planeta ou um satélite
ao se apresentar dividido ao meio, metade claro, metade escuro; Modalidade de
classificação em que cada uma das divisões e subdivisões contém apenas dois
termos.
6.10 - Montanismo: Foi um movimento cristão fundado
por Montano por volta de 156-157 (ou 172); E cristão e suas práticas, uniu-se
ao montanismo, sendo considerado herético, embora não haja evidências
concretas de que tenha fundado uma seita própria; Monasticismo é a
prática da abdicação dos objetivos comuns dos homens em prol da prática
religiosa. Várias religiões têm elementos monásticos, embora usando expressões
diferentes: budismo, cristianismo, hinduísmo, e islamismo. Assim, os indivíduos
que praticam o monasticismo são classificados como monges e monjas.
6.11 - Marcião ou Marcionismo: É sabido que o processo de expansão
do cristianismo começou ainda no século I, tendo dois núcleos fundamentais: o
judaico-cristão, praticamente circunscrito ao Oriente Médio, e o paulino e
petrino referente aos apóstolos (Paulo e Pedro), de cunho mais universalista,
que se direcionou para além do Oriente Médio e da Anatólia atual Turquia,
abrangendo todo o mundo helenístico e, sobretudo, o coração do Império Romano.
As cartas apostólicas de (Pedro, Paulo, Tiago, Judas e João), os evangelhos canônicos
e os chamados Atos dos Apóstolos são os principais documentos dessa época,
chamada por alguns autores de era apostólica. No contexto que sobreveio
a essa era, a partir do século II, a Igreja Cristã Primitiva teve de lidar com
as primeiras divergências no interior das interpretações canônicas; E essas
divergências, ou dissidências, passaram a receber o nome de heresias termo
que provém do grego e significa escolha ou opção deliberada. (Uma das mais
famosas heresias foi a de Marcião de Sinope, que ficou conhecida como marcionismo ou heresia marcionita).
E Marcião (85 a 150 d.C.). Assim como a grande maioria dos cristãos
daquela época, recebeu enorme influência das culturas que o circundavam, desde
o judaísmo até a filosofia grega e o helenismo, passando por outros sistemas
culturais, como o persa. Essa última civilização, por meio do zoroastrismo seita religiosa fundada pela
profeta Zoroastro, ou Zaratustra, também ofereceu ao cristianismo
elementos para a compreensão teológica, que se deu por contraste, haja vista
que, no sistema de Zaratustra, havia dois deuses, um (bom e outro mau). Dos
quatro evangelhos canônicos, o único que não
é sinótico, isto é, que não oferece uma sinopse uma trajetória compactada e
cronológica da vida de Cristo, é o evangelho de João. O evangelista João,
segundo alguns estudiosos, como Eric Voegelin, teve grande influência do
pensamento religioso persa e, de forma ou de outra, acabou oferecendo
fundamentos para doutrinas heréticas, como a de Marcião e de outros gnósticos.
6.12 - O Sionismo: É também chamado de
nacionalismo judaico e historicamente propõe a erradicação da Diáspora Judaica,
com o retorno da totalidade dos judeus ao atual Estado de Israel.
O movimento defende a manutenção da identidade judaica, opondo-se à
assimilação dos judeus pelas sociedades dos países em que viviam; O sionismo é
um movimento político que defende o direito à autodeterminação do povo judeu e
à existência de um Estado nacional judaico independente e soberano no território
onde historicamente existiu o Antigo Reino de Israel.
6.13 - Docetismo: Esta é uma lista de heresias cristãs
segundo a igreja católica romana, abrangendo uma série de seitas,
movimentos e denominações dissidentes consideradas heréticas, forma
específica de milenarianismo, com base em um ciclo de mil anos. Essa crença é
obtida principalmente a partir do livro de Ap. 20:1-6.Docetismo do
grego para parecer é o nome dado a uma doutrina cristã do século II,
considerada herética pela Igreja primitiva. Não existiam docetas
enquanto seita ou religião específica, mas como uma corrente de
pensamento; Docetismo é o nome dado a uma doutrina cristã do século II,
considerada herética pela Igreja primitiva. Antecedente do gnosticismo,
acreditavam que o corpo de Jesus Cristo era uma ilusão, e que sua crucificação
teria sido apenas aparente.
6.14 - Ebionismo: A seita dos ebionitas gnósticos
também poderia ser chamada ebionismo do hebraico, pobres é uma das ramificações
do cristianismo primitivo, que pregava
que Jesus
de Nazaré não teria
vindo abolir a Torá, e que considerava Paulo de Tarso um apóstata. Desta forma, pregavam que
tanto judeus como gentios convertidos deveriam seguir os mandamentos da Torá, o que levou a um choque com outras
ramificações do cristianismo e do judaísmo. Vemos que os ebionitas criam que é
necessário obedecer a todos os mandamentos da Lei de Moisés, inclusive ao mandamento de
fazer a circuncisão; que os gentios que se convertem a Deus devem fazer a circuncisão e devem obedecer a todos os
mandamentos da Lei; que Jesus Cristo é o Messias, mas não é Deus; que Ele não nasceu
de uma virgem, mas sim foi gerado por José; que Paulo de Tarso foi um apóstata da Lei e não
foi um verdadeiro apóstolo de Jesus Cristo; que as Escrituras Sagradas são
somente o Antigo
Testamento, e que eles usavam
um único evangelho (chamado de Evangelho
dos Ebionitas), que era
considerado como sendo o Evangelho segundo Mateus, escrito em hebraico, e era
menor do que o Evangelho segundo Mateus em grego e canônico, que é usado pelos
cristãos. As origens do ebionismo ainda são obscuras. Acreditava-se como sendo
apenas o cristianismo original, ou uma das
ramificações primitivas deste. Em oposição à doutrina
paulina, acreditava-se que
o ebionismo deveria ter surgido entre os seguidores de Jesus e Tiago, o Justo, que buscavam conciliar a
crença messiânica com o cumprimento das leis
da Torá. O choque entre os dois
grupos: judaizantes e antijudaizantes já é aparente
no livro de Atos
dos Apóstolos, onde a discussão
entre os dois grupos obriga à convocação da assembleia
dos apóstolos (At. 15), e em (At. 21:17-26), onde consta que havia na Terra de
Israel dezenas de milhares de judeus que criam em Jesus Cristo e eram zelosos
observadores da Lei (At. 21:20), e que houve uma situação de
confronto entre eles e Paulo, considerado por eles como apóstata, pois haviam
sido informados de que Paulo pregava a desobediência aos mandamentos da Lei, embora
os judeus cristãos mencionados em (At. 15:1 e At. 21:20) não fossem ainda chamados
ebionitas, pois esta denominação somente começou a ser usada mais tarde, eles
eram em essência ebionitas, pois sua crença e prática era igual à dos
ebionitas. (Ebionitas hoje são os Adventistas do sétimo dia).
6.15 - Panteísmo: A Natureza e Deus, como um, expresso pela unidade e
comunhão, pode-se datar o aparecimento desta forma de pensamento, nos séculos
VI e VII a.C., associado aos hindus e pelo florescimento da filosofia grega de
Heráclito. É a crença de que absolutamente tudo e
todos compõem um Deus abrangente, e imanente, ou que o Universo ou a Natureza e Deus são idênticos. (Sendo assim, os adeptos dessa posição, os
panteístas, não acreditam num deus pessoal, antropomórfico ou criador). A palavra é derivada do grego pan que significa tudo e theos que significa deus. (Embora existam divergências dentro do
panteísmo, as ideias principais dizem que Deus é encontrado em todo o cosmos
como uma unidade abrangente), portanto é inaceitável no panteísmo o politeísmo adoração e crença em vários
deuses, pois as divindades são tidas como aspectos diferentes do absoluto. Recorrendo ao Dicionário Priberam da Língua
Portuguesa, lemos que o
panteísmo só admite como Deus o todo, a universalidade dos seres, não sendo
portanto, um conteúdo em particular Deus, mas sim a totalidade deste. O
panteísmo foi popularizado na era moderna tanto como uma teologia quanto uma filosofia baseada na obra de Baruch de
Espinosa, que escreveu
o tratado Ética, uma resposta à teoria famosa de Descartes sobre a (dualidade do
corpo e do espírito). Espinosa declarou que ambos
eram a mesma coisa, e este monismo terminou sendo uma qualidade
fundamental da sua filosofia. Ele usava a palavra "Deus" para
descrever a unidade de qualquer substância. Embora o termo panteísmo não
tivesse sido inventado durante seu tempo de vida, hoje Espinosa é considerado
como um dos (mais célebres defensores da
crença).
7. As cinco
religiões maiores do mundo:
7.1 - Cristianismo:
Aprox. 2,2 bilhões de adeptos, mesmo
com o crescimento de outras religiões, o cristianismo continua sendo a doutrina
com mais adeptos no mundo todo. Porém, seus seguidores têm mudado de perfil. Há
um século, dois terços dos cristãos viviam na Europa. Hoje, os europeus
representam apenas um quarto dos cristãos. Mas, o interessante mesmo é apontar
onde o cristianismo mais cresceu no último século: na África Subsaariana. De
1910 para cá, a população cristã da região saltou de 9 para 516 milhões de
adeptos.
7.2 - Islamismo:
Aprox. 1,6 bilhões de adeptos, a medalha de prata na lista das religiões é dos
muçulmanos. Segundo projeções, daqui vinte anos, eles serão mais de um quarto
da população mundial. Se esse cenário se concretizar, o número de muçulmanos
nos Estados Unidos vai mais do que dobrar e um quarto da população israelense
será praticante do islamismo. Além disso, França e Bélgica se tornarão mais de
10% islâmicas.
7.3 - Hinduísmo:
Aprox. 900 milhões de adeptos, baseado
nos textos Vedas, o hinduísmo abrange seitas e variações monoteístas e politeístas,
sem um corpo único de doutrinas ou escrituras. Os hindus representam mais de
80% da população na Índia e no Nepal. Mesmo com tamanha variedade, são apenas a
terceira maior religião do mundo. Porém, ostentam um título mais original: o
maior monumento religioso do planeta. Trata-se do templo Angkor Wat – depois
convertido em mosteiro budista –, que tem cerca de 40 quilômetros quadrados e
foi construído no Camboja no século XII.
7.4 - Budismo:
Aprox. 376 milhões de adeptos, a
doutrina baseada nos ensinamentos de Siddharta Gautama, o Buda (600 a.C.),
busca a realização plena da natureza humana. A existência é um ciclo contínuo
de morte e renascimento, no qual vidas presentes e passadas estão interligadas.
Como era de se esperar, essa religião oriental é a principal doutrina em vários
países do sudeste asiático, como Camboja, Laos, Birmânia e Tailândia. No Japão,
é a segunda maior religião do país: 71,4% da população é praticante (muitos
japoneses praticam mais de uma religião e, portanto, são contados mais de uma
vez).
7.5 - Judaísmo:
Aprox. 15 milhões de adeptos, atualmente,
a maior parte dos judeus do mundo vive em Israel e nos Estados Unidos, para
onde migraram fugindo da perseguição nazista. Mesmo assim, os judeus
representam somente 1,7% da população norte-americana. Enquanto isso, na
Argentina, nossos Hermanos judeus são 2% da população.
Conclusão
Como visto acima,
este breve estudo buscou sintetizar perspectivas e informações a respeito de
diferentes religiões, advindas de distintas origens geográficas. A metodologia
aplicada fundamenta-se na ideia de facilitar o leitor nas pesquisas e
seminários relacionados ao curso de Bacharelado em Teologia, proporcionando,
junto a demais materiais de apoio, boas fontes para o desenvolvimento de teses
de conclusão de curso.
Bibliografia
Agradecimentos:
Ao meu querido e amado neto Dr. Carlos Natanael da Rosa,
que com seu encorajamento, hábeis muito colaborou na digitação e auxilio de
leituras, tornou este trabalho possível.
Dados pessoais:
José Fernandes Alves dos Santos, (AD Canoas/RS), Evangelista, conferencista internacional e membro do
conselho de Ética pastoral. Seu ministério e chamada são voltados
predominantemente para a Educação Cristã, a partir de estudos que abordam:
Teologia, Escatologia, Hermenêutica & Exegese Bíblica, Teologia Sistemática
e Pedagogia Cristã; Autor de 51
Apostilas Escatológicas.
Experiências:
1) Foi pastor aux; 1°Coord. EBD; 1°Coord. Missão. 2)
Fundador da Disciplina de Espanhol na FUNDAPES, Contratado pela Prefeitura
Municipal de Canoas/RS. 3) Estagio de Três anos na Biblioteca Pública da
Prefeitura de Canoas/RS; E Coord. De Internet; Ex-membro da Diretoria Acadêmica
do Departamento de Ação Social - (Unilasalle Canoas).
Educação:
3°Semestre de Letras, 4°Semestre de Teologia (Unilasalle
Canoas); Curso de Capelão Militar (UCEBRAS),
Atualmente:
Militar
(RR), Psicólogo Pastoral e Industrial, Capelão Evangélico
Militar e membro
da UMERGS (União dos Militares Evangélicos/RS), na qual atuo como 1º Secretário
e Coordenador da Região Metropolitana de Porto Alegre, fundador e diretor do
Departamento de Capelania e Instrutor do Curso de Capelania Militar
Telefones:
+55 (51): 98274-7975; 34631932.E-mail: (capelaniamilitar.rs@gmail.com); http://fernandezapostilas.blogspot.com.br/